'PRA TE LEMBRAR DO BADAUÊ...': O MENSAGEIRO DA ALEGRIA EM UMA VIAGEM PELOS LONÃS IYÊ (CAMINHOS DA MEMÓRIA) DO MAR AZUL – ESPAÇO, TEMPO E ANCESTRALIDADE

Autor: Silva, José Francisco de Assis Santos
Přispěvatelé: Silva, Marilda de Santana, Moura, Milton de Araújo, Cunha, Marcelo Nascimento Bernardo da
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFBA
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
Popis: Submitted by José Silva (chicco.assis@gmail.com) on 2019-03-29T14:58:43Z No. of bitstreams: 1 Pra te Lembrar do Badauê - Dissetação Depositada.pdf: 3076928 bytes, checksum: 43d10dca4e29fd89bd572a1798195019 (MD5) Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2019-03-29T16:34:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Pra te Lembrar do Badauê - Dissetação Depositada.pdf: 3076928 bytes, checksum: 43d10dca4e29fd89bd572a1798195019 (MD5) Made available in DSpace on 2019-03-29T16:34:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pra te Lembrar do Badauê - Dissetação Depositada.pdf: 3076928 bytes, checksum: 43d10dca4e29fd89bd572a1798195019 (MD5) “Pra te lembrar do Badauê...”, à inspiração dos versos de Carlinhos Brown, é um estudo que emerge enquanto proposta de uma viagem pelos lonãs iyè, caminhos da memória, do Mar Azul, forma poética como se tornou conhecido o Afoxé Badauê, surgido em 1978, no Engenho Velho de Brotas. Na reconstrução desta memória, foram considerados três caminhos a serem percorridos cujas paisagens possibilitam melhor contextualizar o Mensageiro da Alegria, como também era chamado o Badauê. Análises do espaço (bairro em que surgiu), do tempo (anos 1970) e da ancestralidade (afoxés antecessores) permitem traçar a trajetória do Badauê e perceber as transformações que inaugurou nos aspectos estéticos, performáticos, sonoros e comportamentais, que desencadearam a (re)invenção da tradição dos afoxés – fenômeno que contribuiu para que este segmento se reanimasse e sobrevivesse aos dias atuais; fazendo com que a imprensa, renomados artistas e personalidades aclamasse aquele afoxé que vinha do Engenho Velho pisando macio. Para dar conta das inovações trazidas pelo Badauê, desponta a Energia Odara, categoria que, sob a vibração de Exu, compreende os comportamentos, as atitudes e outras elaborações identitárias e transgressoras dos jovens dos anos 1970. Ao lado do bloco afro Ilê Aiyê e com o afoxé Filhos de Gandhy, o Badauê figurou um momento fundamental à notoriedade das expressividades negras no carnaval, bem como contribuiu com a eletrificação do ijexá, movimento que desencadeou a criação da Axé Music. Mesmo com tantos predicados e tendo seu nome constantemente evocado em canções que o imortalizaram, o Badauê não chegou a completar 15 anos de existência, não sobreviveu para contar sua própria história. Tendo deixado de existir em meados dos anos 1990, a trajetória deste afoxé, tem sido severamente silenciada e esquecida. Neste trabalho uma possibilidade de superação das negligências para com Badauê e a sua participação estética e política na elaboração de identidades culturais baianas contemporâneas.
Databáze: OpenAIRE