Valor prognóstico da hemoglobina, creatinina, proteí­na Creativa ultra-sensí­vel (PCR-us) e do peptí­dio natriurético cerebral (BNP) na insuficiência cardí­aca (IC) crônica

Autor: Gonçalves, Lí­via Firmino, Santos, Fernanda da Silva, Franken, Roberto Alexandre
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Zdroj: Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; v. 53 n. 1 (2008): Jan/Abr; 10-14
Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
instacron:FCMSCSP
ISSN: 1809-3019
0101-6067
Popis: Introdução: O BNP é um excelente marcador de disfunção do ventrí­culo esquerdo e insuficiência cardí­aca (IC) e, quando elevado, está associado í má evolução da doença e a altos í­ndices de mortalidade. As alterações da função renal observadas na IC são avaliadas pelos ní­veis de creatinina. Estudos recentes têm demonstrado que ní­veis reduzidos de hemoglobina em pacientes com IC estão associados a uma pior condição hemodinâmica e nutricional, classe funcional avançada, além de apresentar-se como fator preditor de mortalidade independente. A IC parece também apresentar um componente inflamatório já que se tem observado elevações da PCR-us. Esses resultados ainda não foram completamente esclarecidos. Objetivo: Determinar o valor da PCR-us, do BNP, da creatinina e da hemoglobina como marcadores prognósticos dos quadros de ICC classes III e IV. Casuí­stica e Método: Foram estudados pacientes internados no Hospital Central da Santa Casa de São Paulo com diagnóstico de IC, classes III ou IV, dos quais foram dosados os ní­veis de PCR-us, BNP, hemoglobina e creatinina e avaliada a evolução do quadro, desde a coleta das amostras até 30 dias após a internação. Resultados: 21 pacientes participaram do estudo, sendo 66,7% mulheres e idade média ao diagnóstico de 51,2 anos. A etiologia mais freqüente foi Doença de Chagas (28,6%). 76,2% receberam alta e cinco faleceram (23,8%) . Houve diferença significativa entre os ní­veis de BNP dos pacientes vivos e daqueles que faleceram. Dosagens >100pg/dL mostraram maior í­ndice de mortalidade. Os ní­veis de PCR-us apresentaram-se significativamente diferentes entre os pacientes que obtiveram alta e aqueles que faleceram (p=0,0044). Isoladamente, nem a creatinina e hemoglobina mostraram-se bons marcadores prognósticos, porém ní­veis de creatinina >1mg/dL, associados a valores de BNP acima de 100pg/dL estiveram relacionados í maior mortalidade. Discussão: Os modelos fisiopatológicos de IC se baseiam, principalmente, nas alterações cardio-renais e circulatórias, neuro-humorais e imuno-inflamatórias. Utilizamos um representante de cada modelo para caracterizar o prognóstico da IC: creatinina para o cardio-renal, o BNP para o circulatório e neuro-humoral e PCR para imuno-inflamatório. Conclusão: O BNP, a creatinina e a PCR-us são bons marcadores prognósticos na ICC classes III e IV.Descritores: Insuficiência cardí­aca crônica, Doença crônica, Peptí­deo natriurético encefálico, Proteí­na C-reativa, Marcadores biológicos, Prognóstico
Databáze: OpenAIRE