'Maneiras diferentes de trabalhar com a verdade': a criação visual do universo fictício no documentário que bom te ver viva (1989) de Lúcia Murat

Autor: Silva, Jessica Kelly Rodrigues de Andrade
Přispěvatelé: Gomes, João de Lima
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron:UFPB
Popis: This research aimed to investigate, through film analysis of the documentary feature Que Bom Te Ver Viva (1989), by Lúcia Murat, possibilities of visual creation of a fictional universe inserted in a documentary film, through the hybridism of characteristics of the two cinematographic genres. Que Bom Te Ver Viva (1989) was the first feature film by the filmmaker from Rio de Janeiro, who is a former member of the armed struggle against the military dictatorship in Brazil, the scenario in which she was severely tortured and in which she spent three and a half years in prison. These facts have a great influence on her film productions, which usually walk the boundaries between fiction and documentary cinema. Lúcia Murat has already won several national and international awards and has more than eleven outstanding productions in her career. For the realization of this research I counted on the resources offered by the bibliographical research that, in the first chapter, contributed to a better location of Murat’s biography. The same research methodology was also used, in the second chapter, to identify characteristics specific to the documentary and fictional genres, as well as their possibility of hybridism, since it is through the resources that the director makes use of the execution of her films. In the third chapter, the methodology used was film analysis, using the use of its processes and resources, I recognized some components used by Lúcia Murat to build the fictional universe of the documentary Que Bom Ver Ver Te Viva. Through the research, it was possible to observe that among the various possibilities of visual creation of a fictional universe in a documentary film, in the 1989 film hybridity is visually manifested through the creation of a fictional character, played by Irene Ravache and all the scenographic elements that she interacts with. Nenhuma A presente pesquisa teve por objetivo investigar, através da análise fílmica do longa-metragem documental Que Bom Te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat, possibilidades de criação visual de um universo fictício inserido em um filme documental, através do hibridismo de características dos dois gêneros cinematográficos. Que Bom Te Ver Viva (1989) foi o primeiro longa-metragem da cineasta carioca que é ex-integrante da luta armada contra a ditadura militar no Brasil, cenário no qual foi duramente torturada e em que passou três anos e meio presa. Esses fatos têm grande influência em suas produções fílmicas, que costumam caminhar pelas fronteiras entre o cinema de ficção e o cinema documentário. Lúcia Murat já ganhou diversos prêmios em âmbito nacional e internacional e conta com mais de onze produções de destaque em sua trajetória. Para a realização da presente pesquisa contei com os recursos oferecidos pela pesquisa bibliográfica que, no primeiro capítulo, contribuiu para uma melhor localização da biografia da cineasta. A mesma metodologia de pesquisa também foi utilizada, no segundo capítulo, para identificar características próprias aos gêneros documental e ficcional, bem como suas possibilidade de hibridismo, uma vez que é através desses recursos que a diretora lança mão para a execução de seus filmes. Já no terceiro capítulo a metodologia utilizada foi a análise fílmica, através da utilização de seus processos e recursos reconheci alguns mecanismos utilizados por Lúcia Murat para construir o universo fictício do documentário Que bom te ver viva. Através da pesquisa, foi possível observar que dentre as diversas possibilidades de criação visual de um universo fictício em um filme documental, no longa de 1989 o hibridismo se manifesta visualmente através da criação de uma personagem fictícia, interpretada por Irene Ravache e todos os elementos cenográficos com que ela interage.
Databáze: OpenAIRE