Political-economic cycles in the brazilian states: an analysis of public expenditure through space panel data from 2003 to 2014

Autor: Puchale, Caroline Lucion
Přispěvatelé: Veloso, Gilberto de Oliveira, Bugarin, Mauricio Soares, Marion Filho, Pascoal José
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UFSM
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
instacron:UFSM
Popis: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Traditional economic theory has established that fluctuations in the economy are motivated only by economic phenomena. However, through the works developed by Kalecki (1943) and Downs (1957) it is said that particular attitudes of rulers are also factors responsible for the oscillations in the economy. From 1970 onwards, the work of Nordhaus (1975), Hibbs (1977), Alesina (1987), Rogoff and Siebert (1988), Rogoff (1990) and Persson and Tabellini (1990) discuss the interaction between the economic and political aspects begins to gain formalization being called Political-Economic Cycles (CPE). This theory is based on the assumption that rulers have particular desires of prestige and power, and this particular desire is the guide to their decision-making. The CPE is divided into two main models, one concerning the electoral cycle and the other about party cycles. Electoral cycles are formed when there is an effort on the part of policymakers to carry out measures that please the voter, thereby aiming at electoral bargaining (FIALHO, 1999). Therefore, in the run-up to the elections there is an increase in the levels of public spending to carry out measures of easy electoral visualization. Party cycles are characterized by the relation between public expenditure and its ideological bias. Leftist parties are likely to hold higher levels of public spending, since they cherish social welfare. However, right-wing parties are more conservative and prefer stabilized inflationary levels (HIBBS, 1977; ALESINA, 1987). In this discussion, there is still another bias that becomes instigating: spatial inclinations in voter decision-making. It is reinforced in this literature that the candidates are based on the pattern of public spending executed by neighboring regions because they know that the voters observe the actions performed by public agents of border regions in order to decide their vote. Therefore, the main objective of this study is to detect possible influences of the opportunist and partisan cycles in the oscillations of the total public expenditures and by budgetary function, health and sanitation, education and cultural and investments of the twenty six Brazilian states and the federal district in the period of 2003 to 2014, taking into account the spatial aspect. In order to reach this end the method used was the econometric of data in space panel. As main results, the presence of opportunist political-economic cycles was observed in a soft way, since it was concentrated only in the investment accounts. Issues related to party political alignment and re-election phenomena were also investigated and it became clear that alignment is an important tool to increase the ease of raising public spending. Regarding the reelection phenomenon, it was found that policymakers, when in the last term, are prone to generate public deficits. In the analysis of party cycles, the same was observed in expenditure on health/sanitation, education/culture and total expenditure. Regarding geographic variables in party cycle models, the yardstick competition effect is present. Demonstrating that the electoral aspect transcends the borders of states. A teoria econômica tradicional consolidou que flutuações ocorridas na economia são motivadas unicamente por fenômenos econômicos. No entanto, através dos trabalhos desenvolvido por Kalecki (1943) e Downs (1957) é proferido que atitudes particulares de governantes também são fatores responsáveis pelas oscilações na economia. A partir de 1970 com os trabalhos de Nordhaus (1975), Hibbs (1977), Alesina (1987), Rogoff e Siebert (1988), Rogoff (1990) e Persson e Tabellini (1990) a discussão acerca da interação entre o aspecto econômico e político começa a ganhar formalização sendo denominado de Ciclos Político-Econômicos (CPE). Essa teoria parte do pressuposto de que os governantes possuem vontades particulares de prestígio e poder, sendo esse desejo particular o guia para suas tomadas de decisões. A CPE é dividida ente dois modelos principais, um que diz respeito ao ciclo eleitoral e outro sobre os ciclos partidários. Os ciclos eleitorais formam-se quando há um esforço, por parte dos policymakers, na realização de medidas que agradem o eleitor, visando, desse modo, a barganha eleitoral (FIALHO, 1999). Portanto, no período que antecede as eleições há uma elevação nos níveis de gastos públicos para realização de medidas de fácil visualização eleitoral. Já os ciclos partidários são caracterizados pela relação entre as despesas públicas e seu viés ideológico. Partidos de esquerda são propensos a realizarem maiores níveis de gastos públicos, uma vez que prezam pelo bem-estar social. No entanto, partidos de direita são mais conservadores e preferem níveis inflacionários estabilizados (HIBBS, 1977; ALESINA, 1987). Nessa discussão, ainda há outro viés que se torna instigante: as inclinações espaciais na tomada de decisão do eleitor. É reforçado nessa literatura que os candidatos se pautam no padrão de gasto público executado por regiões vizinhas pois sabem que os eleitores observam as ações executadas por agentes públicos de regiões fronteiras para assim decidir seu voto. Portanto, o objetivo principal desse estudo é detectar possíveis influências dos ciclos oportunistas e partidários nas oscilações dos gastos públicos totais e por função orçamentária, saúde e saneamento, educação e cultural e investimentos dos vinte e seis Estados brasileiros e o distrito federal no período de 2003 a 2014, levando em consideração o aspecto espacial. Para alcançar tal fim o método utilizado foi o econométrico de dados em painel espacial. Como principais resultados foi constatado a presença dos ciclos político-econômicos oportunistas de forma branda, uma vez que, concentrou-se somente nas contas de investimentos. Foi investigado também questões relativas ao alinhamento político-partidário e o fenômeno da reeleição, e ficou evidente que o alinhamento é uma importante ferramenta para aumentar a facilidade de elevação do gasto público. Em relação ao fenômeno da reeleição constatou-se que os policymakers quando no último mandato são propensos a gerarem déficits públicos. Nas análises sobre os ciclos partidários, o mesmo foi constatado nas despesas com saúde/saneamento, educação/cultura e dispêndio total. No tocante das variáveis geográficas nos modelos de ciclos partidário o efeito yardstick competition se faz presente. Demonstrando que o aspecto eleitoral transcender as fronteiras dos Estados.
Databáze: OpenAIRE