Ela sim: coloniality of power, gender violence and the regulations around maternity in Manuela D'Ávila's literary work
Autor: | ARAÚJO, Lorena Cavalcante |
---|---|
Přispěvatelé: | TOLOMEI, Cristiane Navarrete, SAMPAIO, Juciana de Oliveira, CASTRO, Susana de, OLIVEIRA, Ana Caroline Amorim |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMA Universidade Federal do Maranhão (UFMA) instacron:UFMA |
Popis: | Submitted by Jonathan Sousa de Almeida (jonathan.sousa@ufma.br) on 2022-06-21T16:33:17Z No. of bitstreams: 1 LORENACAVALCANTEARAÚJO.pdf: 787308 bytes, checksum: 7fe773b417b4131962ed3313bbd2ce43 (MD5) Made available in DSpace on 2022-06-21T16:33:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LORENACAVALCANTEARAÚJO.pdf: 787308 bytes, checksum: 7fe773b417b4131962ed3313bbd2ce43 (MD5) Previous issue date: 2021-07-30 “Gender” is a consolidated practice in discourses and bodies, through which subjects recognize and identify themselves. Literature is one of the technologies that produce it, through language and within it. On the other hand, the writings of themselves enable access to various gender experiences, as they transform the truths of the text into mores, habits, behaviors and culture, characteristic of a time and region. Therefore, in this work, we put on screen a reflection that involves the themes of feminism and motherhood, from the point of view of gender coloniality (LUGONES, 2020), in order to historicize the governmentality that operates the feminist movement in Brazil, gender violence (politics) and the regulations around motherhood. It is in this sense that we analyze the autobiographies entitled Revolução Laura: reflexões sobre maternidade e resistência (2019a), Por que lutamos? Um livro sobre amor e liberdade (2019b) e E se fosse você? Sobrevivendo às redes de ódio e fake news (2020), by Manuela D’Ávila, verifying, through three axis, Manuela mother, woman and activist, as the eurocentric gender epistemes, taking into account gender as a category of the world-system modern/colonial- patriarchal, reflect the material, epistemic and symbolic implications of Portuguese colonization in Brazil, above all, in the female subjects. We emphasize that from the markers of gender, race/ethnicity, class, sexuality and nationality, we observe how Manuela D'Ávila's narrative configures an instrument for the removal of the Colonial Matrix of Power (MCP) that until today determines the praxis of the Brazilian. For this, we take decolonial studies as a theoretical and practical basis for opposition and resistance to colonial logic in order to observe how the coloniality of power, being and knowledge based on female experiences is revealed in the literary works in question/ Manuela's feminists and, especially, how the narratives contribute to thinking about “other” epistemes. Qualitative and bibliographical in nature, having as theoretical contribution Quijano (2005); Mignolo (2017, 2018, 2021), Lugones (2019, 2020); Gonzalez (2020); Espinosa (2009, 2017, 2020); Kilomba (2019); Saffioti (2011); Segato (2006, 2012), Butler (2003, 2015, 2016), Foucault (1982, 1996, 2004), among others, we verified the discourses/speeches on gender from the practices of subjectivation in autobiographies and feminist practices of the self, to the constitution of social roles of gender, family, labor relations and the occupation of public spaces of power by women. “Gênero” é uma prática consolidada nos discursos e nos corpos, por meio da qual se reconhecem e se identificam os sujeitos. A literatura é uma das tecnologias que o produz, por meio da linguagem e dentro dela. Por sua vez, as escritas de si possibilitam o acesso às diversas experiências de gênero, haja vista que transformam as verdades do texto em costumes, hábitos, comportamentos e cultura, característicos de uma época e região. Assim, neste trabalho, colocamos em tela reflexão que envolve as temáticas de feminismo e maternidade, do ponto de vista da colonialidade de gênero (LUGONES, 2020), a fim de historicizar a governamentalidade que opera o movimento feminista no Brasil, as violências (políticas) de gênero e as regulações em torno da maternidade. É nesse sentido que analisamos as autobiografias intituladas Revolução Laura: reflexões sobre maternidade e resistência (2019a), Por que lutamos? Um livro sobre amor e liberdade (2019b) e E se fosse você? Sobrevivendo às redes de ódio e fake news (2020), de Manuela D’Ávila, verificando, por meio de três eixos, Manuela mãe, mulher e militante, como as epistemes de gênero eurocêntricas, tendo em conta gênero como categoria do sistema-mundo moderno/colonial-patriarcal, refletem as implicações materiais, epistêmicas e simbólicas da colonização portuguesa no Brasil, sobretudo, nos sujeitos dos femininos. Ressaltamos que a partir dos marcadores de gênero, raça/etnia, classe, sexualidade e nacionalidade, observamos como a narrativa de Manuela D’Ávila configura um instrumento para a destituição da Matriz Colonial de Poder (MCP) que até hoje determina a práxis do brasileiro. Para isso, tomamos os estudos decoloniais como base teórica e prática de oposição e resistência à logica colonial com o intuito de observar como estão reveladas, nas obras literárias em questão, a colonialidade do poder, do ser e do saber a partir das experiências femininas/feministas de Manuela e, especialmente, como as narrativas contribuem para se pensar epistemes “outras”. De cunho qualitativo e bibliográfico, tendo como aporte teórico Quijano (2005); Mignolo (2017, 2020, 2021), Lugones (2019, 2020); Gonzalez (2020); Espinosa (2009, 2017, 2020); Kilomba (2019); Saffioti (2011); Segato (2012), Butler (2003, 2015, 2016), Foucault (1982, 1996, 2004), entre outros, verificamos os discursos sobre gênero desde as práticas de subjetivação nas autobiografias e práticas feministas de si, até a constituição dos papéis sociais de gênero, da família, das relações de trabalho e da ocupação de espaços públicos de poder por mulheres. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |