Dinâmica da infecção e caracterização molecular das mastites causadas por Staphylococcus spp. em ovelhas da raça Santa Inês

Autor: MOURA, Guilherme Santana de
Přispěvatelé: MOTA, Rinaldo Aparecido, COSTA, Luciana Bignardi de Soares Brisola da, SOUZA, Fernando Nogueira de, PINHIERO JUNIOR, José Wilton, SILVA, Karla Patrícia Chaves da, SANTOS, André de Souza
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
instacron:UFRPE
Popis: Submitted by (lucia.rodrigues@ufrpe.br) on 2022-11-23T22:21:51Z No. of bitstreams: 1 Guilherme Santana de Moura.pdf: 1828119 bytes, checksum: 5bb2f219b84e07b44ffb1dc27a034c31 (MD5) Made available in DSpace on 2022-11-23T22:21:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Guilherme Santana de Moura.pdf: 1828119 bytes, checksum: 5bb2f219b84e07b44ffb1dc27a034c31 (MD5) Previous issue date: 2020-02-27 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The present work traced the epidemiological profile of intramammary infections (IMI) caused by staphylococci in Santa Inês sheep using molecular biology tools covering the following aspects: 1) to investigate the incidence of intramammary infection (IMI) in meat ewes in the post-partum and the persistence of infection during lactation, and its effect on lamb growth. In this study, 38 ewes and 44 lambs were followed from birth until weaning at 90 days. The lambs were weighed at birth and every 15 days, and the microbiological examination and identification of Mycoplasma agalactiae by polymerase chain reaction (PCR) of the sheep's milk samples were performed at respective times. It was observed that 14 (36.8%; 5 by Mycoplasma agalactiae; 5 by Staphylococcus sciuri, 2 by Staphylococcus aureus and 2 by Staphylococcus simulans) and 20 (31.6%) sheep present persistent and transient IIM, respectively. Therefore, 63.26% of IMIs, all due to non-aureus staphylococci, did not persist during lactation, suggesting opportunistic profiles of some species. The survival rate of lambs from sheep with persistent IMI (33.3%) was much lower than healthy animals (100%) or with transient IMI (91.7%). In addition, there was a difference in weight gain for lambs from sheep persistently infected at 90 days in relation to the other groups. Despite the negative impact of mastitis on Santa Inês sheep on lamb performance and death, the etiologic agent and its potential to cause persistent IMI should be considered. 2) to report a sporadic case of gangrenous mastitis caused by multi-resistant Staphylococcus haemolyticus in Santa Inês sheep. The microbiological examination, the antimicrobial resistance profile and the presence of virulence factors were investigated. Staphylococcus haemolyticus isolates showed multidrug resistance to antimicrobials and were positive for two staphylococcal enterotoxygenic genes and fibronectin-binding protein (fnbA). 3) investigate whether the staphylococci isolated from clinical and subclinical mastitis, from apex of sheep and lambs' tonsils are genetically distinct, and have genes related to the production of enterotoxins and resistance to methicillin and penicillin. 78 staphylococcus isolates from Santa Inês sheep were used (Study 1). Staphylococcus isolates were identified by MALDI-TOF MS, and PCR was performed to identify the virulence and antimicrobial resistance genes. In addition, the isolates were genotyped by random amplification of polymorphic DNA (RAPD). It was observed that S. aureus isolated from milk samples differ from those isolated from extra-mammary niches, differently from non-aureus staphylococcus species. S. aureus hosted most virulence and resistance genes. An isolate of S. aureus and other of Staphylococcus sciuri shown methicillin-resistance. Therefore, the present study provided more detailed information on the epidemiology of staphylococci associated with sheep. 4) to report the presence of Staphylococcus sciuri carrying the methicillin resistance gene mecC, being, therefore, the first report in Brazil. Resistance to cefoxitin and oxacillin was determined by the minimum inhibitory concentration, and the resistance genes were confirmed by PCR, and sequencing of PCR products. O presente trabalho traçou o perfil epidemiológico das infecções intramamárias (IIM) causadas por estafilococos em ovelhas Santa Inês através de ferramentas de biologia molecular contemplando os seguintes aspectos: 1) investigar a incidência de infecção intramamária (IIM) em ovelhas de corte no período pós-parto e a persistência da infecção durante a lactação, e seu efeito no crescimento de cordeiros. Neste estudo, 38 ovelhas e 44 cordeiros foram acompanhados do parto até o desmame aos 90 dias. Os cordeiros foram pesados ao nascimento e a cada 15 dias, e o exame microbiológico e identificação de Mycoplasma agalactiae pela reação da cadeia da polimerase (PCR) das amostras de leite das ovelhas foram realizados nos respectivos momentos. Observou-se que 14 (36,8%; 5 por Mycoplasma agalactiae; 5 por Staphylococcus sciuri, 2 por Staphylococcus aureus e 2 por Staphylococcus simulans) e 20 (31,6%) ovelhas apresentam IIM persistente e transiente, respectivamente. Portanto, 63,26% das IIM, todas por estafilococos não aureus, não persistiram durante a lactação, sugerindo perfil oportunistas de algumas espécies. A taxa de sobrevivência de cordeiros de ovelhas com IIM persistente (33,3%) foi bem menor que dos animais sadios (100%) ou com IIM transiente (91,7%). Além disto, houve diferença no ganho de peso para cordeiros de ovelhas persistentemente infectadas os 90 dias em relação aos demais grupos. Apesar do impacto negativo da mastite nas ovelhas Santa Inês sobre o desempenho e a morte de cordeiros, o agente etiológico e seu potencial para causar IIM persistente devem ser considerados. 2) relatar um caso esporádico de mastite gangrenosa causada por Staphylococcus haemolyticus multirresistente em ovelha Santa Inês. O exame microbiológico, o perfil de resistência a antimicrobianos e presença de fatores de virulência foram investigados. Os isolados de Staphylococcus haemolyticus apresentaram multirresistência a antimicrobianos, e foram positivos para dois genes enterotoxigênicos estafilocócicos e proteína B de ligação à fibronectina (fnbA). 3) investigar se os estafilococos isolados de mastite clínica e subclínica, do ápice das ovelhas e tonsilas de cordeiros são geneticamente distintos, e possuem genes relacionados à produção de enterotoxinas e resistência a meticilina e penicilina. Foram utilizados 78 isolados de estafilococos proveniente de ovelhas Santa Inês (Estudo 1). Os isolados de estafilococos foram identificados por MALDI-TOF MS, e a PCR foi realizada para identificação dos genes de virulência e resistência a antimicrobianos. Além disso, os isolados foram genotipados através de amplificação aleatória de DNA polimórfico - RAPD. Observou-se que S. aureus isolados de amostras de leite diferem daqueles isolados de nichos extramamários, diferentemente das espécies de estafilococos não-aureus. S. aureus hospedou a maioria dos genes de virulência e resistência. Detectou-se um isolado de S. aureus e um Staphylococcus sciuri isolados do ápice do teto resistente a meticilina. Portanto, o presente estudo forneceu informações mais detalhadas da epidemiologia dos estafilococos associados à ovelha. 4) relatar a presença de Staphylococcus sciuri portadores do gene de resistência a meticilina mecC, sendo, portanto, o primeiro relato no Brasil. A resistência a cefoxitina e oxacilina foram determinadas pela concentração inibitória mínima, e os genes de resistência foram confirmados por PCR, e sequenciamento dos produtos da PCR.
Databáze: OpenAIRE