Pesquisa de matérias estranhas e avaliação físico-química de caldo-de-cana comercializado na região de Sete Lagoas-MG

Autor: Rodrigues, Ducilaine Eduardo, Gonçalves, Clarissa Ane, Silva, Larissa Barbosa, Silva, Luana Sousa, Silva, Andréia Marçal da, Junqueira, Mateus da Silva, Trombete, Felipe Machado
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Agrarian Sciences Journal; Vol. 11 (2019); 1-6
Caderno de Ciências Agrárias; v. 11 (2019); 1-6
Caderno de Ciências Agrárias
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
ISSN: 2447-6218
1984-6738
Popis: Sugarcane juice, or garapa, is a beverage obtained from the crushing of sugarcane, usually added of citrus fruit, very appreciated by Brazilian consumers and usually marketed in open markets and by street vendors. The adoption of good practices related to the processing, preparation, storage and distribution of garapa is of great importance to produce a safe product, under adequate hygienic conditions. This work aimed to quantify extraneous matter and filth in sugarcane juice marketed in Sete Lagoas-MG. Twenty-one samples were analyzed by the direct filtration method, followed by observations in a stereomicroscope and optical microscope coupled with a digital camera. Of the total samples analyzed, 61,9% presented extraneous matters indicating failures on good practice and 14,3% presented extraneous matters indicative of risks to human health. Regarding the physicochemical analyzes, it was verified that the acidity expressed in citric acid ranged from 0.05 to 0.18%, pH from 5.5 to 6.17 and the soluble solids content from 16.4 to 28.6° Brix. It can be concluded that only 23.8% of samples can be considered adequate for consumption. The main flaws detected that may explain such contamination were the exposure of sugarcane in the environment with presence of vectors, food handlers without protection for hair, as well as the contact of their clothes with the raw material and incorrect disposal of solid wastes generated during processing. O caldo-de-cana é uma bebida obtida do esmagamento da cana-de-açúcar através de moendas, geralmente acrescido de gelo e frutas cítricas, muito apreciado pelos consumidores e, geralmente, comercializada em feiras livres e por ambulantes em vias públicas. Para que a obtenção do caldo-de-cana seja feita de forma segura é fundamental a adoção de Boas Práticas relacionada com o beneficiamento, preparo, armazenamento e distribuição da bebida. Esse trabalho teve como objetivo quantificar matérias estranhas e sujidades totais em amostras de caldo-de-cana comercializadas em Sete Lagoas-MG. Foram coletadas 21 amostras da bebida e analisadas pelo método de filtração direta, seguido de observações em microscópio estereoscópio e microscópio ótico acoplados com câmera digital. Do total de amostras analisadas, 61,9% apresentaram matérias estranhas indicativas de falhas de boas práticas e 14,3% apresentaram matérias estranhas indicativas de riscos à saúde humana. Com relação às análises físico-químicas, verificou-se que a acidez expressa em ácido cítrico variou de 0,05 a 0,18%, o pH de 5,5 a 6,17 e o teor de sólidos solúveis de 16,4 a 28,6° Brix. Pode-se concluir que apenas 23,8% estavam adequadas para consumo. As principais falhas verificadas no momento da coleta que podem explicar tal contaminação foram a exposição da cana-de-açúcar no ambiente com presença de vetores, falta de proteção para cabelos dos manipuladores, bem como o contato das roupas do manipulador com a matéria-prima e o descarte incorreto dos resíduos sólidos gerados no processamento.
Databáze: OpenAIRE