Ruas de estar: mobilidade e apropriação urbana

Autor: Eveline Prado Trevisan
Přispěvatelé: Altamiro Sergio Mol Bessa
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
Popis: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Este trabalho refere-se à relação entre mobilidade e apropriação urbana a partir de uma discussão sobre o uso da rua. A expressão “Ruas de Estar”, que dá título a esta pesquisa, une, simbolicamente o público (a rua) e o privado (a sala de estar) numa tentativa de explicitar um olhar que aponta para além daquela que seria a primeira função da rua: permitir o deslocamento e a mobilidade de pessoas. O olhar para a rua que acolhe e recebe seus cidadãos. Rua que é cenário, palco e paisagem para expressão social da vida urbana. No centro do questionamento está a seguinte pergunta: quando e como nossas ruas, além de tão somente deixar passar, podem também ser convite para estar? Esta pesquisa parte de um ponto específico: a análise de quatro intervenções que propuseram novos usos para trechos de ruas em bairros distintos em Belo Horizonte, a partir de sua efetiva redução velocidade. Esta investigação está ancorada em duas metodologias principais: nos métodos de investigação propostos pela antropologia urbana, em especial a “observação participante” e, considerando que processos de educação urbana atravessaram de forma definitiva todo o trabalho, do campo à reflexão, na metodologia denominada “pedagogia urbana,” e que, nesta pesquisa, pela relevância que adquiriu, implica em método de análise, e, também, em estratégia para viabilização das intervenções. As ações desta pesquisa foram diretamente afetadas pela Pandemia da COVID-19, o que fez com que se adotasse outra metodologia valendo-se dos recursos das pesquisas via web. A pesquisa discute, ainda, a legitimidade de processos de apropriação de espaços públicos e retomada das ruas conduzidas pelo Estado, mesmo que em parceria com a sociedade civil. Ao final, faz-se uma reflexão sobre quanto do questionamento inicial foi possível ser respondido pela pesquisa como forma de apontar caminhos (e não modelos replicáveis) para a sistematização de conhecimentos que envolvem intervenções urbanas que têm como objetivo discutir os usos da rua e o acesso à cidade. This work refers to the relationship between mobility and urban appropriation from a discussion on the use of the street. The expression “Ruas de Estar” (Streets as Living Rooms), which gives the title to this research, symbolically unites the public (the street) and the private (the living room) in an attempt to explain a look that points beyond what would be the first function of the street: allow the movement and mobility of people. Looking at the street that welcomes and receives citizens. The street that is the setting, stage and landscape for the social expression of urban life. At the heart of the matter lies the following question: when and how can our streets, in addition to just letting pass, also be an invitation to see these public spaces as living rooms? This research starts from a specific point: the analysis of four interventions that proposed new uses for stretches of streets in different neighborhoods in Belo Horizonte, based on their effective reduction in speed limits. This investigation is anchored in two main methodologies: the investigation methods proposed by urban anthropology, in particular the “participant observation” and, considering that urban education processes definitively permeated all the work, from the field to reflection, in the methodology called “ urban pedagogy,” and which, in this research, due to the relevance it has acquired, implies a method of analysis, and also a strategy for making interventions viable. The actions of this research were directly affected by the COVID-19 Pandemic, which led to the adoption of another methodology, taking advantage of the resources of the web surveys. The research also discusses the legitimacy of the processes of appropriation of public spaces and the retaking of the streets run by the State, albeit in partnership with civil society. At the end, there is a reflection on how much of the initial questioning was possible to be answered by the research as a way to point out ways (and not replicable models) for the systematization of knowledge involving urban interventions that aim to discuss the uses of the street and the access to the city.
Databáze: OpenAIRE