With the bladder near the eyes - the humoured form of narrating the sad in Frank Mccourt’s autobiographies
Autor: | Pereira, Sabrina Siqueira |
---|---|
Přispěvatelé: | Umbach, Rosani Úrsula Ketzer, Izarra, Laura Patricia Zuntini de, Gai, Eunice Terezinha Piazza, Montemezzo, Luciana Ferrari, Mathias, Dionei |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2020 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UFSM Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) instacron:UFSM |
Popis: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq This work investigates the humor in Angelas’s Ashes (1996) and ‘Tis: a memoir (1999), autobiographies of the American-Irish writer Frank McCourt. In McCourt’s works, the narrator sometimes participates as a witness, sometimes leads the events narrated. The facts selected by the narrator lead the chronological order of McCourt’s childhood, and they are, most of times, facts that express discomfort. The resistance against hunger, the affection between him and his brothers, the desire of overcoming misery and of establishing a place in the world through the acquisition of culture, and the humorous way like McCourt registers his past are constant features in his autobiographical narrative. The freedom of the narrative form that joins in a same sentence different tenses and different speeches combines with the freedom of content established by the writer, in what a sad story is permeated by comedy. He narrates with critical eyes, relativizes social norms and truths, and exposes the social stupidity in which he grew up. The point of view is given from Frank as an adult, the mature man that comes back to the striking youth “scenes” to constitution of his personality, and tell them without self-pity. What he reports is important in his identity construction, or the different identities that he assumes as the time goes. The temporal displacement allows the narrator to see and to analyze with a kind of exemption what has happened. By close reading methodology, I look for the discursive marks of personal experience which raises issues to the autobiographical genre and how the author’s humorous view reveals his memories, introducing dramatic facts with the mood of humour. The humorous narrative collaborates to reinforce the veracity of what is narrated by the appeal to empathy and, in this aspect, it is evident the importance of the reader to complete both the autobiographical writing process and to decode the humorous utterance. But the McCourt’s aim isn’t to make humor, but to extract comicity and to make the facet of irony available from the drama his youth was. As autobiographer and fiction writer, McCourt enriches literature by building a narrative that leads place to social tension and to historical reflection. Este trabalho investiga o humor em As cinzas de Ângela – memórias (1996) e ‘Tis: a memoir (1999), autobiografias do americano-irlandês Frank McCourt. Nas obras de McCourt, o narrador ora participa dos acontecimentos como testemunha, ora protagoniza os eventos narrados. Os fatos escolhidos pelo narrador seguem a ordem cronológica da infância de McCourt, e são, na maioria das vezes, fatos que exprimem desconforto. São traços constantes na narrativa autobiográfica de McCourt a resistência contra a fome, o afeto entre ele e os irmãos, o desejo de sobrepor-se à miséria e de estabelecer um lugar no mundo através da aquisição de cultura, e a forma humorada com que registra seu passado. A liberdade da forma narrativa que reúne em uma mesma sentença diferentes tempos e diferentes pessoas do discurso combina com a liberdade de conteúdo estabelecida pelo escritor, em que uma história triste é permeada de comicidade. Ele narra com olhos de crítico, relativiza normas e verdades sociais, e expõe a estupidez social em que cresceu. O ponto de vista é o de Frank adulto, do homem maduro que volta às “cenas” de sua juventude marcantes para a constituição de sua personalidade, e as conta sem autopiedade. O que ele relata é importante na construção de sua identidade, ou das diferentes identidades que assume com a passagem dos anos. O deslocamento temporal permite ao narrador ver e analisar com certa isenção o que se passou. Pela metodologia do close reading, busco as marcas discursivas da experiência pessoal que suscitam questões concernentes ao gênero autobiográfico e de como a visão bem-humorada do autor revela suas memórias, introduzindo fatos dramáticos com a roupagem do humor. A narrativa humorada colabora para reforçar a veracidade do que é narrado pelo apelo à empatia e, nesse aspecto, fica evidenciada a importância do leitor para complementar tanto o processo da escrita autobiográfica quanto a decodificação do enunciado humorado. Mas o objetivo de McCourt não é fazer comédia, mas extrair comicidade e disponibilizar a faceta da ironia sobre acontecimentos tristes da juventude. Como autobiógrafo e ficcionista, McCourt enriquece a literatura pela construção de uma narrativa que deixa espaço à tensão social e à reflexão histórica. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |