From factory of marginal to warrior mothers: an ethnography on the struggle of mothers of victims of state violence
Autor: | Ota, Maria Eduarda |
---|---|
Přispěvatelé: | Zaluar, Alba Maria, Bringel, Breno Marques, Szwako, José Eduardo Leon, Vandenberghe, Frédéric, Rocha, Luciane de Oliveira |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: |
State Violence
Human Rights Feminismo negro Maternidade militante Black feminism Movimentos Sociais CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA [CNPQ] Negras Racismo Violência policial - Rio de Janeiro (Estado) Social movements Mães Violência Rio de Janeiro (Estado) Militant maternity Direitos Humanos Violência de Estado |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
Popis: | Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-07T18:49:17Z No. of bitstreams: 1 Tese-Maria-Eduarda-Ota revisada_biblioteca_22 29.pdf: 3496462 bytes, checksum: 2e64b320ccd339b3a1f5602e32e6a583 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-07T18:49:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese-Maria-Eduarda-Ota revisada_biblioteca_22 29.pdf: 3496462 bytes, checksum: 2e64b320ccd339b3a1f5602e32e6a583 (MD5) Previous issue date: 2019-03-22 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The present work is the result of a multisituated ethnography on the political performance of mothers of victims of violence in the State of Rio de Janeiro from 2014 to 2018. In these four years of research I have followed public and private, institutional and noninstitutional, open events and reserved, in which I constantly had to negotiate my presence and reposition myself according to each situation: sometimes as a researcher, sometimes as a supporter of the cause. I have analyzed protests, public hearings, lectures, seminars, honors, religious masses, focus groups, training courses, individual interviews and informal conversations, as well as secondary materials such as books and documentaries with the participation of mothers. Thus, the thesis is divided into three major parts, in addition to the introduction and conclusion. In the first part I discuss the relationship of mothers of victims of institutional violence with the state from the state theory on the banks of Das and Poole and the rise of Wacquant's penal state, showing how the state presents itself to these women through the police, the socio-educational system and the judiciary, which Wacquant would call the right hand of the state or the state's repressive arm, where human rights violations are frequent because they are margins of that state - where the line between the legal and illegal is tenuous and easily outdated. In the second part, I seek to work on the political organization of these mothers by discussing theories of social movements, highlighting their network organization, their relationship with NGOs, the construction of collective identity, the professionalization of activism, symbolic and material patterns - including both claims of recognition as well as redistribution, and the transnationalization of the struggle and denunciation of racism. Finally, in the last part I try to think of the concept of warrior ethos as discussed by Zaluar in the favelas of Rio de Janeiro to propose the notion of warrior ethos constructed by mothers of victims of institutional violence who identify themselves as warrior mothers , bringing the discussion about black motherhood from Collins, Davis, and Rocha. In this sense, the thesis portrays the transformation of the identity of these women from factories of marginal to warrior mothers, from stigmatizing heteroidentification to positive self-identification constitutive of a specific ethos, from the appropriation of their history and self-assertion as fundamental political actors in the defense of Human Rights and in the fight against institutional violence and structural racism in the present day O presente trabalho é resultado de uma etnografia multissituada sobre a atuação política de mães de vítimas da violência do Estado do Rio de Janeiro no período de 2014 a 2018. Nesses quatro anos de pesquisa acompanhei eventos públicos e privados, institucionais e nãoinstitucionais, abertos e reservados, nos quais precisava constantemente negociar minha presença e reposicionar-me de acordo com cada situação: às vezes como pesquisadora, outras vezes como apoiadora da causa. Analisei assim atos de protesto, audiências públicas, palestras, seminários, homenagens, missas religiosas, grupos focais, cursos de capacitação, entrevistas individuais e conversas informais, além de materiais secundários como livros e documentários com a participação das mães. Destarte, a tese está dividida em três grandes partes, além da introdução e conclusão. Na primeira parte abordo a relação de mães de vítimas da violência institucional com o Estado a partir da teoria do Estado nas margens de Das e Poole e da ascensão do Estado penal de Wacquant, mostrando de que forma o Estado se apresenta para essas mulheres em seu cotidiano, sobretudo através da polícia, do sistema socioeducativo e do sistema judiciário, o que Wacquant chamaria de mão direita do Estado ou braço repressivo do Estado, onde violações aos Direitos Humanos são frequentes por se tratarem de margens desse Estado em que a linha entre o legal e ilegal é tênue e facilmente ultrapassada. Na segunda parte busco trabalhar a organização política dessas mães a partir da discussão com teorias de movimentos sociais, destacando sua organização em rede, a relação com ONGs, a construção da identidade coletiva, a profissionalização do ativismo, as pautas simbólicas e materiais incluindo tanto reivindicações de reconhecimento quanto de redistribuição, e a internacionalização da luta e da denúncia do racismo. Por fim, na última parte busco pensar o conceito de etos guerreiro como discutido por Zaluar nas favelas do Rio de Janeiro para propor a noção de etos da guerreira construído por mães de vítimas da violência institucional que se identificam como mães guerreiras , trazendo a discussão sobre a maternidade negra a partir de Collins, Davis e Rocha. Nesse sentido, a tese retrata a transformação da identidade dessas mulheres de fábricas de marginal a mães guerreiras, da heteroidentificação estigmatizante à autoidentificação positiva constitutiva de um etos específico, a partir da apropriação de sua história e da autoafirmação enquanto atrizes políticas fundamentais na defesa de Direitos Humanos e na luta contra a violência institucional e o racismo estrutural nos dias atuais |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |