Theories of health and phenomenology of illness

Autor: Gründling, Alexandre de Ugalde
Přispěvatelé: Reis, Róbson Ramos dos, Williges, Flávio, Rodrigues, Fernando
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UFSM
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
instacron:UFSM
Popis: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The main purpose of this work is to provide a phenomenological approach to illness. It examines three phenomenological approaches to the experience of the disease. First, It presents the main health theories, namely: the hypocritical theory, the biostatistics, and the holistic theory (in which the phenomenological approach is situated). According to the Hippocratic conception, health consists of a balance and equilibrium between bodily moods, which are qualities of a particular elementary constitution of the individual; in turn, the biostatistics theory considers health as the absence of disease. In this case, It makes a statistical analysis of an empirical ideal of the population to establish a normality pattern through which any deviation is taken as a disease; holistic theory aims to provide a global perspective on the person, considering health as the ability to act in standard circumstances. In this case, the objective fulfillment and circumstances are established in a normative way, concerning well-being and minimal happiness as criteria. The phenomenology of illness, although situated within the holistic health theories field, specifically directed to first-person experience of the disease. In this sense, this work reconstructs the experience concept from three phenomenological approaches. The first, named the paradigm of the lived body, privileges the corporeal aspects and presents a phenomenological conception about the essential structures of the lived body; the second one presents a perspective of hermeneutic phenomenology, in which the existential aspects of finding oneself (Befindlichkeit) - thrown into the world - and the attunement (Stimmung), take the foreground in describing the structure of illness experience; the third approach, in turn, presents a conception of experience whose phenomenological core revolves around the feeling of bodily certainty. This feeling is characterized by being basic and basic, guaranteeing a sense of reality and familiarity with the world. Finally, the experience of illness is thematized by phenomenological reconstructed approaches. In the case of the paradigm of the lived body, illness is described as an experience of the body presenting itself as an uncanny and as an alien presence, but also in its dysfunctional appearance (dys-appearance). This experience is also described in terms of a series of losses such as totality, control, and so on. In the hermeneutic phenomenology approach, the illness emerges as the experience of the world as hostile and unhomelikeness, revealing the uncanny attunement. The last approach presents the experience of illness as bodily doubt, which reveals several changes elucidated in terms of a loss of experiential continuity, bodily transparency, and bodily belief. Among the results obtained, the central element promoted by the analysis and description of the experience of illness to health sciences stands out. In this case, the central role of phenomenology is also highlighted, as it makes possible a theoretical contribution for qualitative investigations about illness experience. The work also shows that illness can provide a privileged perspective, both for philosophy and for the investigation of experience, insofar as it shows up tacit background structures. O presente trabalho tem como escopo principal fornecer uma abordagem fenomenológica da enfermidade. Nele são examinados três enfoques fenomenológicos sobre a experiência da doença. Primeiramente são apresentadas as principais teorias da saúde, a saber: a teoria hipocrática, a bioestatística e a holística (na qual a abordagem fenomenológica está situada). De acordo com a concepção hipocrática, a saúde consiste em uma relação de equilíbrio e balanço entre os diferentes humores corporais, qualidades da constituição elementar de cada indivíduo; por sua vez, a teoria bioestatística, considera a saúde como a ausência da doença. Nesse caso, através da análise estatística de uma parcela populacional se estabelece padrão de normalidade no qual qualquer desvio é considerado doença; já a teoria holística pretende fornecer uma perspectiva global sobre a pessoa, considerando a saúde enquanto uma série de habilidades requeridas para a ação no ambiente, segundo circunstâncias padrão. Nesse caso os fins e as circunstâncias são determinados de forma normativa, tomando critérios como bem-estar e uma noção mínima de felicidade. A fenomenologia da enfermidade, embora situada no âmbito das teorias holísticas da saúde, considera especificamente a experiência vivida em primeira pessoa da doença. Nesse sentido, o trabalho reconstrói a concepção de experiência a partir de três abordagens fenomenológicas. A primeira, chamada de paradigma do corpo vivido, privilegia os aspectos da corporeidade e apresenta uma concepção fenomenológica acerca da reunião de estruturas essenciais constituintes da experiência; a segunda abordagem apresenta uma perspectiva fenomenológico-hermenêutica, na qual os aspectos existenciais do encontrar-se (Befindlichkeit) e da disposição afetiva (Stimmung), assumem o primeiro plano na descrição da estrutura da experiência enferma; a terceira abordagem, por sua vez, apresenta uma concepção de experiência cujo núcleo fenomenológico gira em torno do sentimento de certeza corporal. Este sentimento se caracteriza por ser básico e de fundo, garantido um senso de realidade e familiaridade com o mundo. Por fim, a experiência da enfermidade é exposta a partir do núcleo temático fenomenológico das abordagens reconstruídas. No caso da perspectiva do paradigma do corpo vivido, a enfermidade é descrita a partir da experiência do aparecimento do corpo como presença estranha e alienígena, mas também em seu aspecto disfuncional (dys-appearance). Essa experiência também é descrita em termos de uma série de perdas como totalidade, controle, etc. Com relação à abordagem fenomenológico-hermenêutica, a enfermidade emerge como a experiência do mundo hostil e não familiar (unhomelikeness), revelando a disposição afetiva do estranhamento (uncanny). A última abordagem apresenta a experiência da enfermidade como dúvida corporal, a partir de diversas transformações, elucidadas por fim nos termos de uma perda da continuidade experiencial, transparência do corpo e confiança corporal. Entre os resultados obtidos, destaca-se o elemento central promovido pela análise e descrição da experiência da doença para ciências da saúde. Nesse caso, destaca-se ainda o papel central da fenomenologia ao viabilizar um aporte teórico para investigações desta qualidade. O trabalho mostra ainda que o fenômeno da enfermidade oferece uma perspectiva privilegiada, tanto para a filosofia, quanto para a investigação da experiência, na medida em que traz à tona estruturas tácitas.
Databáze: OpenAIRE