Influência do horário de trabalho, do gênero e de um programa de educação sobre o sono no ciclo sono/vigília de professores do ensino fundamental e médio

Autor: Souza, Jane Carla de
Přispěvatelé: Araújo, John Fontenele, Miguel, Mário André Leocadio, Louzada, Fernando Mazzilli, Rotenberg, Lúcia, Guimaraes, Ivanise Cortez de Sousa, Azevedo, Carolina Virgínia Macêdo de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFRN
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron:UFRN
Popis: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES A profissão docente está muitas vezes associada à extensa jornada de trabalho, dentro e fora da sala de aula, a condições precárias de ensino, entre outros desafios que podem acarretar problemas de sono. Estes problemas podem ser ainda maiores nas mulheres, devido à dupla jornada de trabalho e a maior necessidade de sono. Considerando que problemas de sono podem ser decorrentes da prática de maus hábitos de sono, programas educacionais sobre o sono são realizados com o objetivo de diminuir a privação e a irregularidade nos horários de sono, a sonolência diurna e melhorar a qualidade de sono. Neste sentido, o objetivo deste estudo é avaliar a influência do horário de trabalho, do gênero e de um programa de educação sobre o sono nos hábitos e qualidade de sono, na sonolência diurna, e no nível de estresse em professores do ensino fundamental e médio. Para isso os professores responderam aos questionários que avaliavam: 1. Hábitos de sono (A Saúde & Sono), 2. Cronotipo (Horne & Ostberg), 3. Sonolência diurna (Escala de Sonolência de Epworth), 4. Qualidade de sono (Índice de qualidade do sono de Pittsburgh) 5. Nível de estresse (Inverntário de Estresse para adultos de LIPP) e 6. Padrão diário do ciclo sono/vigília (Diário do sono). O preenchimento dos questionários (1, 4, 5 e 6) foi repetido 3 semanas após a realização do programa de educação sobre o sono. Os professores que iniciam o trabalho pela manhã (7:11 ± 0:11 h) acordam mais cedo na semana e frequentemente apresentam má qualidade de sono quando comparados aqueles que iniciam à tarde (13:04 ± 0:12 h). Dentre os que iniciam o trabalho pela manhã, os intermediários e com tendência à vespertinidade são mais irregulares nos horários de acordar em relação aos matutinos e aumentam a duração do sono no fim de semana. Quanto ao gênero, às mulheres tiveram maior duração de sono em relação aos homens, embora a maioria apresente sonolência diurna excessiva e má qualidade de sono. Contudo, quando o horário de trabalho docente e a idade são semelhantes entre os gêneros, a diferença na duração do sono se apresenta como uma tendência e a diferença na porcentagem de sonolência diurna excessiva desaparece, porém persiste a má qualidade de sono nas mulheres. Com relação às professoras que passaram pelo programa de educação sobre o sono, houve um aumento no conhecimento sobre o assunto, que pode ter contribuído para a redução na frequência do consumo de café próximo ao horário de dormir e para a qualidade de sono melhorar em 18% das participantes. No grupo controle, houve diferenças no conhecimento na 3ª etapa de forma aleatória, e melhora na qualidade do sono em apenas 8% das professoras. A participação no programa de educação não foi suficiente para mudar os horários de sono e diminuir o estresse das professoras. Portanto, o horário de início da escola pela manhã foi preponderante na determinação dos horários de acordar dos professores, principalmente para os intermediários e àqueles com tendência à vespertinidade. Além disso, a má qualidade de sono foi mais frequente nas mulheres, e o programa de educação contribuiu para o aumento do conhecimento sobre o assunto e melhora na qualidade de sono. The teaching profession is often associated with extensive workload inside and outside the classroom, poor teaching conditions, among other challenges that can cause sleep problems. These problems may be even greater in women, due to the professional and domestic work hours and to the major sleep necessity. Considering that sleeping problems may result from the practice of poor sleep habits, sleep education programs are conducted with the aim to reduce sleep deprivation, irregularity on sleep schedules, daytime sleepiness and improve sleep quality. In this sense, the objective of this study is to evaluate the influence of working hours, gender and a sleep education program on sleeping habits, quality of sleep, daytime sleepiness and the level of stress in teachers of elementary and secondary education. For that, teachers filled the questionnaires that assessed: 1. Sleeping habits (Sleep & Health), 2. Chronotype (Horne & Ostberg), 3. Daytime sleepiness (Epworth Sleepiness Scale), 4. Sleep Quality (Pittsburgh Sleep Quality Index), 5. Level of stress (The Inventory of Stress for Adults of Lipp) and 6. Daily pattern of sleep/wake cycle (Sleep Diary). The questionnaires 1, 4, 5 and 6 were repeated 3 weeks after the sleep education program. Teachers who begin work in the morning (7:11 ± 0:11 h) wake up earlier in the week and often have poor sleep quality compared to those who start in the afternoon (13:04 ± 00:12 h). Among those who begin work in the morning, the intermediate types and those with an evening tendency were more irregular in the wake up time than morning types and increased sleep duration on weekend. In relation to gender, women had longer sleep duration than men, although the majority presented excessive daytime sleepiness and poor sleep quality. However, when work schedule and age are similar between genders, the difference in sleep duration becomes a tendency and the difference in the percentage of excessive daytime sleepiness disappears, but the poor sleep quality persists in women. With respect to teachers who have gone through the sleep education program, there was an increase in knowledge about the subject, which may have contributed to the reduction in the frequency of coffee consumption close to bedtime and to the sleep quality improved in 18 % of participants. In the control group, there were random differences in knowledge in 3rd stage, and sleep quality improved in only 9% of teachers. The participation in the sleep education program was not enough to change the hours of sleep and decrease stress of teachers. Therefore, the start time school in the morning was preponderant in determining the wake up time of teachers, especially for intermediates types and those with an evening tendency. Furthermore, the poor quality of sleep was more common in women, and the sleep education program contributed to increase knowledge on the subject and to improve sleep quality.
Databáze: OpenAIRE