Oligarchies, organization and government: survival trajectories of party elites in Brazil (1998-2018)

Autor: Assis, Pedro Paulo de
Přispěvatelé: Ribeiro, Pedro José Floriano
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFSCAR
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
instacron:UFSCAR
Popis: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) The process of oligarchization does not end with the emergence of the ruling elites – the rise to the top of the party does not guarantee dominance over the organization. If there is an explanatory mechanism that clarifies the aetiology of intra-party leadership (Michels, 2001), a thesis about the causes and origins of the phenomenon, there is also, even if still unexplored, a mechanism that explains the physiology of an organization dominated by ruling elites. A thesis on the functioning and maintenance of a party dominated by leaders. The emphasis is in the explanatory mechanism between organizational agents and party structures that continuously sustains the survival of these elites. We try to approach this unknown mechanism employing as an object the four largest national party organizations in the current Brazilian scenario (PFL-DEM, PMDB, PSDB, and PT, from 1998 to 2018). The main hypothesis of this study points out that, to survive, ruling elites restrict the level of intra-party competitiveness by concentrating control over certain strategic positions and resources of power in the governmental and organizational arenas. The results show that different configurations of surviving elites require distinct repertoires of organizational and governmental activities, restricting competitiveness in intra-party systems in singular ways. That is, the plural profiles of Brazilian ruling elites establish different types of resources and positions of power in the party arenas at different levels. The survival mechanism is shared by the organizations studied, but it manifests itself in unique ways. The four major Brazilian parties have important uniquenesses in the development of their oligarchy processes: they display certain profiles of turnover; they vary considerably in the forms of distribution of incentives in their bases, and they differ in the types of resources and positions of power that unbalance intra-party authority relations in favour of their elites. In addition, gathered and compared, the evidence indicates the need for dynamic coordination in conducting these repertoires of party activities to support leadership. The survival of elites (through a process of hegemonization or resistance) is also associated with adjustments in the distribution of organizational and governmental incentives, given the swaying in the competitive performance of each party and the progression of elite turnover. The specialized repertoires of activities are constantly adapting. The phenomenon of elite survival, due to the restriction of intra-party competitiveness, is a continuous process of incremental changes. The thesis is divided into two parts. Part I has three chapters, working on three connected objectives. In Chapter 1, we seek to understand the scope and limitations of Michels' (2001) classic Iron Law of Oligarchy – oligarchization as an intra-party process, whose outcome is the emergence of ruling elites. In Chapter 2, we seek to adapt the Michelsian theoretical framework to address the phenomenon of the survival of ruling elites. We discuss[ed] the dynamics that would follow the Iron Law, developing an approach capable of facing oligarchization as a continuous process (beyond the aetiology of the bosses) and a systemic process (involving arenas external to the organization). Closing Part I, in Chapter 3, we deal with research design specifications to map the surviving leaders and observe the different manifestations of the survival mechanism articulated in the four Brazilian party organizations (PFL-DEM, PMDB, PSDB and PT) in the last decades (from 1998 to 2018). Part II of the thesis has three analytical chapters. In Chapter 4, we survey the turnover profiles of the surviving ruling elites of the PFL-DEM, PMDB, PSDB and PT – their trajectories at the summits in terms of cartelization and territorial decentralization. We examined the developments of competition between leaders seeking positions in their National Executive Committees: the stages of survival of the ruling elites in each organization and the respective hegemonization and resistance movements over their intra-party systems in the analyzed period. In Chapter 5, we investigate the selective articulation of the structures of party activities in the organization and in the government by the ruling elites. We scrutinized the dynamics of relative concentrations between the party bases of the distribution of power positions and resources, associating the alignments of such allocations with the particular profiles of dominant party elites in each organization. Finally, in Chapter 6, we summarize the organizational and governmental repertoires built by the leaders to enable the course of their described survival trajectories. We highlight and contrast the dynamics of distribution and redistribution of power positions and resources dominated and allocated by the ruling elites at their bases. We focus on the different balance points reached in the oligarchization processes of the PFL-DEM, PMDB, PSDB, and PT – the unique manifestations of their shared survival mechanism. O processo de oligarquização não se esgota com a emergência das elites dirigentes – subir ao topo do partido não garante o domínio contínuo sobre a organização. Se existe um mecanismo explicativo que esclarece a etiologia das chefias intrapartidárias (Michels, 2001), tese sobre as causas e origens do fenômeno, também existe, mesmo que ainda inexplorado, um mecanismo que explica a fisiologia de uma organização dominada por elites dirigentes. Uma tese sobre o funcionamento e a manutenção de um partido dominado por chefias – o mecanismo explicativo da integração entre agentes organizacionais e estruturas partidárias que sustenta continuamente a sobrevivência dessas elites. Tendo como objeto as quatro maiores organizações partidárias nacionais no atual contexto brasileiro (PFL-DEM, PMDB, PSDB e PT, de 1998 a 2018), tentamos nos aproximar desse desconhecido mecanismo. A principal hipótese do trabalho aponta que, para sobreviverem, elites dirigentes restringem o nível de competitividade intrapartidária ao concentrar o controle sobre determinadas posições e recursos de poder estratégicos nas arenas governamental e organizacional. Os resultados evidenciam que diferentes configurações de elites dirigentes sobreviventes exigem diferentes repertórios de atividades organizacionais e governamentais, restringindo a competitividade nos sistemas intrapartidários por diversificadas vias. Isto é, os plurais perfis de elites dirigentes brasileiras concentraram em suas bases diferentes tipos recursos e posições de poder das arenas partidárias em diferentes níveis. O mecanismo da sobrevivência é compartilhado pelas organizações estudadas, mas se manifesta em diferentes expressões. Os quatro grandes partidos brasileiros apresentam importantes particularidades no desenvolvimento de seus processos de oligarquização: exibem perfis característicos de rotatividade; variam consideravelmente nas formas de distribuição de incentivos em suas bases; e diferenciam-se nos tipos de recursos e posições que desequilibram as relações de autoridade intrapartidária em favor de suas elites. Além disso, reunidas e comparadas, as evidências indicam a necessidade de coordenações dinâmicas na condução desses repertórios de atividades partidárias para a sustentação das chefias. A sobrevivência das elites (por processo de hegemonização ou resistência) também está associada a ajustes da distribuição de incentivos organizacionais e governamentais, dadas as oscilações das performances competitivas de cada legenda e a progressão das rotatividades das elites. Os especializados repertórios de atividades estão em constante adaptação. O fenômeno da sobrevivência das elites, por restrição da competitividade intrapartidária, é um contínuo processo de mudanças incrementais. A tese é dividida em duas partes. A Parte I possui três capítulos, trabalhando três objetivos conectados. No Capítulo 1, procuramos entender os alcances e limitações da clássica abordagem da Lei de Ferro das Oligarquias de Michels (2001) – a oligarquização como um processo intrapartidário, que tem como desfecho a emergência das elites dirigentes. No Capítulo 2, buscamos adequar o referencial teórico michelsiano para tratar o fenômeno da sobrevivência das elites dirigentes. Discutimos a dinâmica que sucederia a Lei de Ferro, desenvolvendo uma abordagem capaz de enfrentar a oligarquização como um processo contínuo (além da etiologia das chefias) e sistêmico (envolvendo arenas externas à organização). Encerrando a Parte I, no Capítulo 3, tratamos especificações do desenho de pesquisa para mapear as chefias sobreviventes e observar as diferentes manifestações do mecanismo de sobrevivência articulado nas quatro grandes organizações partidárias brasileiras (PFL-DEM, PMDB, PSDB e PT) nas últimas décadas (de 1998 a 2018). A Parte II do trabalho possui três capítulos analíticos. No Capítulo 4, levantamos os perfis de rotatividade das elites dirigentes sobreviventes de PFL-DEM, PMDB, PSDB e PT – suas trajetórias nas cúpulas em termos cartelização e descentralização territorial. Examinamos os desenvolvimentos das competições entre chefias por cargos em suas Comissões Executivas Nacionais: as fases de sobrevivência das elites dirigentes em cada organização e os respectivos movimentos de hegemonização e de resistência sobre os seus sistemas intrapartidários no período analisado. No Capítulo 5, investigamos as articulações seletivas das estruturas de atividades partidárias na organização e no governo por parte das chefias dirigentes. Esmiuçamos as dinâmicas de concentrações relativas entre as bases partidárias das distribuições de posições e recursos de poder, associando os alinhamentos de tais alocações com os particulares perfis de elites partidárias dominantes em cada sigla. Por fim, no Capítulo 6, sintetizamos os repertórios organizacionais e governamentais construídos pelas chefias para viabilizar o curso das respectivas trajetórias de sobrevivência descritas. Destacamos e contrastamos as dinâmicas particulares de distribuição e redistribuição de posições e de recursos de poder dominados e alocados pelas elites dirigentes em suas bases. Colocamos em evidência os diferentes pontos de equilíbrio atingidos nos processos de oligarquização do PFL-DEM, PMDB, PSDB e PT – as manifestações ímpares do compartilhado mecanismo de sobrevivência. Processo n: 2017/15173-9, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Databáze: OpenAIRE