Dehumanization by instrumental reason in the work of André Carneiro

Autor: SOUSA, Gladson Fabiano de Andrade
Přispěvatelé: OLIVEIRA, Rita de Cássia, SANTOS, Naiara Sales Araújo, ASSIS, Emanoel César Pires de, QUEVEDO, Rafael Campos, CAVALCANTE, José Dino Costa
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMA
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
instacron:UFMA
Popis: Submitted by Daniella Santos (daniella.santos@ufma.br) on 2018-10-30T18:23:58Z No. of bitstreams: 1 GladsonFabianoSousa.pdf: 1597904 bytes, checksum: 6228af854b39b78dff52682818e32bdf (MD5) Made available in DSpace on 2018-10-30T18:23:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GladsonFabianoSousa.pdf: 1597904 bytes, checksum: 6228af854b39b78dff52682818e32bdf (MD5) Previous issue date: 2018-07-10 The 18th and 19th Centuries were marked by Industrial Revolutions. In a short period of time, humanity underwent several socio-political transformations as a result of scientific discoveries and inventions. The enthusiasm brought by the idea of modernity linked to industrial development, but this enthusiasm is soon obliterated by the numerous conflicts and barbarism that would mark the 20th Century as the "Age of lost illusions", in the words of the historian Eric Hobsbawm (2002). The philosophers Adorno and Horkheimer ask themselves: "Why, instead of entering into a truly human state, is humanity sinking into a new species of barbarism?" (2006, p. 11) The answer was given in their work Dialectic of enlightenment published in 1944. It links such consequences to the increasingly totalitarian predominance of an instrumental reason, operationalized in every social process. Thus relations in the midst of capitalist society have acquired a reified character, relations between things, while concealing their fundamental essence: relationship between men (LUKÁCS, 2003). This study aims to analyze how the criticism of the idea of progress linked to scientific technical development in the André Granja Carneiro's works Diário da nave perdida (1963) and O homem que adivinhava (1977), and how such progress combined with technicist pragmatism came to suppress emotionality, sensitivity, affectivity and other sensitive forms of human behavior, thus culminating in the process of dehumanization. In this perspective, the philosophers Adorno (2006), Horkheimer (2006, 2015), Lukács (2003) Guy Debord (1997) and the studies of the sociologist Zygmunt Bauman (2004, 2008, 2011, 2014) on liquid modernity will be used. With the critical panorama adopted, we raise the historical-philosophical question of the invasion of instrumental rationality in different spheres of life, affecting the most diverse human experiences, such as social and affective relations. This question also arises in the literary treatment of the André Granja Carneiro's science fiction, reflecting on the implications of instrumental rationality, when it comes to command the relationships, the choices, the yearnings and the way of being of the individuals in the society. Literature in this way legitimates itself as an artistic product fomenting philosophical questions, bearer of reflective content on reality. Os Séculos XVIII e XIX foram marcados pelas Revoluções Industriais. Em um período curto de tempo, a humanidade passou por diversas transformações político-sociais em decorrência de descobertas e inventos científicos. Entra-se no Século XX com o entusiasmo pela ideia de modernidade vinculada ao desenvolvimento industrial, porém tal entusiasmo logo é obliterado pelos inúmeros conflitos e barbáries que marcariam o Século XX como a “Era das ilusões perdidas", nas palavras do historiador Eric Hobsbawm (2002). Perguntam-se os filósofos Adorno e Horkheimer: “Por que a humanidade, em vez de entrar em um estado verdadeiramente humano, está se afundando em uma nova espécie de barbárie? (2006, p.11) A resposta dada na obra Dialética do esclarecimento, publicada em de 1944, vincula tais consequências ao predomínio cada vez mais totalitário de uma razão instrumental, operacionalizada em todo processo social. Assim, as relações em meio à sociedade capitalista adquiriram caráter reificado, relações entre coisas, enquanto oculta sua essência fundamental: a relação entre os homens (LUKÁCS, 2003). O presente estudo teve como objetivo analisar como se configura a crítica à ideia de progresso vinculada ao desenvolvimento técnicocientífico nas obras Diário da nave perdida (1963) e O homem que adivinhava (1966) de André Granja Carneiro, e como tal progresso aliado ao pragmatismo tecnicista veio a reprimir a emotividade, a sensibilidade, a afetividade e as demais formas sensíveis de comportamento humano, assim, culminando no processo de desumanização. Nessa perspectiva, foram utilizadas reflexões dos filósofos Adorno (2006), Horkheimer (2006, 2015), Lukács (2003) Guy Debord (1997), e os estudos do sociólogo Zygmunt Bauman (2004, 2008, 2011, 2014) sobre a modernidade líquida. Com o panorama crítico adotado, levantamos a questão históricofilosófica da invasão da racionalidade instrumental em diferentes esferas da vida, afetando as mais diversas experiências humanas, como as relações sociais e afetivas. Questão esta que surge também em tratamento literário da ficção científica do autor paulista André Granja Carneiro, refletindo sobre as implicações da racionalidade instrumental, quando passa a comandar os relacionamentos, as escolhas, os anseios e o modo de ser dos indivíduos na sociedade. A literatura deste modo legitima-se como um produto artístico fomentador de questões filosóficas, portadora de conteúdo reflexivos sobre a realidade
Databáze: OpenAIRE