A articulação do passado e a chave ética do testemunho em Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo

Autor: Cavelagna, Rodrigo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: ABRIL – NEPA / UFF; Vol. 13 No. 27 (2021): Decolonizations: Residual Memories; 181-196
Abril – NEPA / UFF; v. 13 n. 27 (2021): Descolonizações: Memórias Residuais; 181-196
Abril (Niterói)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
ISSN: 1964-1974
1984-2090
DOI: 10.22409/abriluff.v13i27
Popis: Caderno de memórias coloniais, by Isabela Figueiredo (2018), is composed of a memoirist writing, in which a narrator-character remembers her childhood, covering the period of the Mozambican War of Independence (1964-1974) and, subsequently, the process of social and political change that takes place in Portugal after April 25, 1974. The book represents the oppression of the colonial regime and the denunciation of its violence, using various aesthetic resources, with a fragmentary composition that translates the complexity of the inscribed testimony. In this article, we will focus in the reflections on memory, on the resumption of themes by Levi (2016), and in the elaboration of the testimony, from the ethical-political posture assumed by the narrator-character.For this discussion, we will use specific analyses, in Silvio Jorge (2015) and Daniel Laks (2019), and general bibliography, in Walter Benjamin (2012), Márcio Seligman-Silva (2008) and Jeanne Marie Gagnebin (2009). Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo (2018), constitui-se como uma escrita de memórias, no qual uma narradora-personagem rememora sua infância, abrangendo o período da Guerra de Independência de Moçambique (1964-1974) e, posteriormente, o processo de mudança social e política que se dá em Portugal após o 25 de abril de 1974. O livro representa a opressão do regime colonial e a denúncia de suas violências, valendo-se de diversos recursos estéticos, com uma composição fragmentária que traduz a complexidade do testemunho inscrito. Neste artigo, nos deteremos nas reflexões sobre a memória, na retomada de temas de Levi (2016), e na elaboração do testemunho, a partir da postura ética-política que assume a narradora-personagem. Para essa discussão empenhamos crítica específica, em Silvio Renato Jorge (2015) e Daniel Laks (2019), e bibliografia geral, em Walter Benjamin (2012), Márcio Seligmann-Silva (2008) e Jeanne Marie Gagnebin (2009).
Databáze: OpenAIRE