Clinical aspects of the use and insertion of the hormonal intrauterine device (52 mg) and the copper intrauterine device (TCu380A- IUD)

Autor: Laporte, Montas, 1988
Přispěvatelé: Bahamondes, Luis Guillermo, 1946, Baracat, Edmund Chada, Monteiro, Ilza Maria Urbano, Baccaro, Luiz Francisco Cintra, Soares Junior, José Maria, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
Popis: Orientador: Luis Guillermo Bahamondes Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: Os dispositivos intrauterinos (DIUs), incluindo o DIU com cobre (TCu380A) e o DIU hormonal (52 mg), são contraceptivos reversíveis de longa duração, altamente eficazes e seguros. Além disso, oferecem numerosas vantagens não-contraceptivas. No entanto, a prevalência mundial de utilização é de apenas 17%. As razões para esta baixa taxa de utilização incluem numerosas barreiras e políticas governamentais, acesso, custo e profissionais de saúde treinados para a inserção. Dados da literatura indicam que mais de 60% das gravidezes não planejadas ocorrem em usuárias de métodos contraceptivos de curta duração, suma-se a isto, apesar das orientações dadas às novas mães em muitos serviços de saúde sobre a necessidade de retornar para contracepção até 6 semanas pós-parto, muitas mulheres não o fazem; consequentemente, isto leva a risco de reincidência de gravidez não planejada. Diante do exposto e da importância em aumentar o conhecimento sobre inserção e manejos dos DIUs, bem como conhecer as perspectivas dos profissionais de saúde e as opiniões das mulheres sobre os DIUs, e características das usuárias, realizamos vários estudos com os seguintes Objetivos: Avaliar as taxas de expulsão do DIU hormonal (52 mg) e do DIU-TCu380A através de vários estudos, incluindo a inserção pós-dequitação, profissional que inseriu o DIU e as mudanças nas características das mulheres que escolheram DIUs ao longo das últimas décadas. Além de avaliar o conhecimento dos profissionais e as razões de escolha e satisfação das usuárias do DIU hormonal (52 mg). Métodos: Realizamos vários estudos, todos no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e os resultados de cada estudo foram publicados em um artigo. Estudo 1: Realizamos um ensaio randomizado e comparamos as taxas de expulsão do DIU-TCu380A e do DIU hormonal (52 mg) após a inserção pós-dequitação em mulheres de 18 a 43 anos de idade com gestação ?37 semanas, convidadas a participar do estudo durante o trabalho de parto na maternidade. Acompanhamos elas até 90 dias após a inserção e identificamos a localização do DIUs por meio de ultrassonografia aos 42 e 90 dias. Resultados (Artigo 1): Inserimos 70 DIU-TCu380A e 70 DIU hormonal (52 mg). As taxas acumuladas de expulsão pós-dequitação dentro de 90 dias foram de 36,7% e 20%, para DIU-TCu380A e DIU hormonal (52 mg) respectivamente; e no pós-parto cesariana as taxas de expulsão foram 12,9% e 11,4%, para DIU-TCu380A e DIU hormonal (52 mg) respectivamente. A análise multivariada mostrou que a razão de chance de expulsão ([OR]; intervalo de confiança de 95% [IC]) foi maior após o parto vaginal do que após o parto cesariana (OR 5,60; IC 95% 2,08–15,10; P < 0,00). Estudo 2: Realizamos um estudo de corte retrospectivo, avaliamos o desempenho clínico do DIU-TCu380A e do DIU hormonal (52 mg) inseridos por diferentes categorias de profissionais de saúde. Revisamos os prontuários de inserções de DIUs realizadas entre janeiro de 1980 e dezembro de 2018, incluímos aqueles cujo prontuários continham dados de pelo menos 1 ano de uso e informações sobre o profissional de saúde que inseriu o dispositivo. Resultados (Artigo 2): Incluímos 19.132 (76,9%) inserções de DIU-TCu e 5.733 (23,1%) de DIU hormonal (52 mg). Um total de 13.853 (55,8%) inserções foram realizadas por residentes/graduandos de medicina, 7.024 (28,2%) por enfermeiras e 3.988 (16,0%) por médicos. As remoções por gravidez e infecção foram significativamente maiores nas mulheres cujos DIUs foram inseridos por médicos, enquanto as remoções por sangramento/dor e outros motivos médicos foram mais comuns quando os enfermeiros realizaram a inserção. Estudo 3: Realizamos um estudo de corte retrospectivo, comparamos as características sociodemográficas e histórico obstétrico das usuárias do DIU-TCu e do DIU hormonal (52 mg) em dois tempos: Inserções de DIU-TCu realizadas entre 1979 e 2006, e inserções de DIU-TCu e DIU hormonal (52 mg) entre 2007 e 2019. Resultados (Artigo 3): Incluímos um total de 31.385 inserções. DIU-TCu: n = 17.156 (1979-2006) e 2.013 (2007-2019); DIU hormonal (52 mg): n = 12.216 (2007-2019). No período 1979-2006, a análise estática mostrou a maioria das usuárias do DIU-Cu tinha < 40 anos de idade, era nuligesta, e menor anos de escolaridade quando comparado com as usuárias do DIU-Cu no período 2007-2019. Quanto às usuárias do DIU hormonal (52 mg) avaliadas em um único período (2007-2019), a maioria tinha > 40 anos de idade, < nível de escolaridade e nuligesta. Estudo 4: Realizamos um estudo de corte transversal entre janeiro e julho de 2021, avaliamos as perspectivas dos profissionais de saúde das UBS e dos hospitais que solicitaram e receberam o DIU hormonal (52 mg) da UNICAMP gratuitamente procedente de ICA-Foundation (fundação internacional de acesso contraceptivo) ligada a OMS para atender às necessidades reprodutivas de mulheres em locais com poucos recursos. Os participantes responderam um questionário online. Resultados (Artigo 4): Um total 65 profissionais de saúde responderam a um questionário; relataram que o DIU hormonal (52 mg) foi altamente eficaz (100%), de ação prolongada (93,9%) e um método adequado para controlar o sangramento uterino anormal (SUA) (90,8%), que teve poucos efeitos colaterais (86,2%), além disso, relataram que o dispositivo teve alta taxa de aceitação (87,7%) e que as mulheres mais jovens eram mais propensas a usá-lo. Estudo 5: Realizamos um estudo de corte transversal com mulheres que nunca haviam usado DIU hormonal (52 mg) e elas foram submetidas à inserção do DIU hormonal (52 mg) na UNICAMP entre janeiro e julho de 2021. Responderam um questionário estruturado (o dia da inserção) e relataram as razões para escolher esse DIU como método contraceptivo. Resultados (Artigo 5): Incluímos 516 mulheres no estudo; 70,7% tinham < 35 anos de idade e 68,2% eram multíparas. O último método anticoncepcional usado antes de optar pelo DIU hormonal (52 mg) foi um método reversível de curta duração em 80,8% das mulheres; 88% relataram que optaram para usar o DIU hormonal (52 mg) apenas para contracepção e a principal fonte de informação foram seus profissionais de saúde. As principais razões dadas para a escolha do método foram: Por ser seguro, ter alta eficácia contraceptiva e reduzir o sangramento uterino anormal (SUA). Estudo 6: Realizamos um estudo de corte transversal entre janeiro e julho de 2021 com usuárias do DIU hormonal (52 mg) (de alguns meses a anos de uso). Elas responderam um questionário estruturado e relataram as razões de satisfação com o DIU hormonal (52 mg), razões de continuação e possibilidades de recomendação a outras mulheres. Resultados (Artigo 6): Das 517 mulheres incluídas, 48% tinham ? 35 anos de idade, apenas 3% eram adolescentes, 70% eram multíparas, e 59,4% relataram estar em amenorreia nos últimos 90 dias. O tempo médio de uso era de 38 meses. As razões dadas pelas mulheres para continuar usando o DIU hormonal (52 mg) incluíam tanto a redução do sangramento uterino anormal (SUA) (81%) quanto a dismenorreia (56,1%). E 9/10 usuárias estavam satisfeitas com o método e a maioria referiu que o recomendaria a outras mulheres. Conclusões: 1). A inserção pós-dequitação de DIU-TCu380A teve uma taxa de expulsão maior do que o DIU hormonal (52 mg) e o DIU-TCu380A inserido em mulheres que tiveram partos vaginais teve taxas de expulsão mais altas do que aquelas que tiveram partos cesarianas. Como quase todas as expulsões ocorreram dentro de 42 dias após o parto. 2). Os profissionais de saúde: "Médicos, enfermeiras e residentes/graduando de medicina" da UNICAMP tiveram resultados semelhantes para as taxas de eventos adversos associadas a inserção dos dispositivos intrauterinos. 3). Até 2006, as mulheres adolescentes e analfabetas eram mais propensas a usar o DIU com cobre. Porém, após 2006, as mulheres ? 40 anos de idade, nulíparas, com educação superior, eram mais propensas a usá-lo. E as usuárias de DIU hormonal (2007-2019) eram em sua maioria nulíparas, ? 40 anos de idade e com menos anos de educação. 4). Os profissionais de saúde das UBS e dos hospitais que solicitaram e receberam doações do DIU hormonal (52 mg) da UNICAMP tinham conhecimento adequado sobre o método, relataram que as mulheres com antecedentes de sangramento uterino anormal e síndrome pré-menstrual eram as mais propensas a usar o dispositivo. 5). As principais razões citadas pelas mulheres que procuraram contracepção no Ambulatório de Planejamento Familiar/UNICAMP para escolher o DIU hormonal (52 mg) foram: Ele é seguro, tem alta eficácia contraceptiva e reduzir o sangramento uterino anormal (SUA). 6). As usuárias do DIU hormonal (52 mg) que fizeram acompanhamento na UNICAMP ficaram muito satisfeitas e a maioria informou que recomendaria este método a outras mulheres Abstract: Introduction: Intrauterine devices (IUDs), including the copper-containing IUD (TCu380A) and the hormonal IUD (52 mg), are long-acting, highly effective, and safe reversible contraceptives. In addition, they offer numerous non-contraceptive advantages. However, the worldwide prevalence of use is only 17%. Reasons for this low utilization rate include numerous government barriers and policies, access, cost, and trained health care professionals for insertion. Literature data indicates that over 60% of unplanned pregnancies occur in short term contraceptive users, added to this, despite the guidance given to new mothers in many health services about the need to return for contraception by 6 weeks postpartum, many women do not do so; consequently, this leads to risk of a recurrence of unplanned pregnancy. Taking the above into consideration and the importance of increasing knowledge about IUD insertion and management, as well as knowing the perspectives of health professionals and women's opinions about IUDs, and characteristics of users, we conducted several studies with the following Objectives: To assess the expulsion rates of hormonal (52 mg) and TCu-380A IUD in several studies, including post-placental insertion, the professional who inserted the IUD, and changes in the characteristics of women who chose to use IUD over the last decades. It also assessed the knowledge of professionals, the reasons for choosing hormonal IUD (52 mg), and user satisfaction with it. Methods: Several studies were conducted at the Department of Gynecology and Obstetrics at the State University of Campinas (UNICAMP), and the results of each one were published in an article. Study 1: We conducted a randomized trial and compared the expulsion rates of TCu-380A IUD and hormonal IUD (52 mg) after post-placental insertion in 18- to 43-year-old women with ? 37-week pregnancies, invited to participate in the study during labor at the maternity hospital. We followed them up for up to 90 days after insertion and identified the IUD location with ultrasound by 42 and 90 days. Results (Article 1): we inserted 70 TCu-380A IUD and 70 hormonal IUD (52 mg). The cumulated post-placental expulsion rates within 90 days were respectively 36.7% and 20% for TCu-380A and hormonal IUD (52 mg). In post-cesarean sections, the expulsion rates were respectively 12.9% and 11.4% for TCu-380A and hormonal IUD (52 mg). The multivariate analysis showed that the expulsion odds ratio ([OR]; 95% confidence interval [95% CI]) was greater after vaginal births than after cesarean sections (OR 5.60; 95% CI 2.08–15.10; P < 0.00). Study 2: We conducted a retrospective study, assessing the clinical performance of TCu-380A and hormonal IUD (52 mg) inserted by health professionals of different categories. We reviewed the medical records of the IUD insertions made between January 1980 and December 2018, including those whose records contained data of at least 1 year of use and information on the health professionals who inserted the device. Results (Article 2): We included 19,132 (76.9%) insertions of TCu IUD and 5,733 (23.1%) of hormonal IUD (52 mg). Altogether, 13,853 (55.8%) insertions were made by residents/undergraduate medical students, 7,024 (28.2%) by nurses, and 3,988 (16.0%) by physicians. Removals due to pregnancy or infection were significantly greater in women whose IUD had been inserted by physicians, while removals due to bleeding/pain or other medical reasons were more common when nurses had made the insertion. Study 3: We conducted a retrospective study, comparing sociodemographic characteristics and obstetric history of users of TCu and hormonal IUD (52 mg) in two different moments: TCu IUD insertions made between 1979 and 2006, and TCu and hormonal IUD (52 mg) insertions made between 2007 and 2019. Results (Article 3): We included a total of 31,385 insertions. TCu IUD: n = 17,156 (1979-2006) and 2,013 (2007-2019); hormonal IUD (52 mg): n = 12,216 (2007-2019). From 1979 to 2006, the statistical analysis showed that most TCu users were < 40 years old, nulliparous, and had lower educational attainment than TCu IUD users from 2007 to 2019. Most hormonal IUD (52 mg) users, assessed in a single period (2007-2019), were > 40 years old, nulliparous, and had lower educational attainment. Study 4: We conducted a cross-sectional study between January and July 2021, assessing the perspectives of health professionals at community health centers and hospitals who asked and received hormonal IUD (52 mg) free of charge from UNICAMP, provided by ICA-Foundation (an international foundation that provides access to contraceptives) linked to WHO, to meet the reproductive needs of women who live in low-resource places. Participants answered an online questionnaire. Results (Article 4): A total of 65 health professionals answered the questionnaire. They reported that hormonal IUD (52 mg) was highly effective (100%), long-acting (93.9%), adequate to control abnormal uterine bleeding (AUB) (90.8%), with few side effects (86.2%), and a high acceptance rate (87.7%); younger women were more prone to using it. Study 5: we conducted a cross-sectional study with women who had never used hormonal IUD (52 mg) and were submitted to hormonal IUD (52 mg) insertion at UNICAMP between January and July 2021. They answered a structured questionnaire (insertion day) and reported their reasons for choosing this IUD as a contraceptive method. Results (Article 5): We included 516 women in the study – 70.7% were < 35 years old, and 68.2% were multiparous. The last contraceptive method used before hormonal IUD (52 mg) by 80.8% of women was a short-lasting reversible method; 88% reported choosing hormonal IUD (52 mg) only for contraception; their main source of information was their health professionals. Their main reported reasons to choose the method were its safety, high contraceptive efficiency, and reduction of abnormal uterine bleeding (AUB). Study 6: We conducted a cross-sectional study between January and July 2021 with hormonal IUD (52 mg) users (from some months to years of use). They answered a structured questionnaire and reported their reasons for satisfaction with hormonal IUD (52 mg), reasons for continuing to use it, and possibilities of recommending it to other women. Results (Article 6): Of the 517 women included 48% were ? 35 years old, only 3% were adolescents, 70% were multiparous, and 59.4% reported having amenorrhea in the last 90 days. The mean time of use was 38 months. The reasons they gave to continue using hormonal IUD (52 mg) included both the reduction of abnormal uterine bleeding (AUB) (81%) and dysmenorrhea (56.1%). Nine out of 10 users were satisfied with the method, and most of them said they would recommend it to other women. Conclusions: 1). Post-placental TCu-380A IUD insertions had higher expulsion rates than hormonal IUD (52 mg), and TCu-380A inserted in women who had several vaginal births had higher expulsion rates than those inserted in women with cesarean sections. Also, almost all expulsions occurred within 42 days of delivery. 2). Health professionals: "Physicians, nurses, and residents/undergraduate medical students" at UNICAMP had similar adverse event rates related to IUD insertions. 3). Up to 2006, adolescents and illiterate women were more prone to using copper IUD. However, after 2006, women ? 40 years old, nulliparous, with a bachelor’s degree, were more prone to using it. Hormonal IUD users (2007-2019) were mostly nulliparous, ? 40 years old, and had lower educational attainments. 4). Health professionals at community health centers and hospitals who asked for and received donations of hormonal IUD (52 mg) from UNICAMP had adequate knowledge of the method. They reported that women with a history of abnormal uterine bleeding and premenstrual syndrome were the most prone to using the device. 5). The main reasons reported by the women who sought contraception methods at the Family Planning Outpatient Center/UNICAMP and chose hormonal IUD (52 mg) were its safety, high contraceptive efficiency, and reduction of abnormal uterine bleeding. 6). Hormonal IUD (52 mg) users who were followed up at UNICAMP were quite satisfied, and most of them said they would recommend this method to other women Doutorado Fisiopatologia Ginecológica Doutor em Ciências da Saúde
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