Caracterização eco toxicológica, variáveis físicas, químicas e vazões dos efluentes líquidos de uma planta de nitrocelulose e trinitrotolueno (TNT)

Autor: SOUZA, José Edimar de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Zdroj: Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI)
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
instacron:UNIFEI
Popis: A realização de ensaios ecotoxicológicos em conjunto com a quantificação e identificação dos poluentes que caracterizam os efeitos tóxicos presentes nos efluentes são de suma importância na concepção de um sistema de tratamento. Nesse sentido o objetivo deste estudo foi realizar estas análises com os efluentes de indústrias produtoras de nitrocelulose e trinitrotolueno (água amarela). O estudo foi conduzido com a determinação das vazões dos efluentes líquidos, realização dos ensaios de efeito de toxicidade aguda (CE50), com o organismo Daphnia similis, e os ensaios de efeito de toxicidade crônica (CI50), com Raphidocelis subcaptata conforme normas ABNT. A caracterização das variáveis físicas e químicas dos efluentes industriais foi realizada com base no lançamento de efluentes em coleções de água de classe II de acordo com o artigo nº 18, do Decreto nº 8.468/1976 do Estado de São Paulo. Os resultados da caracterização física e química indicaram desconformidades nos parâmetros de acidez, chumbo total, DBO, DQO e nitrato, para a efluente água amarela (TNT) e acidez, DQO e nitrato para o efluente de nitrocelulose. Levando em consideração os ensaios de efeito agudo com o ajuste do pH, com D. similis, obteve-se como resultado uma CE50 de 2,06% (1,81% – 2,35%) para a efluente água amarela, e CE50 de 11,5% (7,14% – 18,61%) para o efluente da nitrocelulose, ou seja, valores extremamente baixos já causam efeitos tóxicos aos organismos. Para o ensaio de efeitos crônicos com R. subcaptata, obteve-se uma CI50 de 1,68% para o efluente da água amarela e 63,75% para o efluente da nitrocelulose. As vazões obtidas em um período de 24h demonstraram um volume médio de 3,45 m3/h, (máximo de 4,6 m³/h e mínimo de 2,5 m³/h) para a efluente água amarela e de 36,29 m³/h, (máximo de 108,65 m³/h e mínimo de 7,65 m³/h) para nitrocelulose. Tais variações nos volumes são devido aos diferentes processos na produção. Com base nestes resultados foi possível calcular a D.E.R (Diluição do Efluente no Corpo Receptor) de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), obtendo os valores de 0,85% e 0,46% para a efluente água amarela e 16,84% e 1,41% para o da produção da nitrocelulose Tais valores não atendem a resolução CONAMA n° 430/2011, no quesito toxicidade.
Databáze: OpenAIRE