Estudo da obesidade em pacientes com artrite reumatoide definida por índices antropométricos e pela avaliação densitométrica da composição corporal
Autor: | Maria Fernanda Brandão de Resende Guimarães |
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Přispěvatelé: | Marcus Vinicius Melo de Andrade, Adriana Maria Kakehasi, Cristina Costa Duarte Lanna, Maria Marta Sarquis Soares, Bárbara Campolina Carvalho Silva, Rafael Mendonça da Silva Chakr |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2015 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
Popis: | Introdução: Artrite reumatoide (AR) constitui um fator de risco independente para doença cardiovascular (DCV). Obesidade e inflamação sistêmica podem ser fatores contribuintes para o maior risco cardiovascular vistos nessa população. O processo inflamatório sistêmico da AR pode modificar a relação entre gordura corporal e massa magra, resultando na inadequação do índice de massa corporal (IMC) ou da medida da circunferência de cintura (CC) como parâmetros para caracterizar obesidade. Objetivos: Estabelecer a relação entre níveis circulantes de citocinas inflamatórias e adipocinas e obesidade numa população com AR, definida por índices antropométricos e por absorciometria com raio-X de dupla energia (DXA). Determinar um marcador sorológico de obesidade nessa população. Avaliar a necessidade de definição de novos pontos de corte para medidas antropométricas habituais (IMC e CC) em mulheres com AR, através da comparação entre essas medidas e índices de composição corporal obtidos pela DXA. Métodos: Estudo transversal em pacientes com AR, incluídos consecutivamente dentre os indivíduos em acompanhamento no Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. A atividade de doença foi avaliada através de exame clínico e laboratorial com cálculo de DAS28 e CDAI. Foi realizada a medida de CC e o cálculo do IMC no mesmo dia da realização da composição corporal pela DXA (Hologic, modelo Discovery W). Os níveis circulantes de IL-6, TNF alfa, IL-1, leptina e adiponectina foram mensurados em amostra única de sangue periférico. Resultados: Noventa e nove pacientes foram incluídos, média de idade 54±11,1 anos, 89 (89,9%) pacientes do sexo feminino. O diagnóstico de obesidade na amostra foi de 31,3% pelo IMC, 85,9% pela CC e 57,6% pela DXA. Considerando o resultado da DXA como padrão ouro, o valor de IMC acima de 25 foi o mais adequado para definição de obesidade nas pacientes com AR, apresentando sensibilidade 80% e especificidade de 60%. Para CC, com 80% de sensibilidade e de 35% de especificidade, o valor encontrado foi de 86 cm para se detectar a obesidade. A leptina se correlacionou positivamente com a obesidade nos três métodos utilizados e o ponto de corte de 6,52 foi utilizado como marcador de obesidade nessa população. Conclusões: Os pontos de corte convencionalmente utilizados para determinação de obesidade através de índices antropométricos não foram adequados para os pacientes com artrite reumatoide. A leptina pode ser um bom marcador de obesidade em pacientes com artrite reumatoide, já que se correlaciona com a gordura corporal total pela DXA. Devido ao elevado risco cardiovascular a que estão submetidos esses pacientes, ressaltamos a necessidade de validação dos resultados do presente estudo. Introduction: Rheumatoid arthritis (RA) is an independent risk factor for cardiovascular disease (CVD). Obesity and systemic inflammation may be contributing factors to increase cardiovascular risk in this population. The systemic inflammatory process of RA can modify the relationship between body fat and lean mass and standard anthropometric measures used to diagnose obesity in the general population may not have the same performance in these patients. Objectives: To establish the relationship between circulating levels of inflammatory cytokines and adipokines and obesity in people with RA defined by anthropometric measures and by X-ray absorptiometry dual energy absorptiometry (DXA). To identify an obesity biomarker in patients with RA. To determine cut-off points for body mass index (BMI) and waist circumference (WC) for detecting obesity in women with RA by comparing these standard measures to a dual-energy x-ray absorptiometry (DXA)-based obesity criterion. Methods: Cross-sectional observational study in RA patients, consecutively included among individuals followed at the Rheumatology Service of the Hospital das Clínicas da UFMG . Disease activity was assessed by clinical and laboratory examination with calculation of DAS28 and CDAI. The measurement of WC and the BMI calculation was performed on the same day of body composition by DXA ( Hologic , Discovery W model). Circulating levels of IL-6, TNF , IL- 1 , leptin and adiponectin were measured in a single sample of peripheral blood. Results: Ninety-nine patients were included , mean age 54 ± 11.1 years , 89 ( 89.9 %) female patients . The diagnosis of obesity in the sample was 31.3 % by BMI , 85.9 % by WC and 57.6 % by DXA . Cut-off points were identified for anthropometric measures to better aproximate DXA estimates of percent body fat : BMI value 25 kg/m² was the best for definition of obesity in female patients with RA, with sensitivity of 80 % and specificity of 60%. For WC, with 80 % of sensitivity and 35 % of specificity , the best value to detect obesity was 86 cm. Leptin correlated with obesity by the three methods: BMI , waist circumference and DXA . This correlation was stronger with DXA, which is the gold standard . The cutoff point of 6.52 ng / ml of leptin was defined as obesity marker in this population. Conclusions: The traditional cut-off points used for obesity were not suitable for our sample. For this female RA population, BMI cut-off point of 25 kg/m² and WC cut-off point of 86 cm were |
Databáze: | OpenAIRE |
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