Travel as a political means of communication:Technological mediations and identity discourses in collaborative hosting networks for women

Autor: Silva, Thaís Costa da
Přispěvatelé: Pereira, Vinícius Andrade, Freitas, Ricardo Ferreira, Barros, Carla Fernanda Pereira, D’Andrea, Carlos Frederico de Brito, Oliveira, Maria Amália Silva Alves de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
Popis: Submitted by Bianca CEH/A (bianca.silveira@uerj.br) on 2021-09-24T21:01:29Z No. of bitstreams: 2 Tese -Thaís Costa - 2021 - Completa.pdf: 2934098 bytes, checksum: f1f291438bd4b6b9682e6a9e21e732d7 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2021-09-24T21:01:29Z (GMT). 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A sofa where bonds and social relationships are sewn together. The global and computerized flows concerning contemporary society enable mobility in different areas and dimensions. Nevertheless, they highlight inequalities and conflicts that may be related to people's sexual orientation, gender and/or ethnicity, implying advantages or disadvantages in this context. Dominant power logic determines who, when, where and how can move. In the case of women who share accommodation, this embracement includes identification relations and activism through reciprocity, that face some difficulties encountered in the search for travel, such as spending on accommodation and fears of establishing this type of interaction with men. Plural and politicized groups are formed, in which ethnic-racial conditions also give rise to divergences. These imbrications take place in a scenario of increasing diversity of tourist practices associated with the current informational capitalism. The collaborative ideal, therefore, advocates sharing and peer-to-peer relationships, based on more decentralized network structures and is sought, mainly, by those who prioritize sharing and social interactions. Among the initiatives aimed at collaborative hosting, the success of platforms such as Couchsurfing and Airbnb have been linked to problems, causing a departure from the inclusive ideal that the term collaborative initially supposes, in view of reported cases of ethnic, gender or sexual orientation discrimination. The investigation is based on a bibliographic research, especially on gender relations, collaborative economics, mediatization and digital networks. A parallel is made with Mauss' theory of gift (2015), to reflect on contemporary exchange relations and is based on the idea of Platform Society, developed by Van Dick, Poell and De Waal (2018) to analyze the modulations of technologies in tourist practices. It also uses empirical work involving an ethnography in the groups Couchsurfing das Pretas, Couchsurfing das Minas e Trans #ELENÃO and Couchsurfing das Minas na Europa, all hosted on the social media Facebook. It aims to understand the platforms uses, their processes, interactions and appropriations based on an active participation in these virtual environments, combined with conducting in-depth interviews with thirteen interlocutors and the “couchsurfing experience” by the author. The research, therefore, seeks to understand the dynamics existing in these collaborative relationships between women, mediated by digital platforms. But it also focuses on broader reflections with social movements around the collaborative economy, tourism and media. Em face à complexidade e emergência do fenômeno colaborativo e da ascensão de uma plataformização da cultura, esta tese investiga como as viagens e a colaboração podem se constituir como agentes indutores do exercício da afirmação de identidades e posicionamentos políticos, a partir das atividades que se estabelecem nas plataformas digitais em redes de hospedagem colaborativa para mulheres. A formação de redes de apoio é uma das muitas movimentações pelas quais o feminismo vem se fortalecendo, em torno de diversas práticas, como a das viagens. Interlocuções como as que ocorrem em grupos de partilha de hospedagem domiciliar. A partir das interações online, elas pedem e oferecem um lugar para dormir. Um sofá, um couch, onde se estabelecem vínculos e relações sociais. Os fluxos globais e informatizados concernentes à sociedade contemporânea possibilitam mobilidades em diversos âmbitos e dimensões. Não obstante, salientam desigualdades e conflitos que podem ter relações com a orientação sexual, o gênero e/ou a etnia das pessoas, implicando em vantagens ou desvantagens neste contexto. Lógicas dominantes de poder determinam quem, quando, onde e como pode se mover. No caso das mulheres que compartilham hospedagem, esse acolhimento inclui relações de identificação e ativismo por meio da reciprocidade. E fazem frente a algumas dificuldades encontradas na busca pelas viagens, como os gastos com hospedagem e os medos em estabelecer esse tipo de interação com homens. Formam-se, então, grupos plurais e politizados, em que condições étnico-raciais também suscitam divergências. Essas imbricações se realizam em um cenário de crescente diversidade de práticas turísticas associadas ao capitalismo informacional vigente. O ideal colaborativo, assim, preconiza o compartilhamento e as relações peer-to-peer, entre pares, a partir de estruturas de redes mais descentralizadas e é buscado, principalmente, por aqueles que priorizam o compartilhamento e as interações sociais. Dentre as iniciativas voltadas para a hospedagem colaborativa, o sucesso de plataformas como a Couchsurfing e a Airbnb, veio atrelado a problemáticas, causando um distanciamento do ideal inclusivo que o termo colaborativo inicialmente supõe, tendo em vista casos noticiados de discriminação étnica, de gênero ou orientação sexual. A investigação se desenvolve a partir de um levantamento bibliográfico, sobretudo acerca das relações identitárias e de gênero, da economia colaborativa, da midiatização e das redes digitais. Faz-se um paralelo com a teoria da dádiva de Mauss (2015), para refletir sobre as relações de trocas contemporâneas e toma como base a ideia de Sociedade da Plataforma, desenvolvida por Van Dick, Poell e De Waal (2018) para analisar as modulações das tecnologias nas práticas turísticas. Também se vale de um trabalho empírico envolvendo a etnografia nos grupos Couchsurfing das Pretas, Couchsurfing das Minas e Trans #ELENÃO e Couchsurfing das Minas na Europa, todos hospedados na mídia social Facebook. Busca-se compreender os usos das plataformas, seus processos, interações e apropriações a partir de uma participação ativa nesses ambientes virtuais, aliada à realização de entrevistas em profundidade com treze interlocutoras e a “experiência couchsurfing” vivida pela autora. A pesquisa, assim, busca compreender as dinâmicas existentes nessas relações colaborativas entre mulheres, mediadas por plataformas digitais. Mas também incide reflexões mais amplas com movimentos sociais em torno da economia colaborativa, do turismo e das mídias.
Databáze: OpenAIRE