Evidências de saúde relacionadas a suplementação ou dieta com óleo de coco: revisão de escopo
Autor: | Rocha, Keli Daiane Camargo, 1991 |
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Přispěvatelé: | Borba, Helena Hiemisch Lobo, 1988, Pontarolo, Roberto, 1954, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Garcia, Carlos Eduardo Rocha, 1977 |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFPR Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
ISSN: | 1958-2021 |
Popis: | Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo da Rocha Garcia Coorientadores: Profª. Dra. Helena Hiemisch Lobo Borba e Prof. Dr. Roberto Pontarolo Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa : Curitiba, 17/03/2022 Inclui referências: p. 83-95 Resumo: Introdução: o consumo de óleo de coco (OC) como suplemento alimentar ou parte da dieta tem sido avaliado devido as expectativas de benefícios à saúde e estratégias de marketing. O OC é composto principalmente por triglicerídeos de cadeia média (TCM), diferentemente de outros óleos e gorduras vegetais compostos majoritariamente de triglicerídeos de cadeia longa. Os TCM possuem menores estruturas carbônicas e são metabolizados de forma comparativamente ágil, podendo ser associados a possíveis benefícios à saúde. Objetivo: mapear as evidências de saúde relacionadas ao uso do OC na suplementação oral ou na dieta humana. Metodologia: a revisão de escopo envolveu pesquisa em banco de dados (Pubmed/Medline, Scopus e Web of Science), utilizando termos previamente definidos, e busca manual. Os estudos foram avaliados por dois revisores independentes e seus dados analisados. As revistas fonte dos artigos selecionados foram caracterizadas perante a área de estudo e fator de impacto, segundo Qualis e Journal Citation Reports (JCR). Resultados e discussão: foram selecionados 77 artigos publicados entre 1958-2021. A maioria dos estudos foram realizados no Brasil (nº de estudos/frequência) (14/18%), seguido pelos Estados Unidos (12/12%), Espanha (6/8%), Índia (5/6,5%) e Malásia (5/6,5%). O desenho de estudo mais frequente (62%) utilizado foi o Ensaio Clínico Randomizado (ECR). As áreas de estudo das revistas fonte foram: Ciências da Saúde (73%), Ciências Agrárias (15%), Ciências Biológicas (10%) e Ciências Humanas e Sociais (3%). Segundo a Qualis, a maioria dos estudos foram publicados com maior frequência em revistas A1 (21%) e A2 (7%), enquanto 22% não possuíam classificação. As aplicações de saúde investigadas referente ao OC foram 15. O uso do OC proporcionou resultado positivos com maior frequência nas seguintes condições em saúde (nº de estudos/frequência): fonte energética (3/100%); síndrome metabólica (1/100%); ação antioxidante (1/100%), melhora na qualidade de vida (1/100%); sintomas relativos à COVID 19 (1/100%), Doença de Alzheimer (3/75%); obesidade (8/62,5%), marcadores inflamatórios (10/60%); modulação lipídica (25/56%); influência nos índices glicêmicos (9/67%) e Doença coronariana (5/42%). Na influência sobre a absorção de nutrientes os efeitos positivos foram observados em 50% (n=2). A nulidade foi o desfecho mais frequente em (nº de estudos/frequência): saciedade (7/57%); efeito cetogênico (1/100%), efeitos na microbiota intestinal (2/100%) e melhora do desempenho das atividades físicas (1/100%). Apenas um desfecho negativo foi verificado frente a modulação lipídica. Conclusão: esta revisão tornou possível o mapeamento de publicações, evidenciando desfechos conflitantes em diferentes aplicações. Estudos futuros podem avaliar abordagens específicas e proporcionar melhor compreensão sobre as alegações de saúde, as quais devem acompanhar o uso do OC como suplemento alimentar ou substituinte da dieta. Abstract: Introduction: Consumption of coconut oil (OC) as a dietary supplement or part of the diet has been evaluated due to expectations of health benefits and marketing strategies. OC is composed mainly of medium chain triglycerides (CMT), unlike other vegetable oils and fats composed mostly of long-chain triglycerides. CMTs have smaller carbon structures and are metabolized in a comparatively agile manner and may be associated with possible health benefits. Objective: to map the health evidence related to the use of OC in oral supplementation or in the human diet. Methodology: the scope review involved database research (Pubmed/Medline, Scopus, and Web of Science), using previously defined terms, and manual search. The studies were evaluated by two independent reviewers and their data were analyzed. The source journals of the selected articles were characterized by the area of study and impact factor, according to Qualis and Journal Citation Reports (JCR). Results and discussion: 77 articles published between 1958-2021 were selected. Most studies were conducted in Brazil (number of studies/frequency) (14/18%), followed by the United States (12/12%), Spain (6/8%), India (5/6.5%) and Malaysia (5/6.5%). The most frequent study design (62%) used was the Randomized Clinical Trial (ECR). The areas of study of the source journals were Health Sciences (73%), Agrarian Sciences (15%), Biological Sciences (10%) and Human and Social Sciences (3%). According to Qualis, most studies were published more frequently in journals A1 (21%) and A2 (7%), while 22% had no classification. The health applications investigated for the OC were 15. The use of OC provided positive results more frequently in the following health conditions (number of studies/frequency): energy source (3/100%); metabolic syndrome (1/100%); antioxidant action (1/100%), improvement in quality of life (1/100%); symptoms related to COVID 19 (1/100%), Alzheimer's disease (3/75%); obesity (8/62.5%), inflammatory markers (10/60%); lipid modulation (25/56%); influence on glycemic indices (9/67%) and coronary heart disease (5/42%). In the influence on nutrient absorption, positive effects were observed in 50% (n=2). Nullity was the most frequent outcome in (number of studies/frequency): satiety (7/57%); ketogenic effect (1/100%), effects on intestinal microbiota (2/100%) and improvement in physical activity performance (1/100%). Only one negative outcome was verified against lipid modulation. Conclusion: this review made it possible to map publications, evidencing conflicting outcomes in different applications. Future studies may evaluate specific approaches and provide a better understanding of health claims, which should accompany the use of OC as a dietary supplement or diet substitute. |
Databáze: | OpenAIRE |
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