Subjetivações femininas na meia-idade: a vivência da menopausa na contemporaneidade

Autor: GUERRA, Juliana de Farias Pessoa
Přispěvatelé: ALBUQUERQUE, Paulo Henrique Novaes Martins de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPE
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
Popis: A menopausa tem como marco biopsicossocial o envelhecimento feminino. Partimos da premissa de que a menopausa deve ser entendida como um fenômeno sociológico, que vai além do viés orgânico, cujo sofrimento é potencializado devido a fatores externos característicos da sociedade contemporânea, como aceleração da vida cotidiana, mito da “eterna” juventude, menosprezo da emoção feminina e desvalorização social em função do avanço da idade, no contexto da sociedade patriarcal. A menopausa é frequentemente atrelada a tabus que englobam uma visão depreciativa baseada nas ideias de envelhecimento e de patologização do fenômeno, com consequente medicalização. Com o intuito de compreender a constituição de um sentido de self no processo de subjetivação feminina, a partir do arcabouço teórico da sociologia do corpo e da emoção, foram entrevistadas doze mulheres, de diferentes classes sociais. Ao avançar no debate sociológico acerca da dialética entre o indivíduo e a sociedade, e o lugar das emoções e do simbólico na relação com o corpo feminino, é possível defender o protagonismo da subjetividade na meia-idade feminina diante dos processos de mudanças sociais, já que essas dimensões humanas estão intrinsecamente ligadas. Menopause has female aging as a biopsychosocial landmark. We start from the premise that menopause should be understood as a sociological phenomenon that goes beyond an organic bias, whose suffering is enhanced by external factors characteristic of contemporary society, such as the acceleration of everyday life, the myth of “eternal” youth, contempt for feminine emotion and social devaluation in function of the advancement of the age, in the context of the patriarchal society. Menopause is often linked to taboos that include a derogatory view based on the ideas of aging and the pathologization of the phenomenon, with consequent medicalization. In order to understand the constitution of a sense of self in the process of female subjectivation, in the theoretical framework of the sociology of the body and emotion, twelve women from different social classes were interviewed. Moving forward in the sociological debate about the dialectic between the individual and society, and the place of the emotions and the symbolic in the relationship with the female body, it is possible to defend the protagonism of subjectivity in the female middle age in the face of the processes of social change, since these human dimensions are intrinsically linked.
Databáze: OpenAIRE