Seroepidemiology of hepatitis E virus infection in population groups in Goiás

Autor: Freitas, Nara Rubia de
Přispěvatelé: Martins, Regina Maria Bringel, Pinto, Marcelo Alves, Souto, Francisco José Dutra, Aires, Rodrigo Sebba, Matos, Marcia Alves Dias de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG
Universidade Federal de Goiás (UFG)
instacron:UFG
Popis: A hepatite E, causada pelo vírus da hepatite E (HEV), tem uma elevada distribuição mundial e representa um importante problema de saúde pública. No entanto, são raros os estudos sobre a infecção pelo HEV no Brasil Central. Esta investigação teve como objetivos estimar a prevalência dessa infecção, analisar os fatores associados e detectar o RNA viral nas amostras anti-HEV reagentes em populações emergentes urbana (catadores de materiais recicláveis) e rural (moradores de assentamentos), além de pacientes com hepatite aguda não A-C. Um total de 1.274 indivíduos foi estudado no estado de Goiás, sendo 431 catadores de materiais recicláveis, 464 moradores de assentamentos rurais e 379 pacientes com hepatite aguda não A, não B, não C. Todos os participantes foram entrevistados e amostras sanguíneas testadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) para a detecção de marcadores sorológicos da hepatite E (anti-HEV IgG e IgM), sendo as reagentes submetidas à confirmação pelo immunoblot. As amostras anti-HEV IgM positivas de catadores de materiais recicláveis foram examinadas quanto à presença do RNA do HEV pela nested PCR pós-transcrição reversa (RT-PCR), enquanto dos demais grupos pela PCR em tempo real (amostras anti-HEV IgG/IgM reagentes). Em catadores de materiais recicláveis, as prevalências para os marcadores anti-HEV IgG e IgM foram de 5,1% (IC 95%: 3,4-7,6) e 0,7% (IC 95%: 0,4-2,4), respectivamente. Pela análise multivariada, idade >40 anos foi associada à presença de anti-HEV. Quanto aos moradores de assentamentos rurais, a taxa de anti-HEV IgG foi de 3,4% (IC 95%: 2,0- 5,7). Nenhuma das amostras testadas foi reagente para o marcador anti-HEV IgM. Tempo de moradia em assentamento rural por mais de cinco anos foi associado à positividade ao anti-HEV. Para pacientes com hepatite não A-C, prevalências de 5,3% (IC 95%: 3,3-8,2) e 0,3% (IC 95%: 0,0-1,7) foram estimadas para marcadores anti-HEV IgG e IgM, respectivamente. Baixo nível de escolaridade foi associado à soropositividade ao HEV, bem como moradia em área rural, com p limítrofe. O RNA viral não foi detectado em nenhuma das amostras testadas dos três grupos. As soroprevalências encontradas para o marcador anti-HEV IgG revelam uma exposição baixa ao HEV nos três grupos analisados e casos raros de infecção aguda. Esses achados sugerem que o perfil epidemiológico da infecção pelo HEV observado é semelhante ao reportado em regiões com baixa endemicidade. Hepatitis E, caused by the hepatitis E virus (HEV), is a major public health problem worldwide. However, studies on HEV infection are rare in Central Brazil. This study aimed to estimate the prevalence of this infection, to analyze associated factors, and to detect viral RNA in anti-HEV positive samples in urban (recyclable waste pickers) and rural (residents of settlements) populations, as well as in patients with acute non-A, non- B, non-C hepatitis. A total of 1,274 individuals were studied in the state of Goiás, 431 recyclable waste pickers, 464 individuals living in rural settlements and 379 patients with non-A, non-B, non-C acute hepatitis. All participants were interviewed and blood samples were tested by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) for the detection of serological markers of hepatitis E (anti-HEV IgG and IgM), and the positive samples were confirmed by immunoblot. The anti-HEV IgM positive samples from recyclable waste pickers were examined for the presence of HEV RNA by nested reverse transcription PCR (RT-PCR), while the other groups by real-time PCR (anti-HEV IgG/IgM positive). In recyclable waste pickers, the prevalences of anti-HEV IgG and IgM markers were 5.1% (95% CI: 3.4-7.6) and 0.7% (95% CI: 0.4-2.4), respectively. After multivariate analysis, age >40 years was associated with the presence of anti-HEV. For rural settlers, the anti- HEV IgG rate was 3.4% (95% CI: 2.0-5.7). None of the samples tested were positive for anti-HEV IgM. Time of dwelling in rural settlement for more than five years was associated with anti-HEV positivity. For patients with non-A, non-B, non-C hepatitis, prevalences of 5.3% (95% CI: 3.3-8.2) and 0.3% (95% CI: 0.0-1.7) were estimated for anti-HEV IgG and IgM, respectively. Low level of schooling was associated with HEV seropositivity, as well as living in rural areas, with borderline p. HEV RNA was not detected in any of the tested samples from the three groups. The seroprevalences found for the anti-HEV IgG marker reveal low exposure to HEV in the three groups analyzed and rare cases of acute infection. These findings suggest that the epidemiological profile of HEV infection observed is similar to that reported in regions with low endemicity. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG
Databáze: OpenAIRE