Política da crise educacional: causa ou efeito da racionalidade autoritária e plutocrática mundial?

Autor: Bazzanella, Sandro Luiz, Albuquerque, Camila Leonardo Nandi, Cani, Luiz Eduardo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Revista Crítica Cultural; v. 14 n. 2 (2019); 161-181
Crítica Cultural
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
instacron:UNISUL
ISSN: 1980-6493
Popis: This article aims to promote the debate around the plutocratic strategies of commercialization of one of the fundamental public goods for the autonomous constitution of citizens and cultures, peoples and countries, education. But the logic of precariousness of education, if not of the commodification of education, characteristics of despotic, authoritarian governments at the service of the global financialized plutocracy implies the strategy of annihilation of the power of constitutive thinking of singularities committed to human rights, to the dignity of life. in its entirety and, especially with the defense of the public space, the common good, primordial conditions in the shaping of societies, and of a sufficiently humane and responsible world with future generations. The article suggests that it is an untransferable condition in a context of financial capital accumulation, controlled by the national and global plutocracy, promoter of the crisis as a determining technique of the forms of government, under the prerogative of a rule of law, operationalized by the permanent state of exception. the power of thought that historically found itself accepted and developed within the universities. Particularly in the circumstances of Brazilian society constituted under the ethos of slavery, public universities are constituted as locus par excellence of constitution of reflections, analyzes and questions that enable us to take ourselves as an object, understanding the limits, but especially the civilizing potentialities at our disposal. O presente artigo tem como objetivo promover o debate em torno das estratégias plutocráticas de mercantilização de um dos bens públicos fundamentais para a constituição autônoma de cidadãos e de culturas, povos e países, a educação. Mas, a lógica de precarização da educação, senão da mercantilização da educação, características de governos despóticos, autoritários a serviço da plutocracia financeirizada global implica na estratégia de aniquilação da potência do pensamento constitutiva de singularidades comprometidas com os direitos humanos, com a dignidade da vida em sua totalidade e, sobretudo com a defesa do espaço público, do bem comum, condições primordiais na conformação de sociedades e, de um mundo suficientemente humano e responsável com as futuras gerações. O artigo sugere que é condição intransferível num contexto de acumulação do capital financeiro, controlado pela plutocracia nacional e global, promotor da crise como técnica determinante das formas de governo, sob a prerrogativa de um estado de direito, operacionalizado pelo permanente estado de exceção, manter atuante a potência do pensamento que historicamente encontrou acolhida e se desenvolveu no seio das universidades. Sobretudo nas circunstâncias da sociedade brasileira constituída sob o ethos da escravidão, as universidades públicas constituem-se como lócus par excellence de constituição de reflexões, análises e questionamentos que viabilizem nos tomarmos como objeto, compreendendo os limites, mas sobretudo as potencialidades civilizatórias a nossa disposição.
Databáze: OpenAIRE