Análise da presença de mutações no gene que codifica o receptor de androgênios em tumores de próstata
Autor: | Donatti, Luiza Mezzomo |
---|---|
Přispěvatelé: | Brum, Ilma Simoni |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
Popis: | As doenças da próstata atingem cerca de 80% dos homens com idade superior a 50 anos, sendo que as duas formas mais comuns são a hiperplasia prostática benigna (HPB) e o câncer de próstata (CaP), ambas resultantes da proliferação celular anormal. O CaP é o segundo tipo de câncer mais incidente no Brasil, tendo o Rio Grande do Sul (RS) como o estado com a maior prevalência. É sabido que os androgênios possuem um papel crucial na glândula prostática e que suas ações são mediadas pelo receptor celular denominado receptor de androgênios (AR), um receptor nuclear que age como fator de transcrição dependente de ligante. Sendo assim, alterações no AR podem estar relacionadas com o desenvolvimento da HPB e do CaP. Visto que o crescimento de células do CaP é dependente da ação dos androgênios, a privação hormonal é a principal terapia utilizada, porém, alguns homens desenvolvem resistência e o tumor continua progredindo. Mutações do AR têm sido apontadas como fatores de resistência à terapia antiandrogênica e recidiva bioquímica em tumores avançados, mas, pouco se sabe de seu papel no tumor primário. Duas importantes mutações relacionadas à resistência terapêutica já foram descritas: NG_009014.2(AR_v001):c.2632A>G (AR-T878A) e NG_009014.2(AR_v001):c.2350C>T (AR-Q784*), porém outros fatores genéticos e ambientais também podem estar associados ao desfecho clínico desses pacientes. Objetivo: Descrever a frequência das mutações AR-T878A e AR-Q784* em uma amostra de pacientes do estado do Rio Grande do Sul e avaliar possível associação ao desenvolvimento, agressividade tumoral e recidiva bioquímica. Métodos: 237 pacientes atendidos no Serviço de Urologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e encaminhados à cirurgia por alteração prostática foram incluídos neste estudo. Foram coletados dados clínicos, além de amostras de sangue e de tecido prostático, durante o transoperatório, para extração de DNA genômico e análises moleculares. A genotipagem das mutações estudadas foi feita por PCR em tempo real (qPCR), utilizando sondas fluorescentes específicas, e o sequenciamento pelo método de Sanger. Resultados: A idade ao diagnóstico de HPB ou CaP não diferiu significativamente e ambos grupos foram homogêneos em relação à cor ou raça dos participantes. O nível de PSA sérico foi maior no grupo CaP (n=119) comparado ao grupo HPB (n=118) e a maioria dos pacientes com CaP apresentou tumor com escore de Gleason igual a 7(3+4) e não tinham diagnóstico 11 de doença extraprostática. Nenhum dos pacientes avaliados apresentou as mutações estudadas (AR-T878A e AR-Q784*) nas amostras de DNA genômico de sangue ou de tecido prostático. Conclusão: As mutações do receptor de androgênios AR-T878A e AR-Q784* não foram identificadas na amostra avaliada de pacientes do Rio Grande do Sul. Os resultados foram concordantes entre o genótipo das amostras avaliadas em leucócitos de sangue periférico e de tecido prostático. Prostate diseases affect about 80% of men over 50 years old, being that the two most common forms are benign prostatic hyperplasia (BPH) and prostate cancer (PCa), both resulting from abnormal cellular proliferation. PCa is the second highest incident type of cancer in Brazil, and Rio Grande do Sul (RS) is the state with higher prevalence. It is known that androgens have an important role in the prostatic gland and their actions are mediated by a cellular receptor denominated androgen receptor (AR), a nuclear receptor that acts as ligand-dependent transcription factor. Therefore, AR alterations could be associated with BPH and PCa. Because PCa cell growth is androgen-dependent, hormonal deprivation is the most used therapeutic approach, however, some men develop resistance to such treatment and the tumor keeps advancing. AR mutations are being pointed as antiandrogenic therapy resistance factors and biochemical recurrence in advanced tumors, but little is known about their role in primary tumors. Two important mutations related to therapeutic resistance have been described: NG_009014.2(AR_v001):c.2632A>G (AR-T878A) and NG_009014.2(AR_v001):c.2350C>T (AR-Q784*), and other genetic and environmental factors can also be associated to disease outcome in these patients. Objectives: To describe the frequency of AR-T878A and AR-Q784* mutations in a sample of patients from RS and to evaluate their associations with tumoral aggressiveness and development, with biochemical recurrence. Methods: 237 patients treated at the Urology Service of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) and referred for surgery for prostate alterations were included in this study. Clinical data was obtained, and blood and prostate tissue samples were collected, during the surgery, for genomic DNA extraction and molecular analysis. Genotyping was performed by real-time PCR (qPCR) using specific fluorescent probes and sequencing was done by the Sanger method. Results: Age at diagnosis of BPH or PCa did not differ significantly between groups and both groups presented a homogeneous composition considering the color or race of participants. Serum PSA levels were higher in the PCa (n=119) group compared to the BPH (n=118) group, most patients with PCa had a Gleason score 7 (3 +4) and had no diagnosis of extraprostatic disease. None of the patients evaluated carried the mutations (AR-T878A and AR-Q784*) in blood genomic DNA or prostatic tissues samples. Conclusion: Androgen receptor mutations AR-T878A and AR-Q784* were not identified in the evaluated sample of patients from Rio Grande do Sul. The results were consistent between the genotype of the peripheral blood leukocytes sample and prostate tissue samples. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |