'O céu é o limite...': a autoconstrução como obra aberta

Autor: Pela, Ida Matilde
Přispěvatelé: Magnavita, Pasqualino Romano, Souza, Angela Maria Gordilho, Silva, Ariadne Moraes, Rocha, Heliana Faria Mettig, Miranda, Clara Luiza, Carvalho Filho, Milton Júlio de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFBA
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
Popis: Submitted by Ida Matilde Pela (idamatilde11@gmail.com) on 2020-06-23T19:47:49Z No. of bitstreams: 1 IDAPELA_Tese O céu é o limite_A autoconstrução como obra aberta.pdf: 29255743 bytes, checksum: 41d850d796391f27c7d1a69153b7994c (MD5) Approved for entry into archive by Jeã Carlo Mendes Madureira (jea.carlo@ufba.br) on 2020-07-13T13:37:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 IDAPELA_Tese O céu é o limite_A autoconstrução como obra aberta.pdf: 29255743 bytes, checksum: 41d850d796391f27c7d1a69153b7994c (MD5) Made available in DSpace on 2020-07-13T13:37:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 IDAPELA_Tese O céu é o limite_A autoconstrução como obra aberta.pdf: 29255743 bytes, checksum: 41d850d796391f27c7d1a69153b7994c (MD5) A autoconstrução é um fato no território brasileiro, um fato de dimensões oceânicas. As pessoas autoconstroem suas casas a partir das condições vividas, impostas e/ ou escolhidas quase sempre sem a participação de arquitetos. Os modos de fazer e seus processos ainda são poucos compreendidos, e essa incompreensão dificulta que os saberes dos arquitetos urbanistas se estabeleçam com maior êxito nos territórios autoconstruídos. Esta tese considera que os processos da autoconstrução são atravessados por uma “outra lógica” do fazer, pois a condição de vida é outra, em relação ao que se considera para pensar a lógica dos modos de fazer arquitetônico. A reflexão construída indica um caminho para se compreender essa lógica. Argumenta que a autoconstrução é uma obra aberta dentro da condição que lhe é característica, que permeia a escassez. Aberta a múltiplos diagramas. Onde diagrama é uma exposição de relações de forças, conceito desenvolvido por Deleuze. Entende-se que essas forças, são advindas do consenso da macropolítica que atravessam os indivíduos e/ ou coletivo de indivíduos que autoconstroem. As relações dessas forças podem ser explicitadas por múltiplos diagramas, pois são múltiplas também as forças que atravessam a condição de vida. Discussão desenvolvida no capitulo Sementes. No capitulo Campo a partir das trajetórias da autora são atualizadas oito casas autoconstruídas em dois tempos: em 2006, a partir de uma pesquisa-ação de assistência técnica e, em 2014, no momento de investigação do doutorado, são elas: Casa Paciência, Casa Frida, Casa Sonho, Casa Menina, Casa Anjo, Casa Ampla, Casa Filhos e Casa Dona Flor. Do atravessamento das Sementes escolhidas com o Campo delimitado têm-se os Frutos. São representados seis diagramas dentro de uma multiplicidade possível. Três diagramas expõem as relações das forças que caracterizam a condição de que partem essas pessoas que autoconstroem: o diagrama econômico, o diagrama solo e o diagrama saberes. E três diagramas conceituais: Paciência, Frida e Sonho, que representam semelhanças dos processos e da materialidade das casas investigadas. Self-construction is a fact in Brazilian territory, a fact of oceanic dimensions. People self-build their houses based on conditions that they lived, were imposed and/or chosen often without the participation of an architect. The ways of doing and their processes are still poorly understood and this incomprehension makes it harder to establish the urban architects’ knowledge more successfully, especially in technical assistance experiences. This thesis considers that these self-construction processes are crossed by a ‘different logic of doing’, since the life’s conditions are different in relation to the ones considered to form the logic present in architectural ways of doing. It argues that self-construction is an open work within its condition of economic scarcity. It seeks to demonstrate that self-construction is open to multiple diagrams. Understanding diagrams as an exhibition of forces relations, a concept developed by Giles Deleuse. The built reflection indicates a way to understand the process’ logic of those who self-builds. It is understood that forces, based on the consensus of macropolitics, go through the individuals and/or the collective of individuals who self-build, and the relations between these forces can be explained by multiple diagrams, because also multiple are the forces that go through a condition of life. Eight self-built houses are updated in two stages, first in 2006, during a technical assistance experience, and later in 2014, at the time of the doctoral research, both trajectories done with the author’s self-construction. From the crossing of the chosen Seeds with the delimited Field, it comes the Fruits. Three diagrams that expose the forces’ densities and characterize the life’s conditions of the people in the eight self-built houses are elaborated: an economic diagram, a soil/ground diagram and a knowledge diagram. Reflecting about the association of these forces’ relations on the eight self-built residences, three conceptual diagrams are pointed: Patience diagram, Frida diagram and Dream diagram, which indicate processes of subjectivity, opening up self-construction and the people conducting it for the study of micro-politics.
Databáze: OpenAIRE