Memory of a trauma: melancholy and violence in Symphony in white, by Adriana Lisboa
| Autor: | Parreira, Tálita Vicente |
|---|---|
| Přispěvatelé: | Ribeiro, Renata Rocha, Gomes, Gínia Maria de Oliveira, Cruvinel, Larissa Warzocha Fernandes |
| Jazyk: | portugalština |
| Rok vydání: | 2022 |
| Předmět: | |
| Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG Universidade Federal de Goiás (UFG) instacron:UFG |
| Popis: | O presente estudo tem como objetivo investigar de que maneira a representação das memórias traumáticas das protagonistas Clarice e Maria Inês, no romance Sinfonia em branco (2013), de Adriana Lisboa, configura-se como um processo de construção melancólica, dado o sofrimento que envolve as lembranças das personagens, com corpos interditados pela violência de um estupro incestuoso que norteia a construção narrativa da obra. A história das duas irmãs dialoga com questões da realidade urbana, no sentido de o enredo colocar em debate situações que se constituem ao redor da violência e, dessa forma, se compor a partir da experiência traumática do passado de Clarice. A narrativa é construída através de recuos e avanços temporais, com a presença de lembranças independentes e interligadas. O estupro praticado pelo próprio pai das irmãs desencadeia nas personagens o trauma que provoca tensões de narrar o inenarrável, resultado do silêncio, proibidos e interditos que conduzem a trama. Através da representação dessas personagens é possível analisar as possibilidades de reflexão acerca da construção melancólica e transmissão traumática vivida pelas protagonistas, das relações afetuosas que se desvelam frustradas entre os personagens, da perda da infância, negligência, silêncio, bem como feridas abertas na memória, condição da mulher, sua invisibilidade, esquecimento e marginalização decorrentes das consequências tortuosas de vidas interditadas pela violência, mas que ao final buscam por superação. Nesse contexto, para tecer o processo de construção da memória imbricado com as concepções de violência, trauma e melancolia requer, a partir de cunho bibliográfico, o levantamento de textos teórico-críticos e literários concomitantemente a leituras e estruturação de conhecimentos alicerçados em estudiosos como Agamben (2002), Assmann (2011), Bordieu (2012), Beauvoir (1967), Dalcastagnè (2012), Favero; Rudge (2009), Ferenczi (1931/1933/1934), Figueiredo (2016), Freud (1996/1979/2014), Gagnebin (2009), Genette (s/d), Ginzburg (2012), Kristeva (1989), Ortalan (2016), Pellegrini (2008), Perrot (2003) Pinheiro; Quintella; Verztman (2010), Seligmann-Silva (2008/2002) entre outros. The present study aims to investigate how the representation of the traumatic memories of the protagonists Clarice and Maria Inês, in the novel Symphony in white (2013), by Adriana Lisboa, is configured as a process of melancholic construction, given the suffering that involves the memories of the characters, with bodies interdicted by the violence of an incestuous rape that guides the narrative construction of the work. The story of the two sisters dialogues with issues of urban reality, in the sense that the plot puts in debate situations that are constituted around violence and, in this way, is composed from the traumatic experience of Clarice's past. The narrative is constructed through temporal retreats and advances, with the presence of independent and interconnected memories. The rape committed by the sisters' father triggers a trauma in the characters that causes tensions in narrating the unspeakable, a result of the silence, the forbidden and the interdicts that drive the plot. Through the representation of these characters, it is possible to analyze the possibilities of reflection about the melancholic construction and traumatic transmission experienced by the protagonists, the affectionate relationships that reveal themselves frustrated between the characters, the loss of childhood, neglect, silence, as well as open wounds in memory, condition of women, their invisibility, oblivion and marginalization resulting from the tortuous consequences of lives interdicted by violence, but which in the end seek to overcome. In this context, in order to weave the process of memory construction imbricated with the concepts of violence, trauma and melancholy, it requires, from a bibliographic nature, the survey of theoretical-critical and literary texts concomitantly with readings and structuring of knowledge based on scholars such as Agamben (2002), Assmann (2011), Bordieu (2012), Beauvoir (1967), Dalcastagnè (2012), Favero; Rudge (2009), Ferenczi (1931/1933/1934), Figueiredo (2016), Freud (1996/1979/2014), Gagnebin (2009), Genette (s/d), Ginzburg (2012), Kristeva (1989), Ortalan (2016), Pellegrini (2008), Perrot (2003) Pinheiro; Quintella; Verztman (2010), Seligmann-Silva (2008/2002) among others. |
| Databáze: | OpenAIRE |
| Externí odkaz: |
|