Muros ruidosos : o ruído como ação política
Autor: | LIMA, Caio Augusto Barbosa de |
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Přispěvatelé: | JANOTTI JUNIOR, Jeder Silveira |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
Popis: | FACEPE Se a política pode ser entendida como o processo de organização dos poderes e coletividades, como o ruído participa desse processo? A partir do “Dissenso” (RANCIÈRE, 1996), pressupomos que determinadas distinções, entendidas como comuns, revelam conflitos, entre comunidades e suas imagens do mundo, numa “Partilha do sensível”. Seguindo a afirmação de Rancière, de que na base da política há uma estética, nos interessamos por abordar a distinção entre música e ruído como um modo de conflito político que desdobra-se, sobretudo, em práticas artísticas. Se as distinções refletem não apenas as maneiras de organizar os sons, mas a política como forma de distribuição e legitimação da experiência: quem tem autoridade para fazer ruído? Neste sentido, percebemos a ressonância dos preconceitos contra o ruído através da distinção humano e máquina. Por considerar que esta distinção funda-se no conflito entre um antropocentrismo dualista e uma concepção materialista do mundo, buscou-se montar, sustentado pela ontologia orientada para as máquinas, de Levi Bryant, agenciada ao pensamento de autores como Malaspina, Goodman, Bennett e Bensusan, uma imagem maquínica do som como forma de investigar a dimensão política do ruído como uma miríade vibratória que produz entropia nos sistemas. Assim, a partir do gênero “Noise”, propomos um experimento de escuta em que o ruído foi o elemento que culminou em cenas de dissenso enquanto reações neguentrópicas; desde manifestações físicas perturbadoras ao sentimento de orgulho e vergonha. If politics can be understood as the process of organizing powers and collectivities, how does noise participate in this process? From the “Dissensus” (RANCIÈRE, 1996), we assume that certain distinctions understood as common, reveal conflicts between communities and their images of the world, in a “The distribution of the sensible”. Following Rancière's statement that at the base of politics there is an aesthetic, we are interested in approaching the distinction between music and noise as a mode of political conflict that unfolds mainly in artistic practices. If the distinctions reflect not only the ways of organizing sounds but politics as a form of distribution and legitimation of experience: who has the authority to make noise? In this sense, we perceive the resonance of prejudice against noise through human and machine distinction. Considering that this distinction is based on the conflict between a dualist anthropocentrism and a materialistic conception of the world, we sought to mount, supported by Levi Bryant's machine-oriented ontology, agency to the thinking of authors such as Malaspina, Goodman, Bennett and Bensusan, a machinic image of sound as a way of investigating the political dimension of noise as a vibrating myriad that produces entropy in systems. Thus, from the genre “Noise”, we propose a listening experiment in which noise was the element that culminated in scenes of dissent as negentropic reactions; from disturbing physical manifestations to the feeling of pride and shame. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |