The spectacle as denial of life in Guy Debord
Autor: | Costa, Inácio José de Araújo da |
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Přispěvatelé: | Filho, Adauto Lopes da Silva |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) Universidade Federal do Ceará (UFC) instacron:UFC |
Popis: | The aim of this paper is to reflect on the concept of spectacle formulated by the French thinker Guy Debord (1931 - 1994), in order to understand it fundamentally as a denial of life. According to the author, who presented one of the most incisive critical theories about the society that emerged within the modern capitalism in the second half of the twentieth century, as the ceaseless development of the capitalist mode of production extended its alienating logic to all sectors of everyday life, more and more people lost the ability to act and organize themselves consciously, becoming passive spectators of a world ruled by the laws of the commodity and losing control over their own lives. The concept of “spectacle” which guided his reflections on modern society, succinctly defined as “the autocratic reign of the market economy and the totality of new techniques of government which accompanied this reign” is also described as “concrete inversion of life”, “autonomous movement of non-life”, “visible negation of life”. The persistence in emphasizing the spectacle as the opposite of "life" is not acidental or stylistic, but central to Debord's thought, because it reveals his concern about the fact that economic laws directly interfere with the various aspects of human existence in the world: from the reification of the social and psychic life of human beings, the submission of concrete life to objects of commercial fetish transformed into images, to the critical degeneration of the bodies and minds of individuals in modern society. In order to defend the meaning of the spectacle as a denial of life in Guy Debord's thought, elements were sought within the author's own work that support this claim, as in his best-known books The Society of the Spectacle (1967) and Comments on the Society of the Spectacle (1988), in his texts published in the Internationale Situationniste magazine and in the scripts of his films. O objetivo do presente trabalho consiste em refletir sobre o conceito de espetáculo formulado pelo pensador francês Guy Debord (1931 – 1994), de forma a compreendê-lo fundamentalmente como negação da vida. Segundo o autor, que apresentou uma das teorias críticas mais incisivas sobre a sociedade surgida no seio do capitalismo moderno da segunda metade do século XX, na medida em que o desenvolvimento incessante do modo de produção capitalista estendia sua lógica alienante a todos os setores da vida cotidiana, cada vez mais os indivíduos perdiam a capacidade de agir e de se organizar conscientemente, tornando-se espectadores passivos de um mundo regido pelas leis da mercadoria e perdendo o domínio sobre suas próprias vidas. O conceito de “espetáculo” que orientou as reflexões de Debord sobre a sociedade moderna, definido sucintamente como “o reino autocrático da economia mercantil e o conjunto de técnicas que acompanha esse reino”, é também descrito pelo autor como “inversão concreta da vida”, “movimento autônomo do não-vivo”, “negação da vida que se tornou visível”. A persistência na atitude de ressaltar o espetáculo como o contrário da “vida” não é acidental nem estilística, mas central no pensamento de Debord, pois revela a sua preocupação com o fato de as leis econômicas interferirem diretamente nos diversos aspectos da existência humana no mundo: desde a reificação da vida social e psíquica dos seres humanos, a submissão da vida concreta a objetos de fetiche mercantil transformados em imagens, até chegar à degeneração crítica dos corpos e das mentes dos indivíduos na sociedade moderna. Para defender a acepção do espetáculo como negação da vida no pensamento de Guy Debord, foram buscados elementos dentro do conjunto da própria obra do autor que comprovem essa alegação, como em seus livros mais conhecidos A Sociedade do Espetáculo (1967) e Comentários sobre a Sociedade do Espetáculo (1988), em seus textos publicados na revista Internationale Situationniste e nos roteiros de seus filmes. |
Databáze: | OpenAIRE |
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