A antiga querela entre a filosofia e a poesia, e a nova querela de República X
Autor: | Costa, Ivana |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Bitencourt Haddad, A., Araújo, C. República de Platão: Companion em homenagem a Maria das Graças de Moraes Augusto. Rio de Janeiro : NAU Editora, 2022. Repositorio Institucional (UCA) Pontificia Universidad Católica Argentina instacron:UCA |
Popis: | Fil: Costa, Ivana. Investigador independiente O último livro da República começa com a euforia dos saldos positivos: “No tocante à pólis – diz Sócrates – por muitas razões entendo que a fundamos da maneira mais reta”. Essa retidão concerne diretamente “ao assunto da poesia”, isto é, à rmeza que se teve ao “não admitir de nenhum modo o que há de imitativo nela”. Por isso, pode surpreender o leitor desprevenido que, depois desse sinal de aquiescência e plena conformidade com o que foi dito sobre a poesia, toda a primeira metade do livro X (595a608b) seja dedicada a desdobrar uma vez mais o mesmo assunto ao qual já se lhe dedicou a maior parte de, ao menos, dois livros inteiros. O foco do livro X tem, não obstante, algo de novidade, porque integra aspectos teóricos não desenvolvidos na primeira conversa sobre a poesia dos livros II e III, isto é: uma ontologia que inclui Formas, as quais são mencionadas pela primeira vez no livro V, e uma psicologia moral capaz de articular aspectos éticos e cognitivos, que é introduzida no livro IV, e que concebe a alma como sede que unica três diferentes princípios de ação em conito. Ora, apesar do “afeto e respeito” que Sócrates diz sentir por Homero (e Platão volta aqui, com insistência, a essa admiração),1 a objeção à poesia que se levanta em República X é mais radical do que a expressa nos livros II e III, quando se censurava, criticava e expulsava os poetas da pólis... |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |