'E tudo fica Melodia': Observações sobre a Versificação do Fausto de Jenny Klabin Segall

Autor: Galle, Helmut Paul Erich
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Tradução; Vol. 41 No. 3 (2021): Troca de Olhares: a Literatura de expressão alemã no Brasil e a Literatura brasileira em expressão alemã; 364-394
Cadernos de Tradução; Vol. 41 Núm. 3 (2021): Troca de Olhares: a Literatura de expressão alemã no Brasil e a Literatura brasileira em expressão alemã; 364-394
Cadernos de Tradução; v. 41 n. 3 (2021): Troca de Olhares: a Literatura de expressão alemã no Brasil e a Literatura brasileira em expressão alemã; 364-394
Cadernos de Tradução (Florianópolis. Online)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
ISSN: 2175-7968
1414-526X
Popis: The article analyzes the translation of Goethe's Faust by Jenny Klabin Segall regarding the verses used in the source text and in the target text. Considering the plurimetric structure of Faust and the differences between German and Portuguese prosody, the metric structure of several sections of the drama is analyzed, comparing Goethe's and the translator's decisions. It can be stated that the Portuguese verses are strictly oriented in the extension of the German verses, looking for metric ‘equivalents’ whenever this was possible (in the case of ottava rima stanza and alexandrine). It is concluded that, although there are no Portuguese meters that ‘imitate’ iambic or trochaic verses, the choice of pair verses for German iambs and impair for German trochees produces a differen­tiated rhythmic effect. For meters more divergent from Brazilian versification (Knittelvers, Freie Rhythmen), the translator found original solutions which draw near to the aesthetical effect of the original without transgressing the limits of Brazilian prosody. O artigo analisa a tradução do Fausto de Goethe, realizada por Jenny Klabin Segall em relação aos versos usados no texto de partida e no texto de chegada. Considerando a estrutura plurimétrica do Fausto e as diferenças entre as prosódias alemã e portuguesa, analisa-se a estrutura métrica em exemplos de vários trechos do drama, comparando cada vez as decisões de Goethe e as opções da tradutora. Nota-se que os versos portugueses se orientam rigorosa­mente na extensão dos versos alemães, buscando ‘equivalentes’ métricos onde isso era possível (no caso da estância / terça rima e do alexandrino). O trabalho chega à conclusão de, embora que não haja metros portugueses que ‘imitam’ iambos e troqueus, a escolha sistemática de versos com número par de sílabas para iambos alemães e ímpar para troqueus alemães produz um efeito rítmico diferenciado. Para os metros mais alheios da versificação brasileira (Knittelvers, Freie Rhythmen) a tradutora encontrou soluções originais que se aproximam ao efeito estético do original sem ultrapassar os limites da prosódia do português do Brasil.
Databáze: OpenAIRE