In the Flesh of the Social : Constituent Gift, Metamorphoses of Political and Paradoxes of the Democratic Reconstruction

Autor: Magnelli, André Ricardo do Passo
Přispěvatelé: Vandenberghe, Frédéric, Berten, André Jacques Louis Adrien, Lynch, Christian Edward Cyril, Vianna, Luiz Jorge Werneck, Andrade, Ricardo Jardim
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2015
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
Popis: Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-07T18:50:19Z No. of bitstreams: 1 tese Andre Magnelli 2.pdf: 3160059 bytes, checksum: 560beb12a6d7ce883b38f0157b76bf11 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-07T18:50:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese Andre Magnelli 2.pdf: 3160059 bytes, checksum: 560beb12a6d7ce883b38f0157b76bf11 (MD5) Previous issue date: 2015-08-03 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Reconstructed after WWII, proof against totalitarianism, deconstructed, since the years 1970-80, proof against parcelitarianism, contemporary democracies have become a problem that imposes on us the challenge of a second reconstruction: after the victory of the right, the acceleration of history and the unprecedented globalization with the hegemony of the utilitarian model of market-society, it is urgent today to return the political on two fronts: on the one side, a comeback to the thought of the political, in order to reflect upon our own times; on the other side, a comeback to the democratic political community, forming an autonomous collective-being capable of mastering its own history based upon a project of collective good living. In Part One, a political reconstruction of the thought and the action through reflection on the symbolic social foundation are proposed intent on reaching to the logic of the gift. In the first chapter, Lefort's theses on the primacy of the political are analyzed, with their proposal for a political thought able to be placed in the flesh of the social realm, operating through cross-reflection between politics and religion, democracy and totalitarianism. From the reflection on how the totalitarian regime relates to the logic of the gift, we have moved on to the second chapter about Mauss introducing the concept of total social fact operated by the archeology of the social realm, revealing the logic of the archaic gift. From that concept we have extracted a practical philosophy an archaic phronesis , that serves both as a criticism to Bolshevism and the project of democratic socialism. In the third chapter, we revisit Caillé's ideas which propose the development of a political anthropo-sociology of the gift, allowing us to construct an anti-utilitarian theory of action and a minimum doctrine convivialism as a guideline to the practice of renovation of democracies. In Part Two, we analyze the works of Gauchet, through which a horizon opens, displaying both the prospect of a history of metamorphoses of politics up to the advent of democracy and a political ontology of the present time unveiling the paradoxes of post-totalitarian democratic reconstruction. In the fourth chapter, the theses of Clastres are shown, which will be the subject of the fifth and final chapter. The theses on the politics of savage institution and the political philosophy of the gift will be analyzed in order to serve as a starting point for a political history of religion. The historical distance from the present time allows for a new intelligence of the specific dynamics of contemporary societies: the departure of religion. At the end of the historical path, we have come to the dilemmas of the current democracies, which are the offspring of liberal-democratic synthesis of the post-war, and which are in a self-destructive dynamics, captured by the ideology of the possibility of a democracy organized by impersonal market mechanisms associated with the guarantee of individual rights in a world of hyper-individualism; which, in turn, causes them to lose the power to act or perform autonomously and consciously, as a collective project dominating its own history according to the will of the collective-being. Reconstruídas, após a IIa GM, à prova do totalitarismo, esconstruídas, desde os anos 1970-80, à prova do parcelitarismo, as democracias contemporâneas tornam-se um problema, impondo-nos o desafio de uma segunda reconstrução: após a vitória do direito, a aceleração da história e a globalização sem precedentes com a hegemonia utilitarista do modelo de sociedade-mercado, urge, hoje, retornar com o político em duas frentes: de um lado, com o pensamento do político, a fim de voltar a pensar nosso próprio tempo; de outro, com a comunidade política democrática, formando um ser-conjunto autônomo capaz de dominar sua própria história em torno de um projeto de bem viver juntos. Na Primeira Parte, é proposta uma reconstrução política do pensamento e da ação por meio da reflexão sobre a fundação simbólica do social, a fim de chegar à lógica do dom. No primeiro capítulo, são analisadas as teses de Lefort sobre o primado do político, com sua proposta de um pensamento do político capaz de situar-se na carne do social, operando pela reflexão cruzada entre político e religioso, democracia e totalitarismo. Da reflexão sobre a forma como o regime totalitário se relaciona com a lógica do dom, chegamos ao segundo capítulo sobre Mauss, apresentando o conceito de fato social total operado por uma arqueologia do social que revela a lógica do dom arcaico. Da qual extraímos uma filosofia prática uma phronesis arcaica , servindo ao mesmo tempo para a crítica do bolchevismo e o projeto de um socialismo democrático. No terceiro capítulo, chegamos a Caillé, que propõe o desenvolvimento de uma antropossociologia política do dom, permitindo-nos construir uma teoria antiutilitarista da ação e uma doutrina mínima o convivialismo como norte para a prática de renovação das democracias. Na Segunda Parte, entramos na obra de Gauchet, pelo que se abrem, de um lado, as perspectivas de uma história das metamorfoses do político até o advento da democracia, e, de outro, uma ontologia política do tempo presente que desvende os paradoxos da reconstrução democrática pós-totalitária. No quarto capítulo, são apresentadas as teses de Clastres, que se tornarão o ponto de partida da obra de Gauchet, que será objeto do quinto e último capítulo. As teses sobre a política da instituição selvagem e a filosofia política do dom serão analisadas, a fim de servir de ponto de partida para uma história política da religião. O distanciamento histórico em relação ao tempo presente permite uma nova inteligência da dinâmica das sociedades contemporâneas no que têm de específico: a saída da religião. No fim do percurso histórico chegamos aos dilemas das democracias atuais, que, filhas da síntese democrático-liberal do pósguerra, encontram-se em uma dinâmica auto-destrutiva, capturadas pela ideologia da possibilidade de uma democracia organizada por mecanismos impessoais de mercado associados à garantia de direitos individuais em um mundo de hiperindividualismo; o que as faz perder assim o poder de se realizarem, autônoma e conscientemente, como um projeto coletivo dominando sua própria história segundo a vontade do ser-conjunto.
Databáze: OpenAIRE