O futuro da escola: uma etnografia sobre a relação dos jovens com o conhecimento escolar

Autor: Borges, Luís Paulo Cruz
Přispěvatelé: Mattos, Carmen Lucia Guimarães de, Macedo, Elizabeth Fernandes de, Ortigão, Maria Isabel Ramalho, Ivenicki, Ana, Rosistolato, Rodrigo Pereira da Rocha, Bagnall, Nigel Fraser
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
Popis: Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T21:47:02Z No. of bitstreams: 1 Tese_Luis Paulo Cruz Borges.pdf: 8110716 bytes, checksum: 8b819750136f9606df30c2acb7e1926e (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-05T21:47:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_Luis Paulo Cruz Borges.pdf: 8110716 bytes, checksum: 8b819750136f9606df30c2acb7e1926e (MD5) Previous issue date: 2018-02-27 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico La présente thèse porte sur la relation des jeunes lycéens avec le savoir scolaire. Nous nous guidons théoriquement et méthodologiquement sur l'approche ethnographique, située à la frontière entre l anthropologie et l éducation. Nous avons donc rempli notre carnet de terrain avec des notes ethnographiques, de la description dense, des entretiens, des photographies, de l'observation participante et des productions textuelles, autant de moyens permettant d'appréhender une partie de la réalité sociale. Nous articulons les catégories de savoir scolaire, de jeunesses et d'avenir suivant des théoriciens comme Bernard Charlot, Carmen Gabriel, Alice Lopes et Elizabeth Macedo, Juarez Dayrell, José Pais, Gilberto Velho, Clifford Geertz, Carmen de Mattos, Homi Bhabha, W. Pinar et Arjun Appadurai. La thèse s'est posé la question de savoir comment les jeunes lycéens d'un établissement d'enseignement publique de l'État de Rio de Janeiro se rapportent aux savoirs que l'école socialise. Notre but général a été celui d'étudier et d'enquêter le rôle de l'école face aux savoirs scolaires du point de vue des participants de la recherche. Pour cela, trois catégories analytiques se font présentes : i) le savoir scolaire. Nous partons de la relation entre les instances critiques et postcritiques et mettons en cause les conceptions de l école et les contradictions présentes dans la modernité. En plus, nous promouvons la confrontation des cursus proposés par la Base Nacional Curricular Comum (BNCC) avec la voix des élèves interviewés au cours de la recherche ; ii) l idée de jeunesse en mouvement, qui concerne la relation des jeunes avec le savoir scolaire et comprend les processus éducatifs ainsi que l image et la conception de la jeunesse dans son rapport à l école. Cela s opère selon la logique de la polyphonie des étudiants, porteurs des voix qui peuvent être entendues dans la production des programmes, où les conflits établissent des chemins possibles ; iii) finalement, nous articulons la catégorie d'avenir de l école et de ses sujets dans un processus de double transitivité : l avenir en tant que temporalité et en tant qu émergence et (ré)imagination des relations sociales des jeunes avec le savoir et l école. Ainsi nous traitons l avenir comme une catégorie ethnographique sous rature, dans laquelle les voix des élèves indiquent quelle école et quels savoirs devront exister. En guise de conclusion, nous soutenons la thèse que les savoirs scolaires, compris comme des actes de signification, sont une dimension créatrice des modes de subjectivation et de différence capables de favoriser l émergence des transformations sociales qui, dans le contexte scolaire, surviennent à partir d'une prise de parole par les sujets, c'est-à-dire, une énonciation culturelle. Nous décrivons les voix des étudiants et des étudiantes, qui se mélangent à l interprétation du chercheur et (ré)imaginent l école de l avenir, celle qui ne se fera existante qu à la suite de changements profonds dans son architecture moderne et à partir de sa reconstruction, sous rature, et de son insertion dans la post-modernité A presente tese tem como objeto de estudo a relação dos jovens estudantes do Ensino Médio com o conhecimento escolar. Pauta-se na abordagem teórico-metodológica etnográfica, situada na fronteira entre a antropologia e a educação. Assim, foram utilizados o caderno de campo, notas etnográficas, descrição densa, entrevistas, fotografias, observação participante e produções textuais como formas de apreender um recorte da realidade social. Articulam-se as categorias conhecimento escolar, juventudes e futuro, privilegiando os teóricos Bernard Charlot, Carmen Gabriel, Alice Lopes e Elizabeth Macedo, Juarez Dayrell, José Pais, Gilberto Velho, Clifford Geertz, Carmen de Mattos, Homi Bhabha, W. Pinar e Arjun Appadurai. A tese questionou: como jovens estudantes do Ensino Médio de uma escola pública da rede estadual do Rio de Janeiro se relacionam com o conhecimento socializado pela escola? Como objetivo geral, estudou e investigou, através da ótica dos próprios participantes da pesquisa, qual é o papel da escola diante do conhecimento escolar. Dessa forma, emergiram três categorias analíticas: i) o conhecimento escolar, partindo da relação entre as instâncias críticas e pós-críticas, colocando em xeque as concepções de escola e suas contradições presentes na modernidade, além de um confronto entre o texto curricular proposto na Base Nacional Curricular Comum (BNCC) com as vozes discentes encontradas na pesquisa; ii) a ideia de juventudes em trânsito abordando a relação dos jovens com o conhecimento escolar, compreendendo os processos educacionais e a própria imagem e concepção de juventude em sua relação com a escola. Opera-se numa lógica de que há uma polifonia nas vozes discentes que podem ser escutadas como forma de uma produção curricular pensando os dissensos como caminhos possíveis. iii) por fim, articula-se a categoria futuro da escola, e dos seus sujeitos, em um processo de dupla transitividade: o futuro como temporalidade e o futuro como emergência e (re)imaginação das relações sociais dos jovens com o conhecimento e a escola. Deste modo, trabalha-se o futuro como uma categoria etnográfica sob rasura, em que as vozes discentes indicam que escola e que conhecimento hão de existir. À guisa de conclusão, defende-se a tese de que o conhecimento escolar, entendido como atos de significação, é uma dimensão criadora dos modos de subjetivação e diferença, capaz de permitir a emergência de transformações sociais no contexto escolar que ocorrem a partir das vozes dos seus sujeitos pautando-se na enunciação cultural. Descrevem-se as vozes de alunos e alunas que se misturam à interpretação do pesquisador (re)imaginando a escola do futuro, que só se faz existente a partir de mudanças profundas em sua arquitetura moderna, a partir da sua reconstrução, sob rasura, e inserção na pós-modernidade
Databáze: OpenAIRE