Representações do urbano e apropriação espacial na cidade de Manaus, o caso dos Ye pá-mahsã

Autor: Aldenises Moraes Moutinho
Přispěvatelé: José Exequiel Basini Rodriguez
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2010
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFAM
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
instacron:UFAM
Popis: Made available in DSpace on 2016-09-23T15:08:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PIB-H_00582009_aldenises.pdf: 860021 bytes, checksum: 72319a715bfce1ac2aa1ef94728a23cc (MD5) Previous issue date: 2010-07-28 CNPQ A cidade de Manaus como metrópole não foge da tendência de outras capitais de Estado, no Brasil, onde o fenômeno urbano explode a conseqüência de uma demografia intensa, e pautada por uma disputa territorial, cujo campo de representações e de lutas estabelece-se na procura de moradias e de espaços para transitar e habitar a cidade. Neste contexto urbano, também de convívio com a Zona Franca, e no meio da floresta amazônica, insere-se uma presença visível: povos indígenas morando na cidade. Entre esses, os Ye pá-Mâhsa (tukano), vivem em diferentes bairros da cidade de Manaus, na periferia, isto é, em lugares geralmente carentes de serviços essenciais. Entanto, uma nova cojuntura socio-étnica vêem transformando as relações de alteridade interna e externa, comportando também novas formas de ocupar o espaço numa área de acirrada disputa territorial e crecimento demográfico intenso. Em outras palavras, a partir de 1980, ao fenômeno urbano indigena, acrecenta-se uma importante variante que é a reorganização etnica, fato visível no surgimento de associações e outras entidades supraétnicas que operam com diferentes ações e estratégias, evidenciando um fortalecimento identitário e um exercicio de defesa dos direitos constitucionais. As posições dentro do espaço físico que também é social, sinalam mapas cognitivos diferenciais ou sobrepostos. Este seria o caso das prerrogativas das administrações públicas e o uso de instrumentos de clasificação e de distribuição espacial, objetivado sobre os moradores de uma determinada parcela jurídico-administrativa. Por outro lado temos o campo das apropiações etnicas e de mudançãs ou/e recriação a respeito do uso etno-espacial, ou seja, as visões do mundo e os conhecimentos e saberes que orientam as práticas dos povos tradicionais quando esses habitam um outro espaço , o espaço urbano. Mapas como palavras são instrumentos de comunicação que representam e criam realidade (BAUDRILLARD, 1976) e estabelecem vínculos e fronteiras, por isso, nos interessa apelar no presente projeto, a uma compreensão das cartografias urbanas e o significado do espaço físico e social (sócio-espacial) que vincula órgãos públicos com os índios Ye-pa Mashã na cidade de Manaus.
Databáze: OpenAIRE