Correlação entre fatores de risco e prevalência de lesões osteomioarticulares em cheerleaders do estado de Minas Gerais
Autor: | Souza, Matheus Almeida |
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Přispěvatelé: | Barbosa, Alexandre Wesley Carvalho, Fonseca, Diogo Simões, Dias, Fernanda Moura Vargas |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
Popis: | Introdução: O cheerleading é um esporte independente, que associa uma gama de movimentos específicos, como realização de elevações e arremessos, acrobacias e pirâmides humanas, seus praticantes são divididos nas posições base e flyer, apresentando ou competindo em variadas categorias e níveis de dificuldade. Devido a sua complexidade, o cheerleading requer agilidade, força, potência, flexibilidade e resistência muscular. Esta prática, iniciou-se nos Estados Unidos da América e sua popularidade foi se alastrando por muitos países, chegando ao Brasil de forma mais concreta em 2008. Devido a popularidade, ao crescimento da prática à nível nacional e ao risco de lesões osteomioarticulares que seus praticantes são expostos, há grande necessidade de se iniciarem estudos mais aprofundados nesta área para que haja maior conhecimento das variáveis sociodemográficas e biomecânicas, prevalência de lesões e dores osteomioarticulares e fatores de risco associados nesta população. Objetivos: Investigar a associação de possíveis fatores de risco para ocorrência de lesões osteomioarticulares em cheerleaders, caracterizá-los quanto a informações sobre a prática do cheerleading e analisar a prevalência de lesões osteomioarticulares e níveis de dor. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram incluídos na amostra 112 cheerleaders, pertencentes a equipes do estado de Minas Gerais (MG) e com idade acima de 18 anos. Inicialmente, a equipe de pesquisa entrou em contato com alguns treinadores e líderes de equipes para explicação do estudo, posteriormente um formulário elaborado pelos pesquisadores foi repassado e devidamente analisado. O formulário continha perguntas de identificação (email, nome, data de nascimento e sexo), informações em relação a prática de cheerleading (tempo de prática, equipe pertencente, cidade onde pratica, posição, frequência de treino e participação em campeonatos), histórico de lesões (presença e quantidade de lesões osteomioarticulares, tipo de lesão e quando ocorreu), prática de outras modalidades de esportes e exercícios físicos (tipo, frequência e motivo) e, por fim, percepção subjetiva de dor (Escala Visual Analógica [nível] e local). A análise estatística foi realizada pelo software Jamovi, para correlação, os cheerleaders foram separados pelo histórico de lesões (sim ou não), realizando testes de associação, comparação entre grupos e tamanho de efeito. Resultados: A amostra apresentou média de idade de 21,60±2,60 anos, composta majoritariamente por praticantes do sexo feminino, com experiência acima de 12 meses no cheerleading, frequência de prática acima de 3 vezes por semana, pertencentes a equipes universitárias, que realizam outros esportes ou exercícios físicos e que já competiram. 53,98% dos cheerleaders já se lesionaram devido a prática, com total de 129 lesões autorrelatadas, o local/região mais lesionado foram os membros inferiores e como tipo, estiramento muscular, em relação à dor, 66,96% dos cheerleaders relataram dor. Das variáveis analisadas, apenas o tempo de prática demonstrou correlação com histórico de lesões. Conclusão: Observa-se que, há prevalência relativamente alta de lesões e dor em cheerleaders de MG e que o tempo de prática pode ser um preditor importante de lesões em cheerleaders, porém há grande necessidade de aprofundamento nas pesquisas para estabelecer parâmetros mais fidedignos e principalmente relacionado às variáveis físicas. Background: Cheerleading is an independent sport, that combines specific movements, such as lifting and throwing, acrobatics, and human pyramids. The practitioners are divided into the base and flyer positions and competing in various categories and levels of difficulty. Due to its complexity, cheerleading requires agility, strength, power, flexibility, and muscular endurance. This practice started in the United States of America, and its popularity spread to many countries, arriving in Brazil in 2008. The cheerleading growth at the national level exposed the risk of injuries and the necessity to develop studies to evaluate sociodemographic, biomechanical variables, the prevalence of injuries, musculoskeletal pain, and associated injury risk factors. Objectives: Investigate the association of possible risk factors for the occurrence of musculoskeletal injuries in cheerleaders, characterize them in terms of information about the practice of cheerleading and analyze the prevalence of musculoskeletal injuries and pain levels. Methods: This is a cross-sectional study approved by the Research Ethics Committee. The sample included 112 cheerleaders belonging to teams in Minas Gerais (MG) aged over 18 years. Initially, the research team contacted some coaches and team leaders to explain the study. Afterward, a form prepared by the researchers was passed on and duly analyzed. The form contained identification questions (email, name, date of birth and sex), information regarding the practice of cheerleading (practice time, belonging team, city where it practices, position, frequency of training and participation in championships), history of injuries (presence and number of musculoskeletal injuries, type of injury and when it occurred), the practice of other sports and physical exercises (type, frequency and reason) and, finally, subjective perception of pain (Visual Analogue Scale [level] and place). Statistical analysis was performed using the Jamovi software. For correlation, the cheerleaders were separated by the history of injuries (yes or no), performing association tests, comparison between groups, and effect size. Results: The sample had a mean age of 21.60±2.60 years, composed mostly of female practitioners, with experience over 12 months in cheerleading, frequency of practice over 3 times a week, belonging to University teams, who perform other sports or physical exercises that have already competed. 53.98% of cheerleaders have already been injured due to practice, with a total of 129 self-reported injuries, the most injured site was the lower limbs and as a type, muscle stretch, in relation to pain, 66.96% of cheerleaders reported pain. Of the variables analyzed, only the time of practice showed a correlation with a history of injuries. Conclusion: It is observed that there is a relatively high prevalence of injuries and pain in MG cheerleaders, and that the time of practice can be an important predictor of injuries in them, however there is need for further research to establish reliable parameters and mainly related to physical variables. |
Databáze: | OpenAIRE |
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