Avaliação do odor alimentar como uma pista temporal em ratos sincronizados à disponibilidade de alimento
Autor: | Carneiro, Breno Tércio Santos |
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Přispěvatelé: | Silva, Crhistiane Andressa da, Souza, Jane Carla de, Miguel, Mario André Leocádio, Matos, Rhowena Jane Barbosa de, Araújo, John Fontenele |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
Popis: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) A ritmicidade circadiana se apresenta como um aspecto comum nos seres vivos, sendo o ciclo claro-escuro de 24h seu mais evidente sincronizador ambiental. A disponibilidade de alimento se constitui também como um sincronizador ambiental, o que é evidenciado em muitas espécies. Em mamíferos, a sincronização por alimento é caracterizada principalmente pelo aumento da locomoção, da vigília e da temperatura central nas horas que antecedem a alimentação. Evidências convincentes mostram que esta antecipação é controlada por um sistema de oscilação circadiana, embora sua estrutura física seja desconhecida. A busca pelo substrato físico do oscilador sincronizado por alimento sempre foi o principal foco da pesquisa nesta área, sendo que evidências recentes mostram que várias regiões cerebrais parecem estar envolvidas na sincronização por alimento. Nos últimos anos, além da busca pelo substrato neural deste sistema, têm-se dado atenção aos seus possíveis mecanismos de sincronização. Ou seja, quais seriam os sinais sensoriais que promovem a sincronização do sistema. Neste trabalho, o objetivo foi investigar se a estimulação diária com odor do alimento induz antecipação em ratos Wistar. Os animais foram mantidos em ciclo claro-escuro de 14h de luz e 10h de escuro com registro contínuo da atividade motora dentro de cabines de madeira. Foram utilizados quatro grupos: Ração, Odor, Alerta e Alerta Isolado. Todos foram submetidos a 10 dias de alimentação à vontade (linha de base). Em seguida, foi iniciada a etapa de Restrição Alimentar (19 dias). Por fim, todos os grupos foram submetidos a Privação Alimentar (2 dias). O grupo Ração recebeu duas refeições por dia com duração de uma hora cada, sendo a ‘Refeição 1’ na 3ª hora da fase de claro e a ‘Refeição 2’ na 12ª hora da fase de claro. O grupo Odor recebeu estimulação com odor na 3ª hora da fase de claro (‘Refeição 1’) e alimentação na 12ª hora. O grupo Alerta foi apenas estimulado (abertura e fechamento da cabine) na ‘Refeição 1’ e alimentado na ‘Refeição 2’. O grupo Alerta Isolado foi submetido ao mesmo procedimento anterior, mas foi testado isoladamente na sala. Todos os grupos apresentaram atividade antecipatória intensa à ‘Refeição 2’ (alimentação). Para a ‘Refeição 1’, o grupo Ração apresentou intensa antecipação, os grupos Odor e Alerta apresentaram leve atividade antecipatória principalmente nos primeiros 10 dias de estimulação, e o grupo Alerta Isolado não apresentou antecipação. Além disso, comparando a etapa de restrição alimentar com os dias de alimentação à vontade, os grupos Odor e Alerta aumentaram a atividade nas duas horas anteriores à ‘Refeição 1’, o que não foi observado no grupo Alerta Isolado, que manteve a atividade inalterada neste horário ao longo do experimento. Estes resultados indicam que a estimulação diária com odor do alimento é capaz de promover antecipação comportamental, porém de maneira fraca, com habituação ao longo dos dias. Os resultados sugerem que o odor do alimento pode ser um dos sinais sincronizadores para o oscilador sincronizado por alimento. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |