Estudo do comportamento do fogo e de alguns efeitos da queima controlada em povoamentos de Eucalyptus viminalis Labill em Tres Barras, Santa Catarina
Autor: | Ribeiro, Guido Assunção |
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Přispěvatelé: | Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal, Soares, Ronaldo Viana, 1943 |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFPR Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
Popis: | o presente estudo foi desenvolvido num povoamento de Eucalyptus viminalis Labill pertencente à RIGESA Celulose, Papel e Embalagens Ltda., localizada no município de Três Santa Catarina. Os objetivos foram: determinar os efeitos da queima sobre a redução material combustível; analisar os principais parâmetros do comportamento do fogo; quantitativamente a queima, baseando-se em algumas relações existentes na literatura.; avaliar os efeitos da queima controlada sobre o rendimento de corte das árvores; alguns efeitos provocados pela queima na composição química do solo e no número e dos brotos; avaliar a técnica de queima mais adequada para a primavera e o outono. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, com 5 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos basearam-se nas técnicas de queima, ou seja, em faixas a favor e contra o vento e testemunha, nas estações de primavera e outono. As queimas, devido a inexistência de condições meteorológicas favoráveis na primavera e outono, foram realizadas em 10/10/94 (primavera) e em 23/03/95 (outono), respectivamente. O material combustível foi inventariado antes e depois da queima para determinação do peso de matéria seca por unidade de área, consumo pelo fogo, espessura da camada orgânica, poder calorífico, percentagem de matéria inorgância e de nutrientes. Antes da queima, a carga total de material combustível foi 32,8 t.ha-1 na primavera e 35,8 t.ha-1 no outono e, após incinerado em mufla, 26,2 e 27,8 t.ha-1 para primavera e outono, respectivamente. O consumo médio geral da carga de material combustível foi de 56 % nas duas épocas (56, 61 e 90 % para as classes C-1, C-2 e C-3 respectivamente). Após incinerado em mufla a queima em faixas a favor do vento consumiu, em média, 3,7 t.ha-1 na primavera e 2,9 t.ha-1 no outono a mais do que a queima contra o vento. A distribuição percentual das classes permaneceu a mesma antes e depois da queima, pois o percentual de redução entre os tratamentos não apresentou diferença estatística significativa. O mesmo aconteceu com a espessura da camada orgânica, cuja redução média geral foi 30 e 34,7 % para as duas épocas, respectivamente. As médias do poder calorífico efetivo e real foram estatisticamente diferentes entre as classes de combustível, exceto entre as classes C-1MV e C-2 (efetivo) e C-1MF e C-2 (real). Em média, a velocidade de queima foi 0,0477 m.s-1 e 0,0131 m.s-1 para a queima em faixas a favor e contra o vento, respectivamente, o que corresponde a uma diferença estatística significativa. A intensidade da linha de fogo, determinada pela equação de Byram, variou entre 50 e 211 kcal.s-1.m-1 e entre 48 e 229 kcal.s-1.m-1 para as queimas contra e em faixas a favor do vento na primavera e no outono, respectivamente, apresentando diferença estatística apenas entre as técnicas de queima. As médias da quantidade de energia liberada por unidade de área (Ha) foram maiores para as queimas em faixas a favor do vento, não apresentando diferença significativa entre as técnicas e época de queima. A altura de crestamento variou de 4,9 m (contra) a 13,5 m (a favor) enquanto a altura de carbonização variou entre 63 cm (contra) e 74 cm (a favor), portanto, apresentando correlação significativa com a altura de crestamento, carga de material combustível, velocidade de propagação e intensidade da linha de fogo. A análise de correlação entre o rendimento de corte e outras variáveis (declividade, número e volume das árvores) resultou em coeficiente significativo apenas para o volume das parcelas da queima de primavera. A análise de contraste não mostrou diferença entre o rendimento de corte das parcelas de todos os tratamentos. A queima de primavera, praticamente, não afetou as propriedades químicas do solo, quando os tratamentos foram comparados para cada mês apenas o teor de carbono diferiu da testemunha no segundo mês de coleta. Na queima de outono, o Ca+2 + Mg+2, H+Al, m (saturação em Al) e pH apresentaram alterações estatisticamente significativas ao longo dos 6 meses de coleta após a queima enquanto o Al+3, C, T (CTC) e P apresentaram diferença estatística significativa entre os tratamentos, mesmo antes da queima. As principais alterações verificadas foram: a maior diferença detectada para o pH foi de 0,52 entre a primeira e a sétima coletas, da queima contra o vento; ocorreu redução no teor de Al+3 a partir do teor inicial até o sétimo mês; H+Al comportamento semelhante ao do alumínio; tendência à redução na concentração· de C nos 6 meses de coleta após a queima; ocorreu redução de T (CTC) após as duas queimas. Na queima de primavera foi registrada maior variação entre a primeira e sétima coletas do que na de outono e as parcelas-testemunha apresentaram variação estatística significativa; houve tendência à redução dos valores de m (saturação em Al) até o sétimo mês de coleta; Ca+2+Mg+2 tendeu aumentar a concentração ao longo dos 6 meses de coleta após a queima; P apresentou um pequeno aumento após a queima, mas não-significativo. A técnica de queima não influenciou a altura de brotação durante cada época de queima. Analisando as duas épocas conjuntamente, a queima contra o vento de primavera apresentou maior altura, diferenciando estatisticamente de todos os tratamentos da queima de outono. Os tratamentos de queima não influenciaram a percentagem de brotação das cepas e nem o percentual de nutrientes (N, P, K, Ca e Mg) analisados aos 8 meses de idade. A análise de tecido feita no material combustível, antes e depois da queima, detectou diminuição (depois da queima) estatisticamente significativa para o K nos tratamentos aplicados durante as duas épocas de queima, bem como aumento de Ca após a queima, exceto para a queima contra o vento de outono. |
Databáze: | OpenAIRE |
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