Teoria do reconhecimento e economia solidária:uma proposta de composição entre redistribuição, sustentabilidade e emancipação/Paula Gontijo Martins ; orientador: Lucas de Alvarenga Gontijo

Autor: Martins, Paula Gontijo
Přispěvatelé: Gontijo, Lucas de Alvarenga orientador, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.Programa de Pós-Graduação em Direito Instituição
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_MINAS
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS)
instacron:PUC_MINS
Popis: Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Direito Bibliografia: f. 113-116 Resumo: As últimas décadas do século XX configuraram um período marcado por processos transitórios, como o pós-fordismo, o pós-comunismo e a queda dos Estados-nações soberanos, o que ressignificou os conceitos de justiça social e de reconhecimento, além de traçar novos desafios no que tange à desigualdade social e ao reconhecimento de diferenças. Paralelamente, no mesmo período, despontaram experiências econômico-produtivas alternativas para o combate às conseqüências do fortalecimento do neoliberalismo econômico, experiências estas intituladas como Economia Solidária. Diante desse contexto, o presente estudo busca responder se e como a Economia Solidária poderia ser considerada como um movimento social de luta pelo reconhecimento, contribuindo para a ampliação do reconhecimento mútuo estabelecido intersubjetivamente. Objetiva-se contribuir para a construção de uma teoria crítica de fomento à superação de relações colonialistas, incapazes de reconhecerem o outro como igual em suas diferenças e auxiliar a formação de sujeitos autônomos, emancipados de relações de dominação. Para tanto, metodologicamente, realizou-se a suprassunção teórica dos três marcos da pesquisa, Fraser, Honneth e Santos, para a posterior confirmação da hipótese de que a Economia Solidária experimenta caminhos novos de produção de conhecimento e averigua novas possibilidades de emancipação social, fomentando subjetividades rebeldes que revisitam os padrões morais contemporâneos e empodera sujeitos para a transformação dos padrões morais dominantes. Em outras palavras, constata-se que a Economia Solidária se caracteriza por um movimento de luta pela ampliação do reconhecimento existente, principalmente devido a dois fatores: por apresentar-se como um movimento de diferentes frentes contestatórias, resultante do amadurecimento dialético-reivindicatório; e também por ter, em seu âmago, o objetivo de ampliação dos padrões de respeito e estima social, pertencente às esferas do direito e da solidariedade, conforme a teoria honnethiana. De forma geral, o presente estudo pretende contribuir com o projeto de renovação da teoria crítica e reinvenção da emancipação social, lançando bases de análises que dão suporte lingüístico e teórico à complexidade das exigências dos movimentos sociais contemporâneos, além de apresentar experiências presentes que enriquecem as alternativas para a construção de um novo modelo de sociedade e, por conseguinte, de um novo ideal de justiça. Abstract: The last decades of the twentieth century cast a period marked by transitional processes such as post-fordism, post-communism and the fall of the national States sovereign, which re-meansthe concepts of social justice and recognition, and outline new challenges with respect to social inequality and the recognition of differences. Similarly, in the same period, economic and productive experiences emerged to combat the consequences of the strengthening of economic liberalism, the Solidarity Economy. Against this background, this study seeks to answer whether and how the Solidarity Economy could be regarded as a social movement fighting for recognition, thus contributing to the enhancement of mutual recognition established socially. The objective is to contribute to building a critical theory of incentive to overcome the colonial relationships, unable to recognize the other as equal in their differences, and aid the formation of autonomous individuals, emancipated from oppressive relations. For that, methodologically, there was the supersession of the three theoretical frameworks of research: Fraser, Honneth and Santos, for the hypothesis confirmation that the Solidarity Economy experience new ways of producing knowledge and verify new possibilities for social emancipation by fostering subjectivities rebels who revisit the moral standards of contemporary and empowering individuals to transform the prevailing moral standards. In other words, it appears that the Solidarity Economy is characterized by a movement of struggle for the expansion of existing recognition, mainly due to two factors: by presenting themselves as a movement contesting several fronts, resulting from the dialectic of claims maturing, and also to have at its core the objective of broadening the standards of respect and social esteem, belonging to the spheres of law and solidarity, as the theory honnethiana. Overall, this study aims to contribute to the renovation project of critical theory and the reinvention of social emancipation, launching bases that support the theoretical analysis to complex linguistic demands of contemporary social movements, and provide experiences that enrich the present alternatives to construction of a new model of society, and therefore a new ideal of justice.
Databáze: OpenAIRE