Direitos humanos e prudência em Hannah Arendt:uma teoria do julgamento político arendtiano a partir de Eichmann em Jerusalém e em A Condição Humana/Carolina Ângelo Montoli ; orientador: Júlio Aguiar de Oliveira
Autor: | Montoli, Carolina Ângelo |
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Přispěvatelé: | Oliveira, Júlio Aguiar de orientador, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.Programa de Pós-Graduação em Direito Instituição |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2010 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_MINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS) instacron:PUC_MINS |
Popis: | Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Direito Bibliografia: f. 132-144 Resumo: Esta proposta de pesquisa retoma o conceito aristotélico de phronesis com a especificidade de enfrentar a oposição entre o caráter universal dos princípios morais abstratos a partir de uma questão orientadora buscar na obra de Hannah Arendt, especialmente em A Condição Humana e Eichmann em Jerusalém elementos que caracterizem a vida ativa e a vida contemplativa e em qual desses modos de vida a ética se constitui no espaço que separa o homem de Deus, no qual o mundo é contingente, não há mais lugar para a rígida determinação científica da ação humana, e, neste aspecto o lugar da Teoria da Justiça. Na teoria do julgamento político arendtiano e da relevância moral seria uma teoria da justiça a partir do julgamento de justiça, da experiência cotidiana de julgar algo justo. Essencialmente indeterminado, e por isso jamais superado por qualquer conhecimento humano, o homem só pode conduzir suas ações por regras flexíveis e adaptáveis às suas mudanças. O mundo da contingência, entretanto, não resulta na inexistência de algum conhecimento a orientar nossas ações, mas tão somente no fato de que a norma da ação moral não se sustenta mais na contemplação de verdades eternas e imutáveis. É o futuro imprevisível que determina a ação humana, que é orientada pelo conhecimento do que é possível conhecer. Abordar o conceito de phronesis, não sendo um saber privado, mas público e social recupera na tradição grega o sentido ético do saber humano, através do desempenho adequado da razão no agir moral, as especificidades de uma situação concreta à luz de exigências éticas que na sua intervenção cotidiana a partir da incorporação das tendências epistemológicas e da análise das novas práticas de argumentação e do diálogo facilita a aproximação entre a idéia de contingência, âmbito do humanamente possível, em Aristóteles, e a concepção que emergirá da própria condição humana arendtiana. Hannah Arendt acreditava que para um criminoso novo deveria haver uma justiça nova e, portanto, era preciso julgar Eichmann com armas jurídicas novas e fez, na ocasião, uma pergunta obsedante: - Existe crime contra a humanidade? Constitui genocídio uma singularidade na longa história da barbárie humana? Hannah se colocou em um plano jurídico e que para ela, o crime contra a humanidade foi mal definido em Nuremberg e confundido com os crimes contra a paz. Em sua obra, Hannah Arendt tratou tanto da origem do mal e suas trágicas conseqüências (violências políticas, totalitarismos) como questionou a degradação da liberdade do homem. O relato do caso Adolf Eichmann, nesse livro, é particularmente rico em detalhes e conta sobre a impaciência de Arendt diante das sessões do tribunal e da celeuma provocada ao abordar em seu texto a conduta dos Conselhos Judaicos, que no início da II Guerra haviam aceitado fazer um inventário para os nazistas de suas comunidades, o que facilitou a repressão aos judeus. A sua validade deve assentar-se em algo mais profundo e permanente que a ordenação estatal, ainda que esta se baseie numa Constituição formalmente promulgada. Tudo isto significa, a rigor, que a afirmação de autênticos direitos humanos é incompatível com uma concepção positivista do direito. Abstract: This research proposal incorporates the Aristotelian concept of phronesis to the specificity of face opposition between the universal character of abstract moral principles as a guiding question - look at the work of Hannah Arendt, especially in The Human Condition and Eichmann in Jerusalem elements characterize the active life and contemplative life and which of these ways of life ethics constitutes the space that separates man from God, in which the world is contingent, there is no place for the rigid scientific determination of human action, and in this aspect of the place of the Theory of Justice. In the theory of political trial and Arendt's moral relevance was a theory of justice from the trial justice, the daily experience of judging something right. Essentially indeterminate, and therefore never surpassed by any human knowledge, man can only drive their actions by rules flexible and adaptable to their changes. The world of contingency, however, does not result in a lack of knowledge to guide our actions, but only in the fact that the standard of moral action no longer holds in the contemplation of eternal truths and unchanging. It's the unpredictable future that determines human action that is guided by knowledge of what is knowable. Addressing the concept of phronesis, not being a know private but public and social recovers in the Greek tradition the ethical meaning of human knowledge through the proper performance of reason in moral action, the specifics of a particular situation in light of the ethical requirements that their everyday speech from the incorporation of epistemological trends and analysis of new practices of argument and dialogue facilitates bringing the idea of contingency, under the humanly possible, in Aristotle, and the conception that emerges from the human condition Arendtian. Hannah Arendt believed that for a new criminal justice should be a new and therefore had to judge Eichmann new legal weapons and did, on occasion, a haunting question: - There is crime against humanity? Genocide is a singularity in the long history of human barbarity? Hannah was placed in a legal and that for her; the crime against humanity at Nuremberg was poorly defined and confused with crimes against peace. In his work, Hannah Arendt dealt with both the origin of evil and its tragic consequences (political violence, totalitarianism) and questioned the degradation of human freedom. The account of Adolf Eichmann case, this book is particularly rich in detail and tells about the impatience of Arendt before the sessions court and caused a stir in his text to address the conduct of the Jewish Councils, which at the beginning of World War II had accepted make an inventory for the Nazis in their communities, which facilitated the repression of Jews. Its validity must be based on something deeper and more permanent than the ordering state, although this is based on a constitution formally enacted. All this means, in effect, that the statement of genuine human rights is incompatible with a positivist conception of law. |
Databáze: | OpenAIRE |
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