O trauma do nascimento prematuro : uma visão psicanalítica sobre os desafios na amamentação de bebês internados em uma Unidade Neonatal
Autor: | Freitas, Andréa Leão Leonardo-Pereira de |
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Přispěvatelé: | Lazzarini, Eliana Rigotto |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UnB Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
Popis: | Tese (doutorado ) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2022. Esta tese consistiu em um estudo empírico sobre a complexidade dos fatores psíquicos e interacionais implicados na vivência das mães de bebês prematuros em relação à amamentação, em uma Unidade Neonatal do Distrito Federal. A amamentação vai além de um processo meramente fisiológico, exigindo da mulher condições psíquicas favoráveis para que ela possa desempenhar o papel de nutriz. No caso de nascimentos prematuros, podemos questionar se tais condições são esperadas no contexto de internação do recém-nascido. Neste trabalho foram apresentados três estudos de caso, baseados em dois momentos da pesquisa. O primeiro consistiu em observar a díade, segundo o Método de Observação de Bebês, de Esther Bick, e, no segundo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as participantes do estudo, após a alta hospitalar. No primeiro caso clínico, enfatizamos o quanto a relação da mãe com a equipe de saúde pode despertar sentimentos intensos e de difícil contenção. No segundo, ressaltamos a importância de o bebê ser considerado um parceiro ativo na relação mãe-filho, podendo influenciar no processo da amamentação e, no terceiro, abordamos a importância de fatores subjetivos e inconscientes que interferem no desejo da mulher amamentar a criança. Além dos três casos, mencionamos duas mães que se recusaram a participar do estudo, evidenciando o quanto o nascimento inesperado de um bebê pode consistir em um trauma, sem que haja palavras para representá-lo. Durante o período em que a pesquisa foi desenvolvida, apesar de não ter sido evidenciado um discurso impositivo dos profissionais em relação à amamentação, concluímos que manifestar o não desejo em aderir a essa prática, principalmente quando se trata de mães de bebês prematuros, pode adquirir um significado socialmente não aceito, e contribuir para a intensificação do sentimento de culpa existente nestas mulheres, que foram feridas em seu narcisismo. This thesis consisted of an empirical study on the complexity of the psychic and interactional factors involved in the experience of mothers of premature babies in relation to breastfeeding, in a Neonatal Unit in the Federal District. Breastfeeding goes beyond a merely physiological process, demanding from the woman favorable psychic conditions so that she can play the role of a nursing mother. In the case of premature births, we can question whether such conditions are to be expected in the context of the newborn's hospitalization. In this work, three case studies were presented, based on two moments of the research. The first consisted of observing the dyad, according to the Method of Observation of Babies, by Esther Bick, and the second, semi-structured interviews were carried out with the study participants, after hospital discharge. In the first clinical case, we emphasize how the mother's relationship with the health team can arouse intense feelings that are difficult to contain. In the second, we emphasize the importance of the baby being considered an active partner in the mother-child relationship, which can influence the breastfeeding process and, in the third, we address the importance of subjective and unconscious factors that interfere with the woman's desire to breastfeed the child. In addition to the three cases, we mentioned two mothers who refused to participate in the study, showing how the unexpected birth of a baby can be a trauma, without words to represent it. During the period in which the research was carried out, despite not having evidenced an imposing speech of professionals in relation to breastfeeding, we concluded that expressing the unwillingness to adhere to this practice, especially when it comes to mothers of premature babies, can acquire a socially unacceptable meaning, and contribute to the intensification of the feeling of guilt existing in these women, who were injured in their narcissism. Esta tesis consistió en un estudio empírico sobre la complejidad de los factores psíquicos e interaccionales involucrados en la experiencia de madres de prematuros en relación a la lactancia materna, en una Unidad Neonatal del Distrito Federal. La lactancia materna va más allá de un proceso meramente fisiológico, exigiendo de la mujer condiciones psíquicas favorables para que pueda desempeñar el papel de una madre lactante. En el caso de los partos prematuros, podemos cuestionar si tales condiciones son de esperar en el contexto de la hospitalización del recién nacido. En este trabajo se presentaron tres estudios de caso, basados en dos momentos de la investigación. El primero consistió en la observación de la díada, según el Método de Observación de Bebés, de Esther Bick, y el segundo, se realizaron entrevistas semiestructuradas a los participantes del estudio, luego del alta hospitalaria. En el primer caso clínico, destacamos cómo la relación de la madre con el equipo de salud puede despertar sentimientos intensos y difíciles de contener. En el segundo, destacamos la importancia de que el bebé sea considerado un socio activo en la relación madre-hijo, lo que puede influir en el proceso de lactancia y, en el tercero, abordamos la importancia de los factores subjetivos e inconscientes que interfieren con el deseo de la mujer de amamantar al niño. Además de los tres casos, mencionamos a dos madres que se negaron a participar en el estudio, mostrando cómo el nacimiento inesperado de un bebé puede ser un trauma, sin palabras para representarlo. Durante el período en que se realizó la investigación, a pesar de no haber evidenciado un discurso imponente de los profesionales en relación a la lactancia materna, concluimos que expresar la falta de voluntad de adherirse a esta práctica, especialmente cuando se trata de madres de bebés prematuros, puede adquirir un significado socialmente inaceptable, y contribuyen a la intensificación del sentimiento de culpa existente en estas mujeres, que fueron heridas en su narcisismo. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |