Mots, termes, concepts, formules et parlures : un lexique travaillé par les genres discursifs. La came de l’exclusion

Autor: De Vogüé, Sarah
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Traços de Linguagem-Revista de Estudos Linguísticos; v. 5 n. 2 (2021): A atividade de linguagem e sua articulação com as línguas naturais
Revista: Traços de Linguagem
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)
instacron:UEMT
ISSN: 2594-9063
Popis: Defendemos que o léxico é fundamentalmente heterogêneo e disperso, entre os registros como é certamente conhecido, mas, mais amplamente, entre os gêneros discursivos que mobiliza. E é assim inclusive na forma como as palavras se relacionam umas com as outras, seja no nível paradigmático ou sintagmático. E o é na forma como remete aos campos de referência, diferentes de um tipo de palavra para outro. Essa dispersão, no entanto, não é sem estrutura. Destacamos um parâmetro que o organiza parcialmente, neste caso, o parâmetro da exclusão mencionado por Benveniste sobre os valores de nós, caracterizado em termos de ponderação variável entre inclusão e exclusão. O léxico é de fato uma arma particularmente eficaz de exclusão, quando se trata de se autorizar ou não a usar as palavras dos outros, com zonas cinzentas variadas. Para dar conta disso, utilizamos o modelo do came desenvolvido por Culioli, modelo que permite avaliar diferentes formas de alteridade. A partir daí, reexaminamos, face ao léxico, o dossiê das desigualdades, desde os grandes estudos de Hart & Risley, as diversas políticas que levaram a implementar, até os mais recentes questionamentos que recaem sobre eles. Propomos desenvolver formas diferenciadas de ensino do léxico que deem conta de sua heterogeneidade e permitam a cada um se apropriar das palavras da coletividade. On soutient que le lexique est fondamentalement hétérogène et dispersé, entre des registres comme il est bien connu, mais plus largement entre les genres discursifs qu’il mobilise. Il l’est y compris dans la façon dont les mots se trouvent reliés les uns aux autres, que ce soit sur le plan paradigmatique ou syntagmatique. Et il l’est dans la façon dont il se rapporte à des champs de référence, différents d’un type de mots à l’autre. Cette dispersion n’est cependant pas sans structure. On met en évidence un paramètre qui l’organise partiellement, en l’occurrence le paramètre de l’exclusion mentionné par Benveniste à propos des valeurs de nous, caractérisé en termes de pondération variable entre inclusion et exclusion. Le lexique est de fait une arme particulièrement efficace d’exclusion, quand il s’agit de s’autoriser ou de ne pas s’autoriser à employer les mots des autres, avec des zones d’ombre variées. Pour en rendre compte, on utilise le modèle de la came développé par Culioli, modèle qui permet de prendre la mesure de différentes formes d’altérité. On réexamine à partir de là le dossier des inégalités face au lexique, depuis les grandes études de Hart & Risley, les différentes politiques qu’elles ont conduit à mettre en œuvre, et leurs remises en cause plus récentes. On propose de développer des formes différenciées d’enseignement du lexique qui tiennent compte de son hétérogénéité et permettent à chacun de s’approprier les mots de la collectivité.
Databáze: OpenAIRE