Dispersão, prevalência e dinâmica da transmissão do vÃrus Zika, de 1947 a 2018
Autor: | Almeida, Gilmara de Souza Sampaio |
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Přispěvatelé: | Netto, Eduardo M., Netto, Eduardo Martins, Alves, Carlos Roberto Brites, Jorge, Célia Regina Mayoral Pedroso, Dias, Juarez Pereira, Saldanha, Ana Cristina Rodrigues |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFBA Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
Popis: | Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2020-02-07T14:06:16Z No. of bitstreams: 1 MED_TESE_Gilmara de Souza Sampaio Almeida .pdf: 4280773 bytes, checksum: 8555917ed3241eca5979c167da3e0f53 (MD5) Made available in DSpace on 2020-02-07T14:06:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MED_TESE_Gilmara de Souza Sampaio Almeida .pdf: 4280773 bytes, checksum: 8555917ed3241eca5979c167da3e0f53 (MD5) Introdução: O vÃrus Zika é um flavivÃrus pertencente à famÃlia Flaviviridae, transmitido por mosquitos Aedes. Sua circulação ficou restrita aos continentes africano e asiático por seis décadas, onde causou pequenos surtos com apresentações clÃnicas leves, semelhantes à dengue. Depois de migrar para o PacÃfico e para as Américas, a infecção pelo vÃrus Zika tornou-se notável e causou grandes epidemias com manifestações clÃnicas florescentes, o que exigiu uma melhor compreensão das mudanças ocorridas durante o tempo. Objetivo: descrever a dinâmica de ocorrência do vÃrus Zika durante os anos de 1947 a 2018 e analisar sua prevalência na região metropolitana de Salvador/Bahia durante e até após dois anos da fase epidêmica. Métodos. Esta tese é dividida em três capÃtulos, o primeiro apresenta uma revisão de literatura com foco nas evidências de transmissão e dispersão do vÃrus Zika no perÃodo de 1947 a 2018; o segundo capÃtulo é uma análise da prevalência entre várias populações na região metropolitana de Salvador/Bahia/Brasil e uma análise retrospectiva em soros criopreservados de uma população infectada pelo HIV dentro desta região. O terceiro capÃtulo apresenta os resultados de uma nova sorologia para o vÃrus Zika de três subpopulações, vista no capÃtulo anterior, realizadas 1,5 a 2 anos após a epidemia. Resultados. Desde sua primeira identificação, em 1947, na região da floresta da Zika, em Uganda, o vÃrus migrou para o continente asiático, onde causou manifestações clÃnicas brandas semelhantes à s da dengue. Sessenta anos depois, ao chegar à s ilhas do PacÃfico, o vÃrus Zika tornou-se mais agressivo e se espalhou rapidamente entre as populações locais, que atingiram altas taxas de prevalência, como o Mali (52%) e ilhas Yap (73%). Além disso, notou-se que o vÃrus Zika causava consequências clÃnicas devastadoras, provavelmente devido a mutações genéticas ocorridas entre 2000 e 2005. Em seguida, em 2013, o Zika chegou à s Américas, incluindo a região metropolitana de Salvador, onde foi registrada uma prevalência de 63% entre a população examinada. Apesar de não existirem grandes fatores de risco para a contaminação pela doença, foi verificada uma maior prevalência entre as pessoas de estratos socioeconômicos inferiores. Dois anos após o pico da epidemia, os mesmos indivÃduos foram reavaliados. Foi verificada queda significativa nos nÃveis de anticorpos, com até um terço desses indivÃduos apresentando sorologia negativa, sem soroconversão. Conclusão: A expansão do vÃrus Zika teve duas fases. A primeira apresentou expansão lenta, sem agressividade clÃnica, e a segunda teve rápida expansão, com graves consequências clÃnicas, como a microcefalia, provavelmente resultado de mutações do vÃrus. Após o auge da epidemia algumas regiões, incluindo a região metropolitana de Salvador, atingiram alta prevalência na população e tiveram o ciclo de transmissão bloqueado. Os nÃveis de anticorpos 11 registrados nesta área diminuÃram significativamente após dois anos e as consequências dessa redução ainda são desconhecidas. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |