Efeitos da alavancagem operacional no investimento e no desempenho futuro de empresas listadas na B3

Autor: Fujihara, Hélio Masaru
Přispěvatelé: Marques, Kelly Cristina Mucio, Hercos Júnior, José Braz, Noveli, Márcio
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
instacron:UEM
Popis: Orientadora: Profª. Drª. Kelly Cristina Mucio Marques Dissertação (mestrado em Ciências Contábeis) - Universidade Estadual de Maringá, 2020 RESUMO: Nas últimas décadas, estudos têm apontado um aumento dos custos fixos das empresas e do fortalecimento da alavancagem operacional (AO) como forma de gestão das reservas do caixa das empresas (Li, 2004; Dantas, Medeiros & Lustosa, 2006; Kahl et al., 2019). A presente pesquisa teve como objetivo analisar de que forma a alavancagem operacional afeta a relação entre o investimento e o desempenho futuro de empresas listadas na B3. Os dados das empresas foram coletados do banco de dados Economática®. O levantamento contemplou um intervalo de tempo de dezoito (18) anos entre 2001 a 2018. A amostra resultante foi de 271 empresas com 4.878 observações com a exclusão do setor financeiro. Para análise dos dados foi escolhido o modelo de regressão com dados em painel para os testes estatísticos. Os resultados permitiram identificar que empresas com maior investimento e maior proporção de custos e despesas fixas em sua estrutura de custos (EC) apresentaram maior ROA futuro. Esse resultado refutou as hipóteses H1a (quanto maior o investimento menor o ROA futuro) e H1b (quanto maior a proporção de custos e despesas variáveis maior o ROA futuro), ao contrário do que a literatura identificou. Quanto às variáveis de controle a AF (alavancagem financeira) teve sinal negativo e o FCL (fluxo de caixa livre) sinal positivo em todos os modelos, o que era esperado e confirma a tendência para a prática de superinvestimento em empresas da amostra. A implicação desses achados é que empresas da amostra que apresentam tendência para superinvestimentos se comportam de maneira conservadora financeiramente de forma a obter resultados futuros positivos, indicando um comportamento de maximização de valor ao invés de um problema de agência. Por sua vez, a hipótese de moderação da variável EC foi aceita apenas para os casos das empresas classificadas nessa pesquisa como tendo superinvestimentos. Nesse sentido, foi verificado que em empresas com superinvestimentos a relação entre estes e o desempenho futuro se tornou inversamente proporcional quando a EC moderou a relação. Desse modo, empresas com superinvestimentos têm maior probabilidade de ter desempenhos futuros negativos quando apresenta maior proporção de custos e despesas fixos na sua estrutura de custos, ou seja, maior AO. A implicação disso é que neste cenário é possível haver indícios da presença de problemas de agência, ou seja, quando se investe mais do que o necessário (empire building) trazendo como resposta retornos negativos. ABSTRACT: During the last decades, studies are pointing an increase in the fixed costs of companies and the strengthening of Operating Leverage (OL) as a way of managing the cash reserves of companies (Li, 2004; Dantas, Medeiros & Lustosa, 2006; Kahl et al., 2019). This research had the aim of analyzing how operating leverage affects the relation between the investment and the future performance of companies listed on B3. Data of companies were collected from the data base Economática®. The data survey contemplates a time interval of eighteen (18) years between 2001 and 2018. The resulting sample had 271 companies with 4,878 observations excluding the financial sector. For data analysis was chose the model of regression with data in panel for the statistic tests. Results allowed identifying that companies with greater investment and greater proportion of costs and fixed expenses in their cost structure (CE) had greater future ROA. This result refuted hypothesis H1a (the greater the investment is, the smaller future ROA will be) and H1b (the greater the proportion of costs and variable expenses are, the greater future ROA will be), contrary to what literature identified. Regarding control variables, FA (Financial Leverage) had negative sign and FCL (free cash flow) positive sign in all models, which was expected confirming the trend for the practice of super-investment in companies of the sample. The implication of those findings is that companies from the sample having a tendency for super-investments behave in a financially conservative way in order to have future positive results, indicating a behavior of value maximization instead of being a problem of the branch. On the other hand, the hypothesis of moderating EC variable was accepted only for the cases of companies classified in this research as having super-investments. In this sense, it was verified that in companies with super-investments the relation between them and the future performance became inversely proportional when EC moderated the relation. This way companies with a propensity for super-investments have a greater probability of having future negative results when they have a greater proportion of costs and fixed expenses in their cost structure, in other words, greater AO. The implication of it is that, in this scenario, it is possible to have indications regarding the presence of problems in the branch, in other words, when more than the necessary is invested (empire building) bringing in return negative results. 91 f. : il. color., figs., tabs.
Databáze: OpenAIRE