Fatores ambientais associados ao ganho de peso gestacional inadequado

Autor: Thamara Gabriela Fernandes Viana
Přispěvatelé: Fernanda Penido Matozinhos
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
Popis: Introdução: O ganho de peso ponderal é uma das principais mudanças ocorridas durante o período gestacional e possui implicações diretas sobre a saúde materna e neonatal. Para que tal ganho seja considerado fisiológico, há um intervalo recomendado de ganho de peso para cada trimestre de gestação. O ganho de peso gestacional inadequado, excessivo ou insuficiente, pode se relacionar com desfechos negativos para mãe e criança. A influência de fatores individuais sobre o ganho de peso gestacional, em especial relacionados ao ganho de peso excessivo já está consolidada na literatura. Contudo, fatores ambientais impactam em escolhas alimentares inadequadas e no estilo de vida sedentário e, tanto individualmente quanto em combinação, estes fatores podem favorecer o ganho de peso gestacional inadequado e ter consequentes problemas de saúde materna e neonatal. Objetivo: Analisar os fatores ambientais associados ao ganho de peso gestacional inadequado. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise e um estudo epidemiológico. A revisão sistemática foi conduzida segundo recomendações da Cochrane Handbook e elaborada conforme as etapas recomendadas pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. A estratégia de investigação foi realizada nas bases de dados EMBASE, Web of Science, Cinahl, LILACS e MEDLINE (Pubmed). A meta-análise foi realizada usando o programa livre Rstudio (versão 3.4.4) e o pacote “Metaprop”. O estudo epidemiológico refere-se a uma coorte retrospectiva, desenvolvida com dados da coorte de base hospitalar “Nascer em Belo Horizonte: Inquérito sobre o parto e nascimento”, na qual foram entrevistadas puérperas em maternidades públicas e privadas de Belo Horizonte, Minas Gerais (MG). De forma que coleta de dados foi realizada de novembro de 2011 a março de 2013. Foram incluídas variáveis ambientais, além de individuais - socioeconômicas, antropométricas, históricos obstétricos e relacionados ao parto. Para a análise dos dados, foi aplicado o modelo de regressão logística com Estimação de Equações Generalizadas (GEE). Resultados: Em relação à revisão sistemática, de 3936 referências recuperadas, 11 estudos preencheram a todos os critérios de inclusão. A taxa de ganho de peso gestacional excessivo variou entre 23,2 e 82,4%. Observou-se associação entre viver em bairros com maior índice de pobreza e inadequação no ganho de peso gestacional. A análise conjunta evidenciou que a maior prevalência de mulheres com ganho de peso gestacional excessivo residia em áreas urbanas, porém essa diferença não foi estatisticamente significativa (P: 51%; IC95%: 44,34-57,84). No estudo epidemiológico, a amostra foi composta por 506 gestantes residentes nos municípios de Belo Horizonte e Contagem, MG. Em relação ao índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional, 23,52% das mulheres apresentavam obesidade e 11,07% apresentavam sobrepeso. Considerando o ganho de peso gestacional, 59,09% das gestantes tiveram ganho de peso inadequado, sendo que 36,36% apresentaram ganho excessivo e 22,73% apresentaram ganho de peso abaixo do recomendado. Com relação ao ganho de peso excessivo, observou-se associação direta com o número estabelecimentos de venda de produtos alimentícios mistos próximo ao local de residência (p=0,001), IMC pré-gestacional nas categorias de sobrepeso e obesidade (p
Databáze: OpenAIRE