Avaliação farmacobotânica e farmacológica de Cuphea calophylla Cham. & Schtdl. subsp. mesostemon (KOEHNE) LOURTEIG

Autor: Klider, Lislaine Maria
Přispěvatelé: CESCAGE, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Budel, Jane Manfron, Gasparotto Junior, Arquimedes, Swiech, Juliane Nadal Dias, Baglie, Sinvaldo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
instacron:UEPG
Popis: Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2020-06-25T21:27:21Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Lislaine Maria Klider.pdf: 3146976 bytes, checksum: 705a40e426c470a5be7faca327d52e0d (MD5) Made available in DSpace on 2020-06-25T21:27:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Lislaine Maria Klider.pdf: 3146976 bytes, checksum: 705a40e426c470a5be7faca327d52e0d (MD5) Previous issue date: 2019-02-27 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Cuphea P. Browne é o maior gênero da família Lythraceae, representado por cerca de 260 espécies. Várias espécies de Cuphea são utilizadas medicinalmente como anti-inflamatórias, diaforéticas, diuréticas, anti-hipertensivas e cardioprotetoras. Cuphea calophylla subsp. mesostemon (Koehne) Lourteig é uma espécie herbácea de crescimento espontâneo que ocorre em campos, bordos de mata, e beiras de estradas no Brasil. Apresenta morfologia similar com outras espécies de Cuphea, criando confusões na identificação das espécies. Devido à semelhança morfológica, diferentes espécies conhecidas como sete-sangrias no Brasil são usadas para os mesmos fins terapêuticos. Os principais objetivos do presente trabalho foram i) caracterizar a morfoanatomia de folhas e caules de C. calophylla subsp. mesostemon; ii) avaliar a segurança em relação a toxidade do sobrenadante etanólico do infuso de Cuphea calophylla (ESCC); e iii) investigar as atividades diuréticas, hipotensoras, vasodilatadoras e antioxidantes do (ESCC) nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg. Para a análise botânica, o material vegetal foi analisado através da microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. Morfologicamente, Cuphea calophylla subsp. mesostemon apresenta folha de contorno oval, base arredondada, ápice agudo, margem lisa e filotaxia oposta. O pecíolo e caule são cilíndricos. Anatomicamente, a folha é anfiestomática, com epiderme unisseriada e mesofilo dorsiventral com gotículas de óleo. Os estômatos são anomocíticos e diacíticos. Os tricomas são de três tipos: tipo a) glandular, pluricelular e plurisseriado; tipo b) tector, verrucoso e aderido à epiderme e tipo c) tector, pluricelular e unisseriado. A nervura central em secção transversal é ligeiramente côncavo-convexa e o sistema vascular é bicolateral formado por feixe único e central em arco aberto. O caule possui formato circular e epiderme unisseriada. A análise elementar dos cristais indica que são de oxalato de cálcio. Os testes histoquímicos demonstraram a presença de compostos fenólicos, lipofílicos, lignificados e grãos de amido em vários tecidos da planta. Para a avaliação farmacológica o ESCC foi obtido por infusão segundo métodos padronizados com algumas modificações. Foram utilizados ratos machos e fêmeas da linhagem Wistar de 8 a 12 semanas e então realizados os ensaios biológicos. O ESCC (2000 mg/kg) não apresentou efeitos tóxicos agudos estimando-se, portanto DL50 acima de 2000 mg/kg. Na avaliação da atividade diurética aguda o ESCC (30, 100 e 300 mg/kg) não apresentou efeito diurético significativo. No entanto, na diurese prolongada na dose de 30 mg/kg no dia 7 foi possível observar uma diferença significativa. Nos testes da atividade hipotensora, nenhum dos tratamentos foi capaz de promover uma alteração significativa nos níveis de pressão arterial ou frequência cardíaca. O ESCC foi avaliado em relação aos efeitos vasodilatadores em leito mesentérico isolado e perfundido, porém não foi observada ação vasodilatadora. Para a avaliação do potencial antioxidante, no tecido cardíaco os grupos tratados com o ESCC nas três doses (30, 100 e 300 mg/kg) apresentaram diferenças significativas em relação ao grupo controle na atividade da enzima superóxido dismutase (SOD). Cuphea P. Browne is the largest genus of the family Lythraceae, represented by about 260 species. Several species of Cuphea are used medicinally and are reported to have anti-inflammatory, diaphoretic, diuretic, antihypertensive and cardioprotective properties. Cuphea calophylla subsp. mesostemon (Koehne) Lourteig is an herbaceous plant growing naturally in the fields, forest edges and along roadsides in Brazil. It shares similar morphological features with several other species of Cuphea creating confusions in the species identification. Due to the morphological similarity, different species known as seven-sangrias in Brazil are used interchangeably for the same therapeutic purposes. The main objectives of the present work were i) to characterize the morpho-anatomy of leaves and stems of C. calophylla subsp. mesostemon; ii) to evaluate the safety of ethanol-soluble fraction from Cuphea calophylla (ESCC) of the taxon in relation to its toxicity; and iii) to investigate the diuretic, hypotensive, vasodilatory and antioxidant effects of ESCC at 30, 100 and 300 mg/kg doses. For the botanical analysis, the plant materials were analyzed by light and scanning electron microscopy. Morphologically, the leaves of C. calophylla subsp. mesostemon are opposite, ovate in shape with a rounded base, acute apex and smooth margins. The petioles and stems are cylindrical. Anatomically, the leaf is amphistomatic, with uniseriate epidermis and dorsiventral mesophyll containing oil droplets. Two types of stomata, namely anomocytic and diacytic, are present. The trichomes are of three types: a) glandular, multicellular, multiseriate; b) non-glandular, warty, adpressed; and c) non-glandular, multicellular, uniseriate. In cross-section, the midrib is slightly concave-convex in outline and possesses a central beam of bicollateral vascular system in open arch. The stem is circular in shape and covered by a uniseriate epidermis. Elemental analysis of the crystals shows that they are of calcium oxalate. The histochemical tests indicate the presence of lipophilic, lignified, phenolic compounds and starch grains in various tissues of the plant. For the pharmacological evaluation, the ESCC was obtained by infusion using standard methods with some modifications. Male and female Wistar rats of 8 to 12 weeks old were used for biological studies. In the tests for toxicity, the ESCC (2000 mg/kg) showed no acute toxic effects and therefore the estimated LD50 was above 2000 mg/kg. In the evaluation for diuretic activity, the ESCC (30, 100 and 300 mg/kg) did not present significant diuretic effect. However, on prolonged diuresis at the dose of 30 mg/kg on day 7, a significant difference was observed. In the tests for hypotensive activity, none of the treatments was able to promote a significant change in blood pressure levels or heart rate. The ESCC was then evaluated for vasodilator effects in isolated and perfused mesenteric bed, but no vasodilator action was observed. For the valuation of the antioxidant potential, in the cardiac tissue the groups treated with the ESCC in the three doses (30, 100 and 300 mg / kg) presented significant differences in relation to the control group on activity of the superoxide dismutase (SOD).
Databáze: OpenAIRE
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