A new stage: youth and entering experiences in high school education

Autor: Souza, Luiz Gustavo Silva
Přispěvatelé: Menandro, Maria Cristina Smith, Rodrigues, Maria Margarida Pereira, Campos, Herculano Ricardo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2007
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
instacron:UFES
Popis: Made available in DSpace on 2016-12-23T14:38:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luiz SouzaDissertacao versao final.pdf: 2278899 bytes, checksum: 433e3a416ac9fe9e2a7b3a710b2be331 (MD5) Previous issue date: 2007-05-11 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior O ensino médio passa por uma fase de expansão no Brasil, com aumento do número de matrículas. Os modos atuais de organização social e do trabalhoexigem esforços de hiper-formação e impõem novos desafios à construção de cidadania e de democracia. A educação formal e o ensino médio em específico devem ser pensados não só em termos quantitativos, mas também qualitativos. Torna-se relevante estudar as relações estabelecidas entre os jovens e as escolas, investigar os efeitos da escolarização, as ações dos jovens e suas possibilidades de participação. O presente trabalho teve como objetivo investigar as experiências de ingresso de jovens de classes populares no ensino secundário, apreendendo possíveis transformações na construção da identidade e nas representações de escola e de ensino médio. Participaram desta pesquisa 120 estudantes, 61 meninas e 59 meninos, ingressantes em uma escola pública de ensino médio localizada em Viana, ES, com idades entre 14 e 16 anos. A coleta dos dados se deu em dois momentos diferentes do ano de 2006: fevereiro (início do ano letivo) e setembro. O método utilizado incluiu a aplicação de questionários discursivos, com questões abertas e exercícios de evocação, além de entrevistas baseadas em roteiro semi-estruturado. Os dados foram tratados por meio de análise de conteúdo temática e do software EVOC. Compararam-se os resultados obtidos em cada etapa da coleta segundo o momento da escolarização (início e meio do ano) e segundo gênero. No início do ano, a escola foi associada integralmente a valores positivos: amadurecimento e futuro promissor. Verificou-se, junto aos estudantes, um auto-apelo para estudar mais e tornar-se mais responsável e preocupado com o futuro, embora não esperassem, em geral, encontrar um ambiente propício ao protagonismo juvenil. No meio do ano, os valores positivos permaneceram hegemônicos. A educação e a escolarização continuaram a ser percebidas principalmente como o caminho para um futuro melhor. Entretanto, surgiram valores negativos, como a percepção de precariedade no uso dos espaços físicos. Com pequena representatividade, apareceram as idéias de que as matérias são inúteis, de que os professores são ruins e de que o futuro pessoal e profissional é incerto. Os colegas foram mais claramente divididos em subgrupos por afinidade. O bom professor foi caracterizado como empático e capaz de contextualizar o conhecimento. O ensino médio continuou a ser visto como uma nova etapa de preparação, mais exigente e que envolve mais responsabilidade. O discurso de que o ensino médio é importante para o futuro, para fazer faculdade e para o trabalho, se fortaleceu. Ao mesmo tempo, a escola continuou a ser encarada como naturalmente ligada à heteronomia. As possibilidades de participação ativa nas formas de organização escolar, em sua programação de atividades e em sua normatização, pareceram diminuir. A representação de bom aluno continuou fortemente associada aos valores escolares tradicionais de obediência e esforço. Ao comparar os dois momentos estudados, verificou-se a existência de dois caminhos hegemônicos para a escolarização: adequação (continuar a apostar na escola, ser bom aluno, esforçado e obediente) e negação (desprezar as regras e processos escolares). A discussão dos dados aponta para a importância das estratégias de promoção da autonomia no cotidiano escolar do ensino médio e do fornecimento de bases materiais para outras construções identitárias. O primeiro ano de escolarização secundária apareceu como momento estratégico para propor inovações na experiência escolar. Nowadays, high school education is expanding in Brazil in terms of number of students. Current ways of social and labor organization demand high levels of qualification and impose new problems to the construction of democracy in human relations. To understand and correct these problems, education must be analyzed not only from a quantitative perspective, but also from a qualitative one. It is important to study the relations between adolescents and schools and to investigate students representations and activities. The present work aims at understanding the first high school education experiences in low SES students, considering possible transformations in their social representations and identities. A hundred and twenty students participated in this research: 61 girls and 59 boys, aged 14 to 16 years old, freshmen of a public high school located in Viana, Brazil. We collected data in two different moments: February 2006 (beginning of the school year) and September 2006. The method included questionnaires, free evocation techniques and semi-structured interviews. For data analyses, we used content analysis and the EVOC software. We compared the results obtained in the two moments of data acquisition, based on period (beginning and half of the school year) and gender. In the beginning of the year, students associated the school entirely with positive values, such as maturity and promising future . Students hoped to study more and to become more responsible and concerned about the future. However, they did not expect to find a favorable environment for youth participation. In September, positive values still existed and were hegemonic, but there were also negative values associated to school. The perception that the school infra-structure was not well used is an example. Other negative perceptions appeared but were less representative: the ideas that the classes were useless, that the teachers were bad and that the professional future was uncertain. School mates were more clearly divided in subgroups. The representation of good teacher included empathy and the ability to contextualize knowledge. Education continued to be perceived mainly as the path to a better future. High school continued to be seen as a new stage of this preparation, which is more demanding and more associated with responsibility. The idea that high school education is important for their professional future was stronger. At the same time, school continued to be faced as naturally tied to heteronomic human relations. Possibilities of active participation in school organization seemed to be weaker. The representation of good student continued to be strongly linked to traditional school values such as obedience and effort. As we compared the two moments (beginning and half of the school year), we verified the existence of two hegemonic paths in high school experiences: submission (to invest in school, to be a good student, to be obedient) and rejection (to despise school rules and processes). We discuss the importance of strategies to produce autonomy in high school education, basing other possibilities for identity construction. The first high school year seems to be a favorable moment to propose those strategies.
Databáze: OpenAIRE