Conservação de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção: estudo de caso sobre cactáceas brasileiras
Autor: | Bárbara Cristina Nunes |
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Přispěvatelé: | Maria Auxiliadora Drumond |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
Popis: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior As alterações no uso e ocupação do solo provocam a perda de habitat, invasões biológicas, mudanças globais e, consequentemente, uma crise de extinção global. Devido a esses fatores, a família Cactaceae possui elevado número de espécies ameaçadas de extinção. O Brasil possui 131 das cactáceas ameaçadas globalmente em seu território, das quais 108 são endêmicas, e apresenta um centro de diversidade e hotspots de cactáceas. O país adotou políticas públicas e de conservação para proteção dessas espécies através de, porém não há trabalhos sobre a efetividade dessa proteção, principalmente devido à escassez de informação sobre os cactos. O trabalho vida entender como as principais políticas públicas de conservação adotadas pelo Brasil tem contribuído para a proteção das cactáceas ameaçadas de extinção a nível global e nacional. Foi observado que existe uma distância temporal muito grande entre as listas vermelhas nacionais, ocasionando na ausência de proteção de espécies que podem se extinguir entre as publicações. Há cactos que deveriam estar na lista nacional e internacional, devido ao grau de endemismo e de ameaças que sofrem, porém estão ausentes em uma ou outra. A inclusão dessas espécies às listas em uma nova revisão aumentaria em 106,49% o número de cactos ameaçados no território nacional e de 16,03% a nível global. Apenas 20,25% das cactáceas ameaçadas estão em 28 unidades de conservação (UCs). Essa proteção é desigual entre os biomas brasileiros, na qual biomas com hotspots de cactáceas possuem baixa representatividade dessa política para a conservação dos cactos, promovendo a manutenção de um cenário de extinção dessas espécies. Os planos de manejo dessas UCS não citam a maioria das cactáceas e apenas três apresentam estratégias direcionadas para a conservação das espécies, indicando que as cactáceas podem não estar efetivamente protegidas, pois a delimitação de um território não garante a proteção das espécies sem que haja o monitoramento e as pesquisas sobre as populações e sem o conhecimento da ocorrência das mesmas. Os três planos de ação nacionais territoriais voltados para a flora também não propõe estratégias de conservação diretas para as espécies de cactos, com exceção de um plano, apontando para o mesmo problema das UCs. Também foi concluído que mesmo sendo considerada ameaçada, a grande maioria das cactáceas que sofrem com coleta ilegal no Brasil e no mundo, não estão sob a proteção de um tratado de comercio internacional. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |