Avaliação das propriedades psicométricas do índice de Barthel para terapia intensiva
Autor: | Reis, Nair Fritzen dos |
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Přispěvatelé: | Universidade Federal de Santa Catarina, Silva, Rosemeri Maurici |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFSC Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instacron:UFSC |
Popis: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2019. Sabe-se que durante a internação na Unidade de terapia intensiva (UTI), os pacientes são expostos a períodos prolongados de imobilização e inatividade, sedação, ventilação mecânica (VM) e medicamentos que podem ocasionar a perda de força muscular e declínio da funcionalidade. Para verificar o impacto da internação na funcionalidade do paciente, começou-se a avaliar a função física do sujeito por meio de instrumentos criados para outras populações, como é o caso do Índice de Barthel (IB), uma escala originalmente criada para indivíduos com doença neurológica crônica. Com o passar do tempo, outras escalas especificas para a UTI foram elaboradas com intuito de melhorar a representatividade da população crítica. Apesar do IB não ter sido criado para essa população de doentes, ele continua sendo utilizado frequentemente nos estudos como meio de avaliação da funcionalidade na UTI. No entanto, ainda não foram verificadas as propriedades psicométricas de validade e confiabilidade desse instrumento para a UTI. Com isso, o objetivo desse estudo foi verificar as propriedades psicométricas do Índice de Barthel para o ambiente de terapia intensiva. Participaram do estudo 122 pacientes, sendo 62 homens, idade de 56 [46,7-66] anos, 68% utilizaram ventilação mecânica invasiva (VMI), permaneceram na UTI 7 [5-11] dias e no hospital 22 [14-30,2] dias, 87,7% foram de alta hospitalar. Os pacientes foram avaliados na alta da UTI e na impossibilidade, em até 24 horas após. A avaliação consistia na aplicação do Índice de Barthel, Escore de Perme, Escala do Estado Funcional em UTI (EEF-UTI), Physical Function in Intensive Care score (PFIT-s) e força muscular periférica por meio do Medical Research Council e dinamometrias de preensão palmar e manual de coxa, características clínicas foram elencadas por meio de consulta ao prontuário do participante. A avaliação do estado funcional era conduzida por um fisioterapeuta principal que aplicava os testes e escalas, e um fisioterapeuta secundário que apenas observava o procedimento. A confiabilidade entre avaliadores do IB foi excelente por meio do Coeficiente de correlação intraclasses (CCI) de 0,98 [intervalo de confiança (IC 95%): 0,98-0,99, p=0,000] e as categorias de dois e cinco grupos obteve concordância de moderada a excelente ?=0,74 e ?=0,77 (p=0,000), respectivamente. A consistência interna apresentou um valor acima do aceitável, com alfa de Cronbach de 0,81. O escore total do IB se correlacionou de forma significante com Escore de Perme (rô=0,84, p=0,000), EEF-UTI (rô=0,88, p=0,000), PFIT-s (rô=0,86, p=0,000), MRC (rô=0,65, p=0,000), dinamometria de preensão palmar (rô=0,55, p=0,000) e manual de coxa (rô=0,59, p=0,000), Simplified Acute Physiology Score III (r=-0,41, p=0,000) e tempo de UTI (rô=-0,47, p=0,000). Conclui-se que o Índice de Barthel é um instrumento confiável e válido para avaliar a funcionalidade no ambiente de terapia intensiva. Abstract : During an Intensive Care Unit (ICU) stay, patients are exposed to prolonged periods of immobilization and inactivity, sedation, mechanical ventilation (MV) and medications, which may result in loss of muscle strength and functional impairment. Due the need to assess functional ability in ICU environment, function scales created to other populations started to be using to evaluate patients, as Barthel Index (BI), a scale original created to evaluate patients with chronic neurologic disease. Over time, others scales specific to ICU environment were created with objective to improve the representative of the critical population. Although BI is not specific to ICU population, it has been used in several studies to evaluate function in ICU. However, the psychometrics properties, reliability and validity, it were not verify yet in ICU environment. The study included 122 patients, 62 men, aged 56 [46,7-66] years old, 68% used invasive MV, stayed ICU 7 [5-11] days and hospital 22 [14-30,2] days, 87,7% discharged hospital. Participants were evaluated on ICU discharged, when it was impossible, within 24 hours after. The assessment included the application of BI, Perme Score, Functional Status Score for the ICU (FSS-ICU), Physical Function in Intensive Care score (PFIT-s) and peripheral muscle strength with Medical Research Council (MRC), handgrip and hand-held knee extension dynamometry, clinical characteristics were listed through medical records. The physical function evaluation was conducted by a main physiotherapist that apply the tests, and a second physiotherapist that just watched the procedure. The inter-rater reliability of BI was excellent with intraclass correlation coefficient (ICC) of 0.98 [confidence interval (CI95%): 0.98-0.99, p=0.000] and the categories of two and five groups obtained moderate to excellent concordance with Kappa coefficient of ?=0.74 e ?=0.77 (p=0.000), respectively. Internal consistency showed a value above the acceptable, with Cronbach?s alpha of 0.81. The BI total score correlated significantly with Perme Score (rho=0.84, p=0.000), FSS-ICU (rho=0.88, p=0.000), PFIT-s (rho=0.86, p=0.000), MRC (rho=0.65, p=0.000), handgrip dynamometry (rho=0.55, p=0.000) and hand-held knee extension dynamometry (rho=0.59, p=0.000), Simplified Acute Physiology Score III (r=-0.41, p=0.000) e ICU stay (rho=-0.47, p=0.000). It was concluded that BI is a reliable and valid instrument to assess physical function in ICU environment. |
Databáze: | OpenAIRE |
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