Efeitos da ingestão de uma dieta com alto teor de ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3 durante a gestação e lactação sobre os parâmetros respiratórios e metabólicos de ratos jovens

Autor: BLOISE, Aline Maria Nunes de Lira Gomes
Přispěvatelé: SILVA, João Henrique da Costa
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPE
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
Popis: SILVA, João Henrique da Costa, também é conhecido em citações bibliográficas por: COSTA SILVA, João Henrique da CAPES O consumo materno de dieta rica em ácidos graxos saturados durante a gestação e lactação está associado ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta da prole. Em contrapartida, o consumo de uma dieta enriquecida com ômega-3 durante o período de gestação e lactação reduz a adiposidade, melhora a sensibilidade à insulina, tem efeito anti-inflamatório e pode desempenhar um papel hipotensor na prole. Diante dessas evidências, neste estudo testou-se a hipótese de que ratos provenientes de mães que foram submetidas à dieta rica em ácidos graxos saturados no período de gestação e lactação apresentam alterações na murinometria, dislipidemia, hiperglicemia, intolerância à glicose, diminuição na sensibilidade à insulina, desbalanço oxidativo hepático e prejuízo em parâmetros ventilatórios. Além disso, testamos a hipótese de que o enriquecimento com ômega-3, a partir do óleo de linhaça, pode interferir nestes parâmetros e impedir as alterações decorrentes do consumo de dieta com alto teor de ácidos graxos saturados. Ratos Wistar foram alimentados com uma dieta controle (GC; 19% de lipídeos e razão ɷ6:ɷ3=12,66) ou dieta rica em ácidos graxos saturados (HL; 33% de lipídeos e razão ɷ6:ɷ3=21,22) ou dieta com alto teor de ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3, a partir do óleo de linhaça (HLW3; 33% de lipídeos e razão ɷ6:ɷ3=9,45) durante a gestação e lactação. Após o desmame, os animais passaram a receber dieta padrão de biotério. Foram avaliadas: as medidas murinométricas, análises bioquímicas; teste de tolerância à glicose (TTG), teste de tolerância ao piruvato (TTP), teste de sensibilidade à insulina (TSI), enzimas e marcadores relacionados ao estresse oxidativo no tecido hepático e medidas de ventilação pulmonar. Nossos resultados demonstram que as mães que consumiram dieta rica em ácidos graxos saturados apresentaram maiores níveis de colesterol quando comparado ao grupo controle e HLW3. Quanto aos parâmetros bioquímicos avaliados na prole, o grupo HL apresentou dislipidemia e hiperglicemia aos 22 e 90 dias de vida, com o grupo HLW3 apresentando melhores valores no perfil lipídico e glicêmico. Os animais do grupo HL também apresentaram níveis elevados de ALT, enquanto a prole HLW3 apresentou menores níveis de ALT aos 22 dias de vida. E aos 90 dias de vida, o grupo HLW3 apresentou menores níveis de AST em relação ao grupo controle e HL. Foi verificado no grupo HL, um desequilíbrio oxidativo a nível hepático, com redução na atividade das enzimas antioxidantes GST e SOD, não sendo encontrada diferença em relação ao grupo controle e HLW3 nestas enzimas avaliadas. Desta forma, o presente estudo sugere que o consumo materno de dieta rica em ácidos saturados está associado a prejuízos em alguns parâmetros bioquímicos e ao desequilíbrio oxidativo a nível hepático, com redução de enzimas que participam do sistema de defesa antioxidante. Além disso, nossos achados confirmam que o consumo de ômega-3, a partir do óleo de linhaça é capaz de atenuar estas alterações observadas nos animais que receberam dieta rica em ácidos graxos saturados. Maternal dietary intake rich in saturated fatty acids during gestation and lactation is associated with an increased risk of developing non-transmissible chronic diseases in adult offspring. In contrast, studies have shown that consumption of an omega-3-enriched diet during gestation and lactation reduces adiposity, improves insulin sensitivity, has an anti-inflammatory action and may play a hypotensive role in the offspring. In light of this evidence, in this study tested the hypothesis that rats from dams who were submitted to the diet rich in saturated fatty acids in the gestation and lactation period present alterations in the murinometry, dyslipidemia, hyperglycemia, glucose intolerance, decrease in insulin sensitivity, hepatic oxidative imbalance and impairment in ventilatory parameters. In addition, we tested the hypothesis that the enrichment with omega-3, from flaxseed oil, can interfere in these parameters and prevent the alterations resulting from the consumption of diet with high content of saturated fatty acids. Wistar rats were fed a control diet (GC, 19% of lipids and ratio ɷ6:ɷ3 = 12, 66) or diet rich in saturated fatty acids (HL, 33% lipids and ratio ɷ6: ɷ3 = 21.22) or diet high-saturated fatty acid enriched with omega-3, from flaxseed oil (HLW3, 33% lipids and ratio ɷ6: ɷ3 = 9.45) during gestation and lactation. After weaning, the animals began to receive standard animal feed. Were evaluated: murinometric measurements; biochemical analyzes; glucose tolerance test (GTT), pyruvate tolerance test (PTT), insulin sensitivity test (IST), enzymes and markers related to oxidative stress in hepatic tissue and measurement of pulmonary ventilation. Our results demonstrate that dams who consumed a diet rich in saturated fatty acids had higher cholesterol levels when compared to the control and HLW3 groups. As for the biochemical parameters evaluated in the offspring, HL group presented dyslipidemia and hyperglycemia at 22 and 90 days of life, with the HLW3 group presenting better values in the lipid and glycemic profile. Animals from the HL group also had elevated ALT levels, whereas HLW3 offspring had lower ALT levels at 22 days of age. At 90 days of age, the HLW3 group had lower levels of AST than the control group and HL. An oxidative imbalance was observed in the HL group, with a reduction in the activity of the antioxidant enzymes GST and SOD, and no difference was found in relation to the control and HLW3 groups in these enzymes evaluated. Thus, the present study suggests that the maternal consumption of a diet rich in saturated acids is associated to impair in some parameters biochemical and imbalances oxidative to hepatic level, with reduction of enzymes that participate in the antioxidant defense system. In addition, our findings confirm that consumption of omega-3 from flaxseed oil is able to attenuate these changes observed in animals that received a diet rich in saturated fatty acids.
Databáze: OpenAIRE