Estudo dos fatores associados ao nível de comprometimento de uma amostra clínica de pacientes com transtorno do espectro autista

Autor: Wehmuth, Mariane, 1984
Přispěvatelé: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Antoniuk, Sérgio Antônio, 1955
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPR
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
Popis: Orientador: Dr. Sérgio A. Antoniuk Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa : Curitiba, 25/03/2022 Inclui referências Área de concentração: Neurologia Pediátrica Resumo: Introdução: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um Transtorno do Neurodesenvolvimento heterogêneo no qual há um comprometimento da comunicação social e interesses e comportamentos restritos e repetitivos. Pode ser subdividido em níveis de 1 a 3 (leve, moderado e grave) dependendo da necessidade de suporte que o indivíduo necessita. Os fatores determinantes no nível de comprometimento são principalmente o desenvolvimento de linguagem e cognitivo. Entretanto, outros fatores que podem interferir no nível de comprometimento do TEA ainda não são completamente compreendidos, entre eles estão os fatores de risco perinatais, características como gênero, atraso ou regressão de linguagem, agressividade, a presença de comorbidades neurológicas e os sintomas de comorbidadese psiquiátricas. Objetivos: analisar como esses fatores se relacionam com o nível de comprometimento do TEA. Material e métodos: trata-se de um estudo observacional analítico transversal de 470 indivíduos de 1 a 18 anos com diagnóstico de TEA em acompanhamento ambulatorial. Resultados: houve predomínio do gênero masculino numa relação de 4:1 e do TEA nível 1 em 46% da amostra. Não houve associação de gênero com nível de comprometimento. Entre os fatores de risco perinatais, a prematuridade foi o mais frequente e está associada ao TEA nível 3, com uma prevalência 2,6 vezes maior do que no restante da amostra. Dos casos analisados, 12% apresentaram regressão na linguagem e 70% atraso de linguagem, sendo mais frequentes nos níveis 2 e 3. A agressividade esteve presente em 11% da amostra, sendo mais comum também no TEA nível 3. Entre os sintomas de comorbidades psiquiátricas, os sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade foram mais perecebidos no TEA nível 1, assim como os sintomas depressivos e a ideação suicida. Já para os sintomas de ansiedade não houve correlação com o nível do TEA. Das comorbidades neurológicas, os Transtornos de Sono foram relatados em 15% da amostra, sem relação com o nível. Já a Apraxia da Fala foi mais comum nos pacientes com TEA nível 3. A Epilepsia esteve presente em 5% da amostra, com uma prevalência 5 vezes maior no TEA nível 3 e a presença de um Eletroencefalograma alterado, com ou sem Epilepsia possum uma prevalência de 1,9 vezes maior no TEA nível 3. Conclusão: o TEA é um transtorno heterogêneo e fatores específicos podem interferir no seu nível de comprometimento e na qualidade de vida desses indivíduos. Abstract: Introduction: Autism Spectrum Disorder (ASD) is a heterogeneous Neurodevelopmental Disorder that causes an impairment of social communication and repetitive behaviors. It can be divided into levels 1 to 3, depending the level of support required. Language and Cognitive Development are the most determining factors to ASD level. However, others situations can interfere with the level of ASD, such as perinatal risk factors, gender, delay or language regression, self-injury, neurological conditions and psychiatric behaviors. Objectives: to analyze how these factors can be related to the ASD. Material and methods: this is a cross-sectional analytical observational study of 470 individuals aged 1 to 18 years diagnosed with ASD in outpatient follow-up. Results: there was a predominance of males in a 4:1 ratio and ASD level 1 in 46% of the sample. There was no association between gender and level of commitment. Among perinatal risk factors, prematurity was the most frequent and is associated with ASD level 3, with a prevalence 2.6 times higher than in the rest of the sample. 12% presented language regression and 70% language delay, being more frequent in levels 2 and 3. Selinjury behaviors was present in 11% of the sample, being more common also in ASD level 3. Betwen the psychiatric disorders symptoms, the Attention Deficit Hyperactivity Disorder were more frequent in ASD level 1, as well as depressive symptoms and suicidal ideation. There was no correlation betwen anxiety symptoms end ASD level. Sleep Disorders were reported in 15% of the sample, with no relation to ASD level. Apraxia of Speech was more common in patients with ASD level 3. Epilepsy was present in 5% of the sample, with a prevalence 5 times higher in ASD level 3 and the presence of an abnormal Electroencephalogram, with or without Epilepsy had a prevalence 1.9 times higher in ASD level 3. Conclusion: ASD is a heterogeneous disorder and specific factors can interfere with its level of impairment and life quality of these individuals.
Databáze: OpenAIRE