Tool selection and crab-catch by wild capuchin monkeys (Sapajus libidinosus) in the mangroves of Maranhão, Brazil

Autor: SILVA, Jardeani Mendes da
Přispěvatelé: SANTOS, Ricardo Rodrigues dos, PRESOTTO, Andrea, CUTRIM, Fernanda Helena Ribeiro
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMA
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
instacron:UFMA
Popis: Submitted by Jonathan Sousa de Almeida (jonathan.sousa@ufma.br) on 2022-08-23T17:19:27Z No. of bitstreams: 1 JARDEANIMENDESDASILVA.pdf: 1039362 bytes, checksum: d96193caf933a682c5131bebf224394f (MD5) Made available in DSpace on 2022-08-23T17:19:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JARDEANIMENDESDASILVA.pdf: 1039362 bytes, checksum: d96193caf933a682c5131bebf224394f (MD5) Previous issue date: 2019-02-25 FAPEMA In recent years, the study on the use of tools has reached relevance in research related to the evolution of intelligence in primates. Among the neotropical primates, the primates of the Sapajus genus have been distinguished by the habitual use of tools in nature as a way to facilitate access to food resources. The capuchin monkeys use great tools to consume a wide variety of foods. In Brazil, studies on the use of tools on bearded capuchin are mainly aimed at groups living in the cerrado and caatinga. In flooded forests, such as mangroves, records are scarce. In this study, we aimed to verify how Sapajus libidinosus monkeys living in mangroves select tools according to the weight of the crabs and how to use tools in the different age classes of these primates. We assume that heavier crabs are most often consumed with the aid of tools. Assuming that the weight is a variable that correlates positively with the development of the crab and, therefore, with the rigidity of its exoskeleton, it was expected that the use of tools would be more frequent in crabs of greater weight because it presents greater resistance to break. In addition, we anticipate that adults use tools with more frequencies than subadults and juvenile monkeys, because they have greater body weight, more experience and therefore greater capacity and strength for the breaking activity. The research was carried out in the mangroves of the river Preguiças, in the city of Barreirinhas, north coast of Brazil. We carried out an experimental study in a natural environment with the use of wooden feeding platforms fixed to the mangrove roots Rhizophora mangle. The platforms were provisioned with crabs of the species Ucides cordatus along with tools made with wood. The feeding records were obtained from a group represented by 16 animals, in which 8 of them were observed the use of tools. We observed that the animals do not select the tools according to the weight of the crabs, but in relation to the cheliped. The cheliped is probably the most resistant structure of the crab. In addition, we found significant differences between tool weights used by adult monkeys and subadults. This suggests that adults seem to use heavier tools than subadults. However, the use of tools was not observed in young individuals. This study brings new insights into the ecological and evolutionary context of Sapajus libidinosus with the use of tools in mangroves, because unlike what occurs in the caatinga and cerrado, where the tools are stone hammers and used to break fruits, in the mangrove, these animals use mangrove wood tools to access animal food resources like crab. Nos últimos anos, o estudo sobre o uso de ferramentas vem alcançado relevância em pesquisas relacionadas à evolução da inteligência em primatas. Entre os primatas neotropicais, os macacos-prego do gênero Sapajus têm se destacado pelo uso habitual de ferramentas na natureza como forma de facilitar o acesso aos recursos alimentares. Os macacos-prego utilizam ferramentas de quebra para consumir ampla variedade de alimentos. No Brasil, os estudos sobre uso de ferramentas em macacos-prego estão voltados principalmente para grupos que vivem no cerrado e na caatinga. Já em florestas inundáveis, como os manguezais, os registros são escassos. Neste estudo, objetivamos verificar como macacos-prego da espécie Sapajus libidinosus, que vivem em manguezal, selecionam ferramentas de quebra de acordo com o peso dos caranguejos consumidos e como se dá o uso de ferramentas dentre as diferentes classes etárias. Pressupomos que os caranguejos mais pesados são mais frequentemente consumidos com o auxílio de ferramentas. Supondo-se que o peso é uma variável que se correlaciona positivamente com o tamanho do caranguejo, e, portanto, com a rigidez do seu exoesqueleto, esperou-se que o uso de ferramentas fosse mais frequente em caranguejos que possuem maior peso por apresentar maior resistência de quebra. A resistência esteve associada aos quelípodos do caranguejo, os quais apresentam considerável quantidade de carne. Além disso, previmos que adultos usam ferramentas com mais frequências que subadultos e jovens, por possuírem maior peso corporal, mais experiência, e, portanto, maior habilidade e força para a atividade de quebra. A pesquisa foi realizada nos manguezais do rio Preguiças, na cidade de Barreirinhas, costa norte do Brasil. Realizamos um estudo experimental em ambiente natural com a utilização de plataformas de alimentação de madeiras fixadas nas raízes de Rhizophora mangle. As plataformas foram provisionadas com caranguejos da espécie Ucides cordatus juntamente com ferramentas confeccionadas com madeira. Foram obtidos registros de alimentação de um grupo representado por 16 animais, em que 8 deles foi observado o uso de ferramentas. Observamos que os animais não selecionam as ferramentas de acordo com o peso dos caranguejos, mas sim em relação ao quelípodo. O quelípodo, provavelmente, é a estrutura mais resistente do caranguejo. Além disso, encontramos diferenças significativas entre os pesos das ferramentas usadas por macacos adultos e subadultos, sugerindo que aqueles selecionam as ferramentas mais pesadas. Porém, não foi observado o uso de ferramentas entre os indivíduos jovens. Este estudo traz novas percepções ao contexto ecológico e evolutivo de Sapajus libidinosus com o uso de ferramentas em manguezal, pois diferentemente do que ocorre na caatinga e cerrado, onde as ferramentas são martelos de pedras e usadas para quebrar frutos, no manguezal, estes animais usam ferramentas de madeira de mangue para acessar recursos alimentares de origem animal.
Databáze: OpenAIRE